Henrique: Bom dia, mulher!
Sorri de canto, toda manhosa:
Hadassa: bom dia, safado.
Ele passou a mão no meu quadril, me puxou mais ainda.
Henrique: Cê sabe que se ficar se esfregando assim... a gente vai ter que começar tudo de novo, né?
Dei uma risadinha, mordi o ombro dele.
Hadassa: Então começa...
Depois daquela mordidinha que eu dei nele, nem precisou falar mais nada. Ele já virou por cima de mim, o corpo quente, pesado. A mão deslizando na minha coxa, subindo devagar.
Beijou meu pescoço, mordeu minha orelha, sussurrando:
Henrique: Tu é foda… acorda e já me deixa assim...
Sorri, puxei ele pra um beijo demorado, gostoso. Não tinha mais pressa, era aquele sexo de manhã, mais lento, mais íntimo, só curtindo a pele, o cheiro um do outro.
Ele foi me beijando inteira, descendo com calma, a língua brincando, me deixando toda molhada de novo.
Fiquei me contorcendo embaixo dele, gemendo baixinho:
Hadassa: Assim... porra, que delícia...
Quando ele subiu de novo e encaixou devagar, fundo, olhou nos meus olhos... foi foda. A gente se sentindo de verdade ali, sem raiva, sem orgulho, só um querendo o outro.
O ritmo era outro, mais lento, mais profundo. A mão dele segurando meu rosto, o olhar colado no meu. Eu nem sei quanto tempo a gente ficou assim, só sentindo um ao outro.
Gozei de novo, agarrada nele, o corpo todo mole. Ele veio junto, gemendo rouco no meu ouvido.
Depois, caímos de lado, rindo baixo, abraçados.
Ficamos um tempo assim, até que ele falou, com aquela voz arrastada de sono e tesão:
Henrique: Vou lá ver se acho um café pra gente. Fica aí deitada, toda bonitinha.
Vi ele levantar, nu, andando pelo quarto com aquele corpo todo tatuado. Fiquei só olhando, mordendo o lábio. Era muito meu ponto fraco, muito gostoso e errado pra mim.
Ele saiu e fui dar uma fuxicada nas redes sociais. Tinha uma mensagem da minha mãe dizendo "Abri a loja já. Passei por aí e vi uma moto no teu portão, deixei quieto" até ri com essa mensagem, ela vai me alugar agora. Fui ver o insta das lojas e muita gente nova seguindo, aí adorooo! E o meu pessoal também muito mais seguidores, muitas mensagens, sem condições de acompanhar tudo agora. Vou ter que fazer um close friend no insta, sempre fui muito reservada e Deus me livre esse povo todo acompanhando minha vida.
Henrique depois de um tempo voltou com misto, vitamina de morango e pão de queijo.
Tomamos café ali mesmo na cama e jogando conversa fora. Bom dele que ele sempre tem assunto e eu também, então ficamos assim.
Ele olhou pro celular, viu as mensagens chegando. Suspirou pesado.
Henrique: Tenho que ir, mulher... os corres me chamam.
Hadassa: Também tenho que agir, tenho que ir pra loja.
Aproveitamos e tomamos um banho juntos e depois se arrumamos.
Henrique: Se cuida, tá? Qualquer bagulho me manda mensagem. - disse logo assim que me puxou pela cintura.
Hadassa: pode deixar. Você também, se cuida em.
Henrique: Tô indo. Quer que eu te leve?
Hadassa: melhor não... Você sabe... Evito fofoca.
Henrique: Você que sabe. Ainda mandou vim a motinha não? Moto é melhor pra andar pela favela. Essa carreta tua aí é foda dirigir por aqui, tanta barricada.
Hadassa: Eu tenho que ver isso. Se der essa semana vou lá na Honda.
Henrique: Já tem em mente em qual?
Hadassa: sei lá... PCX, adv.. não sei ainda.
Henrique: Hum... Tá. Entendi. Tô indo nessa minha morena. - se despedimos com um beijo.
Vi ele sumir pelo portão, o barulho da moto dele logo em seguida. Fiquei ali, parada,Respirei fundo, ajeitei o cabelo. Peguei o celular e chamei um moto táxi pelo grupo.
Agir a vida, os corres também me chamam, né?
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✨Hadassa✨
Short Story✨Que o destino traçou Que não me deixa em paz Sou eu sua doença Você minha cura...✨
