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Acordei mais leve e muito melhor. Olhei pro lado e hyurica dormia de babar. Peguei meu celular e era oito da manhã. Tinha mensagem do outro dizendo "Tenha um bom dia ❤️". Apenas reagi com um coração. Levantei, peguei minha toalha e fui tomar um banho.
O dia estava lindo, céu azulzinho e um calor gostoso. Coloquei minha mais nova bebê pra pista. Agora mãe está motorizada, amém. ia indo pilotando devagarinho pra padaria. Cumprimentava algumas pessoas conhecidas e outras nem conhecidas eram, porém falava comigo e eu respondia. Estacionei a moto na padaria e quem estava tomando café do lado de dentro? Henrique, Kaio e uns cinco caras. Todos arrumados e fortemente armados. Respirei fundo e desci da moto. Eu não tô preparada pra ficar batendo de frente com esse homem pela favela não. O destino nos prega cada uma, né? .
Acho que falaram alguma coisa quando eu estava entrando, porque ele era o único que estava de costas e olhou pra trás rápido. Meu olhar bateu com o dele que ficou me olhando até eu passar por eles. Algum deles deu bom dia, eu respondi e passei reto até o balcão.
Atendente: bom dia! Vai querer o quê?
Hadassa: dois reais de pães, dois reais de mussarela e presunto. - enquanto a atendente foi preparar meus pedidos, fiquei ali esperando e evitando de olhar pra direção do outro. Se o inimigo é sujo, esse homem é pior ainda. Ele não se contentou e veio me cercando.
Henrique: não respondeu o meu bom dia, tá chateada? Vai falar comigo mais não? - respirei fundo e me virei pra ele.
Hadassa: tu sabe como favela é, daqui a pouco tá rolando fofoca com nosso nome aí se toda vez que você me ver, você vim em cima pra falar.
Henrique: tenho controle não quando o assunto é você.
Hadassa: depois diz que não vai me trazer problemas... Olha, é melhor você se controlar mais.
Henrique: E o enjôo? Passou? Ta melhor?
Hadassa: Sim...
Atendente: aqui seu pedido. - peguei agradecendo e quando eu iria pagar, o outro se meteu.
Henrique: bota na minha conta aí, colega. Depois acerto aqui contigo quando eu meter o pé. - olhei pra ele incrédula. Sai saindo e quem estava na padaria tudo olhando já. Ele veio atrás.
Henrique: Agora não posso mais falar contigo? Não podemos ser nem colegas?
Hadassa: colegas, Henrique? Colegas?
Henrique: maneira de pilotar? Combinou contigo ela.
Hadassa: isso está no nome de quem?
Henrique: Da minha advogada. Você vai querer que eu passe pro seu nome? Se sim, você me fala que qualquer coisa eu vejo isso aí.
Hadassa: depois vejo isso aí. Tô indo nessa. - liguei a moto.
Henrique: espera... - se enfiou na frente. - me manda um mensagem quando for sair da loja pra eu aparecer lá. Nós comer algo, trocar uma ideia de boa. Tô cheio de saudades de tu, papo reto. - assenti calada e fiquei um tempo encarando ele.
Hadassa: Vou ver e te falo. Agora me dá licença que tenho que ir. - ele ficou me encarando por alguns segundos e logo deu espaço. Sai arrancando com a moto.
"Henrique ficou parado, vendo ela sumir pela calçada, enquanto os caras da mesa tentavam entender que tipo de mulher era aquela que fazia o chefe deles parecer um garoto que perdeu o bonde."
Entrei pela sala e hyurica estava com cara de quem tinha acabado de levantar.
Hyurica: você começa agir cedo, né?
Hadassa: passarinho que acorda cedo bebe água limpa meu amor. Tu não sabe o que me aconteceu...
Hyurica: conta, mona.
Hadassa: fui na padaria e quem tava lá? Henrique. Cara, isso não vai dar certo não. Me cercou lá e dane-se quem tava lá, homem desgraçado. - hyurica riu.
Hyurica: aonde você foi amarrar seu burro em. Mas corta isso, dassa. Conversa com ele e fala que assim não vai dar. Daqui a pouco você tá nos twitter de fofoca e a mulher dele lá da 48 sabendo de tudo.
Hadassa: tá repreendido, Deus me livre de fofoca. Mas eu vou falar mesmo, dá pra ficar nessa não.
Hyurica: tu tá muito fodida, papo reto. Bofe cismou contigo e não é de agora não, bagulho doido.
Hadassa: bora tomar café e agir logo a vida. Hoje vou pras lojas.

✨Hadassa✨Where stories live. Discover now