51. Novas portas se abrindo

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POV REGINA CONTINUAÇÃO

- Quer falar mais sobre o dia de hoje? Emma perguntou entre uma conversa e outra. - Nossa, isso está uma delícia. Sua expressão dizia exatamente a mesma coisa. Tomei um pouco de vinho enquanto decidia se falava sobre as fotos.

- Eu fiz mais do que deveria. Falei, resolvendo não tocar naquele ponto. A hora certa chegaria. - Acredita que amantes dele estiveram lá?

- Sério? Como notou isso? Franziu o cenho.

- Na verdade não posso provar isso, mas tenho certeza. Emma, tinha mais mulher chorando do que homem naquele lugar. Seu olhar ficou sisudo e se voltou para o prato.

- Sentiu ciúmes? Sua voz assumiu certa seriedade. Coloquei minha mão sobre a sua.

- O alvo que poderia me gerar ciúmes estava muito ocupada trabalhando. Minhas palavras capturaram seu olhar.

- Me desculpe... Sua mão levou a minha até os lábios onde deixou um beijo.

- Não tem que se desculpar de nada.

- Você, também, não precisava explicar. Afirmou.

- Mas eu quero. Me senti afrontada como se, ainda, estivessem jogando na minha cara todo o tempo que passei suportando esse fardo desnecessário.

- Agora acabou, Regina.

- Na verdade estamos no meio do caminho. Reconheço os progressos, mas só vou sossegar quando a tal Lilith estiver na cadeia.

- Estou confiante de que isso vai acontecer logo, mas vejo que você não está muito convencida disso.

- São dois pesos e duas medidas, Emma. Você mesmo disse que eles estão sendo procurados em todo país por diversos outros incidentes, então, como não foram pegos ainda? O que vai acontecer de diferente dessa vez?

- Eu não sei, minha linda... Vamos trabalhar os pensamentos na linha da atração. Temos que pensar positivo. Afirmou.

- Tem razão, eu preciso frear essa inquietude antes que ela me domine. Agora me conta um pouco sobre seu dia. Sei que foi estressante e fiquei preocupada com sua fala de hoje mais cedo. Ela respirou fundo, deixando os talheres ao lado e limpando sua boca com o guardanapo.

- Põe estressante nisso. Encostou suas costas na cadeira. - Eu odeio dizer a um colega que seu trabalho não está à altura dos conceitos da revista. Isso não está certo, eu não sou ninguém para julgar o trabalho do outro.

- Ei, não diga uma coisa dessas. Se não fosse competente o bastante não estaria no posto que conquistou.

- Essa é a questão, amor, eu não busquei nada disso, as coisas chegaram até mim. Fiquei sem saber o que fazer e acabei aceitando. Nem imaginava quais seriam as atribuições do cargo.

- Infelizmente todo cargo de chefia implica em corrigir algumas coisas. Além de ser o foco das conversas de corredor.

- Tem isso também. Eu detesto ser o centro das atenções. Confessou.

- Sabe que está namorando a capa da próxima edição da revista que trabalha, não é?! Falei com receio. - Não pretendo manter em segredo nosso relacionamento e isso de todas as formas vai chegar até você. Seu olhar se voltou para o meu.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now