✨Hadassa✨

20✨

Ele estava me levando pra fora da Vk, pois pegou a Av Brasil. Ele ia voado na pista a as motos coladas. Foi aí que eu pensei na merda que eu estava fazendo, já pensou tem blitz na pista e para a gente? Com certeza nesse carro tem flagrante e também os meninos das motos também estão, aí porra, porque fui inventar.
- Cara, qual é seu nome mesmo? Eu realmente não lembro. - ele me olhou de rabo de olho mas logo voltou a prestar atenção na pista.

_ Henrique!

- Aí Henrique, você está me levando pra onde, cara? Tô ficando nervosa já, tem problema não?

Henrique: Problema se eu arriscasse te levar pra algum hotel daqui da Brasil, bem que eu queria, mas a pista hoje tá meia salgada. Chegamos já pô, estamos aqui na 48. - disse entrando em uma rua. As casas eram normais, deveria ser a parte de "fora" da favela. Favela da 48 fica perto da Vk, é tudo por bangu. Até que ele foi passando por algumas ruas que já via homens armados e barricadas. Com certeza sabiam que era ele, porque as janelas estavam fechadas e a luz do salão acesa e nem por isso fizeram nada. Paramos enfrente a uma casa que a parte de fora estava no reboco ainda.

_ Vem cá, você me trouxe pra uma treta? Que isso pô. - ele riu.

Henrique: Tá maluca, garota. Jamais te levaria pra treta, malucona. Aí tá julgado o livro pela capa, viu? Nem entrou pô e já vem falando merda.

_ Ah cara, foi mal. Mas você é do envolvimento, não é um merda, aí me brota enfrente a uma casa assim, já veio logo na mente que é treta. - ele deu uma risada.

Henrique: É minha nova casa, ainda falta uns ajustes, mas lá dentro tá pica pô e na frente vou deixar assim mesmo, tentar tirar o foco né, x9 é foda. Mas olha como tu é importante, primeira mulher que vai frequentar ela pô, olha a moral aí. - me empurrou de leve com o cotovelo.

- Uhum, tá. Eu primeira a pisar nessa casa? Acredito muito.

Henrique: Papo reto pô. Tu veio da zona sul, vou tentar te dar do melhor pô, tu é outro patamar. Vai que essa daí é tua futura casa. - deu um sorrisinho de canto. Eu caí na risada, Deus me livre.

- Aí aí, vou falar é nada. - falei rindo e negando com a cabeça.

Henrique: Bora, bora entrar. - saímos do carro, passei o olho pela rua e estava bem deserta, ninguém na rua e era tipo uma vilhinha também, parecia ser uma parte calma.