24. Planos Obscuros

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POV REGINA

Despertei primeiro que Swan e fiquei admirando-a. Como era linda. Me odiei por estar amando tanto aquela mulher e a fazendo sofrer da mesma forma, porém eu seria egoísta o bastante para querer continuar com ela? Sim, eu seria e ficaria ao seu lado para qualquer obstáculo que o futuro pudesse nos impor. Quando saí de casa naquela manhã, mesmo com o apoio de Swan, eu estava muito desacreditada de qualquer recepção calorosa quando chegasse na Vogue. Já no saguão era possível notar os olhares vindos na minha direção. Seguindo o conselho de Emma, mantive minha postura rígida e peguei o elevador rumo ao meu andar. Assim que as portas se abriram vi Anna se levantar rapidamente surpresa com a minha chegada.

- Oi, dona Regina! Bom dia! Não esperava a senhora aqui hoje....

- Oi Anna. Está tudo bem com você? E sua mãe? Perguntei coisas aleatórias.

- Estão bem. Obrigada. Vou agora mesmo preparar seu café.

- Não. Não tem necessidade. Já tomei café em casa. Por agora preciso que você me atualize de todas as coisas que aconteceram enquanto estive fora.

- Vou precisar de um tempinho para organizar tudo.

- Tudo bem. Só não demore. Estarei na minha sala. Quando entrei tudo estava exatamente onde eu havia deixado. Pareceu até que a sala ficou trancada. Deixei minha bolsa sobre a mesa e me sentei já ligando o computador. Precisava verificar meus e-mails. Haviam trinta no total. A maior parte deles do setor de faturamento. Li um a um e respondi conforme as solicitações. Quando já estava para terminar, Anna chegou.

- Aqui está, dona Regina. Ela pôs sobre a mesa uma pilha de papéis. Não se assuste com a quantidade de folhas. - Basicamente, quase, tudo refere aos lucros obtidos com as vendas da última edição. Foi um grande sucesso. Me lembrei de quem estava na capa, mas aquilo não me afetou. Não mais.

- Está tudo aqui?

- Sim, senhora.

- Então, assim que eu tiver terminado eu te aviso.

- Está bem. A propósito, a senhora Wintour pediu para que vá até a sala dela quando terminar suas tarefas.

- Está bem. Obrigada. Pronto! A chefe quer falar comigo! Fiquei apreensiva, mas dei maior importância para o que precisava fazer naquele momento. A edição da revista gerou um lucro bem acima das expectativas o que, certamente, elevou as ações da empresa, com isso, os demais investimentos por mim criados tiveram lucros positivos. Consegui fechar acordos financeiros que estavam parados a anos e, com isso, a Vogue passaria a ser vendida em mais nove países. E-mails respondidos, acordos fechados, novos investimentos a vista e a empresa crescendo exponencialmente. Apesar de corrido e cansativo, o dia tinha sido muito proveitoso. Quando terminei, pedi que minha secretária informasse para nossa editora chefe que eu já estava à sua espera. A resposta não demorou. Quando saí da minha sala me deparei com o senhor Gold. Estranhamente ele sorriu e veio em minha direção.

- Regina, que bom te ver. Queria te parabenizar pelo seu trabalho. Tivemos excelentes resultados. As ações nunca valeram tanto. Toda a equipe executiva é grata pelo seu esforço. Fiquei atônica ao ouvir aquilo.

- Isso não foi uma miragem, né? Perguntei pra Anna antes de pegar o elevador pra subir. Ela riu.

- Não, dona Regina. Por mais que pareça, foi tudo real.

- Isso foi bom até demais, espero não ter surpresas lá em cima. Falei indo em direção ao elevador. Apertei o botão para a cobertura e fiquei apreensiva de não saber o que estava por vir. Quando o elevador abriu, sua secretária anunciou minha presença. Logo fui convidada a entrar.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now