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+ 170 comentários.Aquilo que o Neguinho tinha dito tinha me deixado puto o resto da visita.
Não tava botando fé que o cara iria vir pra cá não. O mano tentou me matar já não sei quantas vezes, e eu nunca fiz nada assim pra ele não, tá ligado?
Acho que é inveja, por que seria o único motivo dele me matar sem eu ter feito algo.
Tô a tempos já querendo bater com esse maluco, pra trocar uma ideia maneirinha e acabar com esse filho da puta de uma vez.
Tentou me matar diversas vezes e não conseguiu, mas eu vou fazer um favor a Deus que é tirando esse mano daqui desse mundo.
Neguinho: Vai cobrar o cara quando ele vir, né?
Sinistro: E tu acha que não, pô? - cruzei os braços. - Vou amassar o cara sem dó.
Neguinho: Você da dois daquele arrombado, amassa facin...- sorriu de lado. - Vou pedir pra alguém gravar essa porra, quero ver!
Neguei com a cabeça, e só fiquei ali trocando uma idéia com ele até as visitas acabarem. Fiz um toque com o Neguinho e fui indo em direção ao portão.
A Jade ainda me encarava séria, e já tava ficando estressado com o olhar dessa mulher em cima de mim.
Ia passar reto por ela, mas parei em sua frente, encarando ela serinho também.
Sinistro: Qual foi?
Jade: O que? - se fez, e eu bufei.
Sinistro: Gosto quando tu me olha desse jeito não, ala.
Jade: Tô te olhando do mesmo jeito que você me olha, Sinistro. - falou baixo, sorrindo de lado, e veio se aproximando de mim, mas eu me afastei, dando as costas pra ela. - Te espero amanhã na consulta.
Mandei o dedo do meio pra ela, sem nem olhar pra trás, e só ouvi sua risada. Fui pra cela todo puto e bolado mesmo, tá ligado? Tava bom hoje não.
Me deitei na minha cama, e já fui acendendo meu cigarro. Precisava relaxar pelo menos um pouco e era o cigarro que me acalmava.
Quando o Magrão entrou na cela, ele passou direto por mim, e eu percebi que ele não tava bem, só por não chegar já falando as putarias dele.
Sinistro: Ih, Magrão, qual foi?
Ele negou com a cabeça e veio vindo em direção a minha cama. Sentou ao meu lado e ficou olhando pro chão.
Sinistro: Abre a boca, porra!
Magrão: A Ana tá doente...
Sinistro: Quem é Ana, carai? - soltei a fumaça do cigarro e traguei mais uma vez.
Magrão: Minha mulher...ela tá com câncer! Esqueci aonde, mas eu tô com um medo do caralho de perder aquela mina. Ela é tudo pra mim! - falou baixo, suspirando.
Cocei a cabeça, e eu nem sabia o que falar pra ele. Não era bom com conselhos não, fi.
Sinistro: Relaxa, pô, Deus tá com ela e a mina vai ficar bem! - dei dois tapinhas nas costas dele, e ele apenas concordou com a cabeça.
Magrão foi pra cama dele, e ficou por lá o resto do dia, sem falar nada, e muito menos brincar com os caras. Mano tava mal mesmo!
Eu também fiquei ali na minha por horas, só pensando e tentando bolar alguma coisa pra eu acabar de vez com o vacilão do GG quando ele chegar.
Tinha que fazer tudo certo pra eu não ir para aquela salinha outra vez! Aquele lugar de novo não!
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Diário de um Detento
FanficLadrão sangue bom tem moral na quebrada, mas pro Estado é só um número, mais nada.