Eu fiquei um tempo encarando ele, meu olhar preso no dele. Tão vagabundo, mas tão gostoso... Tem aquela cara que a mulher que se envolver com esse bofe vai ter uma dor de cabeça danada, aí to fora. Todo o tempo que tivemos contato eu nunca perguntei nada sobre a vida dele e sinceramente? Não me interessa. Eu quero só minha fatia do bolo, quero a festa inteira não (risos). Até porque fiquei anos casada e nem tão cedo quero isso pra minha vida, nem nada sério, só quero viver cada momento e chega.
Eu sou muito intensa e quando eu quero, eu tô nem aí pra nada.
Hadassa: não tem problema não, pegar a Brasil e ir pra zona sul? - ergui as sobrancelhas.
Henrique: Meu maior problemão tá aqui na minha frente, mas aí é fácil fácil eu ter uma solução. Nada que não cai no peito do pai aqui que eu não resolvo.
Hadassa: E eu sou problemão desde quando?
Henrique: Desde a primeira vez, pô. Coração de vagabundo não erra não quando ver o problema na frente. Sumiu, tô esperando uma mensagem até hoje, vagabundo de olho e doidinho pra chegar em tu... Ta foda.
Hadassa: O último aí precisa bater cabeça não, o único que dou condições e tem minha moral tá aqui na minha frente. - que puta de sorriso, aí Deus, chega.
Segurou o meu rosto com as duas mãos e beijou. Forte, urgente, sem espaço pra dúvidas. Eu correspondi na mesma hora, agarrando a camisa dele, puxando, se encaixando, como se o corpo soubesse exatamente onde e como devia estar.
Dava pra se ouvir a música do baile, mas nós dois estavamos presos ali, só naquele beijo, naquela rua apertada, na mistura de saudade e desejo.
Se soltamos, ofegantes....
Henrique: Não vai sumir de novo, né? — perguntou, num tom meio de ameaça, meio de promessa.
sorri, debochada:
Hadassa: Só se tu deixar...
Henrique: Desgraçada.... - e me puxou de novo.
O beijo ficou mais pesado, mais quente. As mãos dele desceram pelas minhas coxas, apertando, sentindo a firmeza do corpo que ele lembrava bem demais. puxei ele pela nuca, colando ainda mais, como se quisesse arrancar de uma vez toda a saudade dessa química.
Eu gemia baixinho contra a boca dele, as mãos agarrando a camisa, subindo por baixo, sentindo a pele quente, o abdômen tenso. Ele desceu os beijos pelo meu pescoço mordendo de leve, arrancando arrepios, enquanto minhas começavam a enroscar na dele, querendo mais, pedindo mais.
YOU ARE READING
✨Hadassa✨
Short Story✨Que o destino traçou Que não me deixa em paz Sou eu sua doença Você minha cura...✨
