69. Confronto Final

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POV REGINA

Depois do incidente com Henry e Lívia, ficamos ainda mais ligados, dedicando o máximo de atenção que conseguimos. Emma, enfim, entendeu a importância da nossa cerimônia de casamento e resolveu curtir o momento como deve ser. Fomos ao orfanato na quinta como havíamos marcado e, na sexta, a etapa do curso se encerrou. No final daquele mesmo dia, Ingrid autorizou que minha mãe pudesse conhecer os futuros netos e foi uma alegria só. Difícil mesmo foi fazê-la ir embora. O sábado amanheceu ensolarado assim como meu coração ficou ao contemplar minha loira despojada na cama, com seu semblante tranquilo como poucas vezes vinha estando. Acho que, enfim, ela tinha se encontrado.

- Bom dia, meu amor. Ouvi sua voz de sono ecoar quando chegava na cozinha. A visão daquela linda mulher, vestindo uma samba canção preta e sem nenhuma cobertura por cima, agitou meus sentidos instantaneamente. Caminhei até ela, pousando as mãos naquele abdômen que me deixava louca e levantei os calcanhares para alcançar seus lábios.

- Hoje é o dia da degustação, não se atrase.

- Pode deixar. Bateu continência e aquilo me fez sorrir. - Tenho alguns assuntos para resolver na Alavon e assim que terminar, eu pego você. Seus braços me envolveram daquele jeito possessivo.

- Encontraram alguma coisa? Perguntei me referindo à conversa que tinha tido com um dos seus sócios.

- Infelizmente parece que John está sendo conivente em fraudar as bebidas de alto custo. Teremos que avaliar quais providências tomar, mas tudo indica que vamos devolver a parte dele e dissolver a sociedade.

- Vão fechar a boate?

- A princípio, não. Tudo vai depender de como ficarão as despesas. Agora a parcela do John terá que ser assumida e os gastos tendem a subir.

- Vai dar tudo certo, meu amor. Ela beijou minha testa e sorriu. - Quanto a isso, não se preocupe em me buscar. Vou pedir uma carona pra Zelena.

- Tem certeza? A rotina de sua irmã anda bastante agitada, além de sua mãe também.

- Deixa isso comigo. Lhe dei um selinho. - Vou mandar a localização para seu celular e a gente se encontra lá às 18h.

- Pode deixar minha noiva, estarei na hora certa. Beijei o vão entre seus seios. - Eu adoro o calor de seus lábios. Apertou meu corpo contra o seu de forma possessiva. - Temos tempo para uma conversa mais agitada? Perguntou com malícia enquanto deslizava a ponta do nariz no meu pescoço.

- Eu gostaria muito que tivéssemos. Afastei seu corpo empurrando um pouco seus ombros para trás. - Mas eu não posso me atrasar, caso contrário o dia não rende e eu vou acabar me atrasando para nosso compromisso. Emma jogou a cabeça para trás fingindo desapontamento. - Não faz esse charme, por favor, posso não resistir... Ela sorriu e não consegui me controlar avançando sobre seus lábios num beijo profundo onde sua língua invadiu minha boca, arrancando todo o fôlego.

- Se continuar eu juro que você não vai sair tão cedo dos meus braços. Disse ainda com nossas bocas bem próximas.

- Eu não sei até onde isso é bom ou ruim... Sussurrei.

- Vou te poupar da decisão se prometer que vai me recompensar depois. Senti um frio na espinha diante do seu tom de voz.

- Prometo qualquer coisa que você quiser. Sorriu safada diante da fragilidade que me consumia quando ela falava daquele jeito. Fizemos nosso desjejum e Emma me deixou na Vogue antes das 09h.

É inevitável te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora