95. A dança

197 19 0
                                    

POV EMMA CONTINUAÇÃO

- Que bicho agradável te mordeu? Dorothy, notando meu sorriso fácil, ficou tentada em perguntar o motivo. - E nem adianta dizer que não foi nada porque todos aqui viram sua cara de felicidade antes de sair e agora parece ter o sol na boca de tanto que sorri.

- O tribunal concedeu uma liberação extraordinária para Regina. Agora o nome dela está junto ao meu na filiação das crianças e eles podem carregar o seu sobrenome.

- Oh meu Deus! Que notícia maravilhosa, Emma. Veio com os braços abertos na minha direção. - São coisas assim que ainda me fazem ter esperança no amor. Nos abraçamos.

- O amor é real, Dorothy. Sei que o seu está por aí em algum lugar.

- Olha, vou ser honesta, quem o escondeu fez um ótimo serviço porque até agora não achei. Brincou ao nos afastarmos.

- Deveria parar de procurar e deixar que ele a encontre. Olha só o meu exemplo. Quem diria que a mulher mais linda, inteligente, complicada e hetero do mundo fosse se apaixonar logo por mim?!?!

- Ah, até que você não é de se jogar fora... Estreitei os olhos e cruzei os braços fingindo desaprovação. - E olha que para receber um elogio desse tem que ter gabarito porque não gosto de tanta brancura, sou mais chegada a um chocolate ao leite se é que me entende. Rimos. - Mas, brincadeiras à parte, estou muito feliz por mais essa conquista de vocês e desejo, de todo coração, tudo de melhor. Assentimos e ela se preparou para sair, mas parou como se tivesse lembrado de algo. - Isso merece um presente. Vou ligar para a floricultura.

- Sabia que você é uma ótima assistente?

- É claro que eu sei, mas pode me lembrar sempre que quiser. Ela saiu e eu voltei aos afazeres. Já passava das cinco quando Regina me mandou uma mensagem avisando que tinha saído mais cedo do trabalho e ido de taxi pra casa com sua irmã. Quando falei que passaria na escola para pegar as crianças, ela disse que não iria precisar e que era seguir direto para nossa casa.

- O que você está planejando, senhora Mills Swan? A escolha de Dorothy na cor das flores não poderia ter sido melhor. Um buquê com rosas da cor rosa. Encerrei minhas atividades por volta das 19h15 e, por conta do trânsito, cheguei em casa às 22h. Desci do carro e, ao entrar em casa, tudo estava silencioso demais. - Cheguei!!! Anuncie num tom mais alto. - Regina, amor, está em casa? O silêncio ainda prevalecia, mas foi quebrado pelo som da notificação do celular. Oi meu amor, que bom que você chegou! Lembra da comemoração que lhe falei? Pois então, para isso preciso que vá até o banheiro social. Coloquei as rosas sobre a bancada. No caminho olhei para os outro cômodos e não vi sinal das crianças. De certo estariam na casa da tia. Acendi a luz do cômodo e, sobre a pia de mármore branca, havia uma toalha e um roupão preto com a escritura MILLS SWAN em dourado bordada. O celular tocou novamente. Espero que tenha gostado do detalhe. Farei isso em todo nosso enxoval. Bem, tome seu banho e venha para o nosso quarto. Pensei em responder alguma coisa, mas aquele mistério todo está bom demais. Confesso que aquele banho foi o mais perfumado que já tomei na vida. Vesti o roupão e segui pelo corredor até a porta. Meu coração parecia querer saltar pela boca, enquanto a ansiedade tencionava todo meu corpo. Girei a maçaneta e pela fresta pude ver que o ambiente está pouco iluminado. Minha curiosidade só aumentou à medida que entrei completamente e vi um mini palco improvisado e sobre ele uma vara de pole dance fixada no teto. Além disso, uma confortável poltrona que propositalmente havia sido colocada ali. Sentei-me à espera do que estava por vir.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now