✨Hadassa✨

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Fiz uma cara de quem não estava entendendo nada das perguntas que ele estava perguntando.
Hadassa: ué, passando mal normal... - dei de ombros. - no dia do baile quando cheguei aqui já cheguei passando mal, foi a bebida, com certeza atacou meu estômago. Amanhã irei marcar um gastro pra mim. - ele cruzou os braços e me examinou com o olhar por inteira.
Henrique: você toma anticoncepcional? - tomei até um susto com a pergunta dele.
Hadassa: Eu tomo injeção. Você acha o quê? Que tô grávida? Não tô grávida não, amor. - falei com um tom de deboche.
Henrique: Faz um teste.
Hadassa: Henrique, parou de maluquice, tá? Eu não tô grávida não e minha menstruação ta até pra descer.
Henrique: aquele dia na Rocinha... - pareceu se recordar de algo. - demos mole várias vezes e você disse que a pouco tempo tinha feito troca de remédio e eu entendo porque foi assim que a mãe do meu filho engravidou. - perdi até o ar ouvindo essas coisas. Não, eu não estou grávida e nem posso tá, ainda mais desse homem. Deus não ia aprontar uma dessa comigo não.
Hadassa: A conversa está perdendo o rumo...
Henrique: Eu vim pra ficar, Hadassa. Agora vou tá de frente aqui da vk.
Hadassa: O QUÊ?
Henrique: é isso ai mermô. Aconteceu uns bagulhos aí que meu chefe recebeu a proposta de ficar de frente daqui, eu e um bonde veio pra cá. Vou morar aqui agora. - sentei no sofázinho que tinha aqui. O sofázinho aonde eu e Henrique já cometemos loucura.
Hadassa: eu só te peço que você não venha me trazer problemas.
Henrique: problemas? Que problemas? Eu quero é solução contigo pô, solução...
Hadassa: você quer o quê, Henrique? - levantei e fiquei de frente pra ele. - que eu vire sua amante? Que a gente seja um casal, mas você tendo mulher?. Isso não dá, não tem como. Olha aonde já chegamos, até uma moto você já me deu, já coloquei você dentro da minha casa... Não dá pra eu viver minha vida com uma pessoa que não me pertence por completo. Você é muito intenso e eu também sou, isso não vai dar certo, não vai.
Eu já perdi meu marido, minha paz, minha porra de estabilidade emocional. Tu acha mesmo que eu quero viver na sombra de uma família que já existe?
Henrique: Eu não vou mentir mais. Se tu disser que não quer, eu respeito. Mas se tu sente algo mesmo, me dá uma chance de provar que posso ser homem o bastante pra te dar o lugar que tu merece. Só tenha paciência, por favor
Silêncio. Nós dois se encarando. O ar pesado de emoção crua. Até que falei, com voz firme mas o olhar molhado:
Hadassa: Eu não sou tua reserva, Henrique. Nem tua fuga. E tu vai ter que provar muita coisa ainda. Mas se for pra vir… vem direito. Porque da próxima, eu não junto meus cacos de novo, não.
Henrique assentiu, engolindo em seco.
Henrique: Eu venho certo. Pode apostar. - foi aí que vi que ele mexia comigo e eu odiava isso. Maldito laço que fui me meter. E ele continuou... - Eu não vim aqui pra te prender a nada. Nem pra pedir desculpa como se isso apagasse a dor. Eu vim porque… porra, eu tô gostando de tu de verdade. Nem no começo quando conheci a mãe do meu filho eu senti essa parada toda.