50. O adeus definitivo ao passado

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POV REGINA

Tenho certeza de que poucas pessoas no mundo já passaram por uma situação desagradável como a que eu estava vivendo naquele instante. Olhar para alguém que um dia foi tão importante na sua vida e não sentir absolutamente nada. O velório de Robin foi mais movimentado do que eu esperava. Talvez a nota fúnebre publicada no mais vendido jornal de Los Angeles tenha contribuído para gerar tanta movimentação. A maioria das pessoas se diziam amigos do trabalho, mas eu não estava me importando nenhum pouco com isso, tudo o que eu queria era que aquilo acabasse logo.

- Sei que estamos interpretando aqui, mas poderia mostrar algum sentimento, sua cara não está convencendo. Zelena falou baixo no meu ouvido.

- Não tenho que convencer ninguém, Zelena. Estou pouco me lixando para o que vão dizer. Tudo o que eu quero é ir embora daqui.

- Bem, se é assim que pensa, tudo bem. Cruzou os braços e continuou inerte sentada ao meu lado.

- Com licença... Um homem de estatura baixa se aproximou. - Me chamo Elioth. Loskey e eu trabalhamos juntos num projeto o mês passado. Quero lhe dar minhas sinceras condolências. Forcei um sorriso sem graça.

- Obrigada, Elioth. E obrigada por comparecer.

- O pessoal da obra ficou sabendo e viemos nos despedir. Sua fala era sincera. - Como se deu isso? Nós soubemos de bem pouco.

- É mesmo!? Então, o Robin...

- É uma longa história e eu peço que o senhor seja gentil em privar minha irmã de demais explicações nesse momento. Zelena interviu ao notar que eu falaria toda a verdade dos fatos.

- Sinto muito pela intromissão. O homem tratou de seguir seu caminho.

- O que foi isso? Perguntou quando ele estava a uma certa distância. - Vai querer arrumar confusão por causa do defunto agora!? Falou séria. - Olha, se está sendo amargo para mim prestar esse papel, imagina para você, então, já chegamos até aqui e vamos sair majestosas no final. Guenta a mão só mais um pouco... Olha, não é a sua chefe vindo ali?

- A própria. Falei.

- Regina, minha querida! Me abraçou. - Sinto muito você estar passando por isso.

- Obrigada... Essa é minha irmã, Zelena. As duas se cumprimentaram.

- Os repórteres estão pavorosos lá fora. Comentou. - Sugiro que não dê nenhuma entrevista agora, com toda certeza você vai se aborrecer.

- Já cuidei disso. Vamos sair por um caminho alternativo que eles dispõe em casos assim.

- Ótimo. Se precisar, posso esperar até o final e você volta no meu carro.

- Não, obrigada, mas já está tudo acertado.

- Fez um ótimo trabalho aqui. Ela comentou passando o olho pelo local.

- Na verdade, eu devo a Anna. Ela arranjou tudo e eu só vim fazer o meu papel.

- Regina, pense pelo lado positivo, encare isso como um ciclo que se fecha aqui, amanhã você pode escrever uma nova história. Disse pondo as mãos em meus ombros. - A vida de verdade nunca é fácil, mas a questão não é o tamanho do obstáculo que te derruba e sim tudo o que vai fazer depois que se levantar. Saiba que você tem uma amiga aqui.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now