✨Hadassa✨

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A noite caiu e do nada formaram uma resenha aqui em casa, essas minhas amizades são tudo cão; tudo doida, tudo alegre, cada uma mais espalhafatosa que a outra. Tinha a que ria alto demais, a que falava com as mãos, a que já tava sambando na laje como se fosse show no Sambódromo, e a que não largava o copo de cerveja por nada.
Layla: Hadassa vai querer ir não, doidona. _ ouvi ela dizendo assim que eu voltava da churrasqueira.
Hadassa: pra onde? - puxei a cadeira e me sentei. Peguei meu copo da Farm de oncinha e enchi de gin e energético de melancia.
Layla: Sábado tem aniversário de um bofe que fico, é festa privada. Mulher 0800, os homens só os da firma - todas riram.
Hadassa: eu hein, eu tô fora, vou nada. - neguei com a cabeça enquanto dava um gole no meu gin.
Layla: Isso, fica em casa mesmo, assim você fica com os seus sobrinhos, minha mãe não vai olhar mesmo.
Hadassa: Você é abusadinha em... Vem querer ficar jogando teus filhos nas minhas costas não em, vai vendo.
Layla: Minha mãe purinha cara, Deus me livre. Eu sou adotada, não é possível.
Hadassa: ah com certeza, piranha dessa. - falei rindo.
Layla: As pessoas se aquietam e esquecem do passado, incríveeeel. - dei dedo pra ela. E assim começaram a julgar alguém aí.
Dani: mas quem somos nós pra julgar né. - disse depois de terem julgado horrores.
O som aumentava, as garotas ria, dançava, fazia stories, postava vídeo com legenda “seu nome está aqui ”. O churrasco não parava, a cerveja e o gin também não, e cada música que tocava era mais um grito, mais um passinho, mais uma gargalhada.
E ali, no alto do terraço, com aquela vista linda da comunidade — as casas, os becos, as luzes começando a acender aos poucos — eu respirei fundo e pensei: “Tô em casa.”
Resenha boa, família reunida, amigas doidas, churras, cerveja, pagode, funk e, claro… muita, mas muita alegria.

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