**Capítulo 37**

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Maratona 03/03

O dia todo eu só passei raiva sabendo de uns bagulhos bolados só agora. Fiquei puto mesmo que até embora eu queria ir.

Não entendia por que eles não me contavam...foda se que eu tinha problema dentro da prisão, eu tinha sim direito de saber de tudo o que rolava aqui fora com a minha família.

Mas pô, eu nem rendi muito ali, quando os caras falaram que a Jade tinha voltado, minha mãe já mudou de assunto e veio querendo saber quem era essa mulher.

Eu nem respondi, nem dei bola, tava puto com ela e se eu rendesse algo iria dar caô, e a última coisa que quero agora é brigar com ela.

Quem desceu pra buscar a Jade foi o Neguinho, e eu fiquei ali na casa olhando pra cara da Rafaelly que era mais emburrada que eu, ala.

Mina metia mó marra e já tava pedindo pra levar uns carucão pra aprender a ficar esperta.

Não tenho paciente pra criança chata não, pô. Dou logo uns tapão e parou de graça.

Rafaelly: Você é mais feio do que eu imaginava...- falou fazendo uma careta de nojo, e eu retribui do mesmo jeito.

Sinistro: Pra primeiro de conversa eu nem sabia da tua existência, então não poderia imaginar que você era tão feia assim.

Ela mandou a língua, e eu o dedo. Nem ia dar muita bola não, se não ia me estressar com essa peste e eu só queria tentar ficar na paz agora.

Quando o Neguinho voltou com a Jade, minha mãe já foi em cima dela querendo saber se era minha mulher, ala, doidona mesmo.

Rafaelly: É, você é linda demais pra ficar com esse daí. - desdenhou, e eu já meti logo um chutão na perna dela. - Mãe!

Sinistro: Garota, tu fecha essa tua boca podre se não te amasso serin, sem caô.

Ana: Parou os dois, euem. - gritou, olhando feio pra mim e pra menina. - Mas então você tem certeza que não namora meu filho? - perguntou outra vez pra jade, que riu sem graça.

Jade: Eu e seu filho não temos nada! Nem amizade, quem dirá um relacionamento. Só sou a psicóloga dele mesmo.

Neguinho: Ela quem conseguiu a saída pro Sinistro, tia. Mulher fodona essa.

Minha mãe abraçou a Jade, que ficou sem reação no início, mas logo abraçou minha mãe de volta.

Sinistro: Relaxa mãe, que por agora tu não vai ter nora nenhuma não, euem.

Rafaelly: Horrível desse jeito ninguém vai te querer mesmo, e minha mãe nunca vai ter nora.

Sinistro: Tu não calou a boca ainda por que? Tá querendo mesmo que eu enfiei aquela vassoura na tua garganta? Assim tu fica quieta né? Peste!

A menina só fez uma cara de deboche que eu tinha vontade de amassar ela ali e agora. Só tem 14 anos, ou sei lá, e quer vir meter marra logo pra cima de quem? Euem, garota doidona mesmo!

Depois de mais uma cota da minha mãe enchendo o saco da Jade ali, ela puxou a garota lá e o Neguinho pra ir no mercado com ela, me deixando ali com a Jade.

Jade: Sua mãe é...

Sinistro: Maluca! Tô ligado nisso já.

Jade: Eu ia dizer engraçada, mas ok. - suspirou, sentando ao meu lado.

Só aí eu fui reparar nela. Mulher tava usando uma calça jeans preta e uma regata clara, que marcava bem os peitos dela.

Pela primeira vez mesmo eu tinha reparado naquela mulher e percebido o quão gostosa essa mina é.

No presídio eu nem reparava em nada, até por que não dava já que ela usava sempre um macacão super largo cobrindo tudo.

Mas agora vendo ela desse jeito vi que realmente dava pra transar com ela.

Não que eu queira, até por que quero pegar uma mina qualquer aí pra tirar meu atraso passando horas em uma cama fodendo. Uma mina que eu sei que nunca mais vou ver na vida.

Já com essa mulher nem dá, se eu pego ela, daqui uns dias vou ter que ficar trocando ideia naquela salinha lá.

Ih, nem rola pô, nem rola!

Diário de um DetentoWhere stories live. Discover now