**Capítulo 90**

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• Jade •

Assim que vi a Rafaelly caindo no chão com dois tiros nas costas, eu pulei em cima do Leandro, fazendo ele deixar a arma cair no chão.

Apertava seu pescoço com força, tentando sufocar ele de uma vez. Mas o cara me deu um soco no nariz, que fiquei tonta na hora.

Leandro foi pra pegar a arma, mas eu fui mais rápida, e acabei pegando. Me levantei já apontando pra ele, e o filho da puta riu.

Leandro: Atira...atira porra! - gritou.

E quando fui apertar o gatinho, um outro policial chegou, tirando a arma da minha mão.

Jade: Vocês tem que prender ele, fez a garota de refém, atirou nela e...

- Se acalma, senhora! Vamos levar ele para a delegacia também, mas você vem com a gente.

Respirei fundo, cruzando os braços e ouvi o Sinistro gritando. Assim que me virei para trás, vi ele jogado no chão, com uma poça de sangue encharcando ele, enquanto alguns policiais algemavam ele.

Na hora nem tive reação, mas corri até ele, desesperada.

Jade: Quem atirou em você? - perguntei, se abaixando em sua frente.

Sinistro: Quem tu acha porra? Leandro...

Fechei meus olhos, e mesmo com os policiais mandando eu ir pra longe dele, eu segurei em seu rosto, dando um selinho demorado.

Jade: Eu te amo!

Rafael nem se quer me respondeu. Os caras pegarem ele em uma maca, e foram levando até a ambulância que tinha chegado ali.

Rafaelly já estava dentro de uma, sendo encaminhada para um hospital.

A entrada daqui da favela estava um caos!

Vários enfermeiros levavam corpos de pessoas mortas em direção a alguns carros do IML, inclusive de alguns policiais.

A mãe do Sinistro chorava desesperada também ali, enquanto o Neguinho, já sem sua arma, abraçava ela.

Eu não sabia mais o que fazer ali, estava desesperada já pensando no pior sobre o Sinistro e a Rafa.

Chorava pra caralho só vendo as poças de sangue dos dois ali, lembrando que isso tudo foi culpa minha.

Toda essa merda tá acontecendo por minha culpa!

Por que eu fui egoísta e só pensei em mim quando me envolvi com o Sinistro, porque fui logo me aproximar da família dele, e sem querer entregando tudo nas mãos do Juliano e do Leandro.

Essa culpa começou a pesar em mim de uma forma horrível, que sinceramente não aguentaria por muito tempo.

******

Comecei a dar meu depoimento contra o Leandro, falando de tudo o que ele tinha feito comigo dentro daquele apartamento, e inclusive sendo testemunha contra os atos dele com a Rafaelly.

Delegado apenas ouvia tudo, fazendo algumas perguntas, enquanto minha advogada estava em silêncio ao meu lado.

- Qual era sua relação com o foragido Rafael Menezes, vulgo Sinistro? - o delegado perguntou, cruzando os braços.

Jade: Eu era psicóloga dele, apenas isso! E quando ele saiu da cadeia, me ajudou a sair daquele apartamento que Leandro me tinha presa.

- Ele te ajudou...assim? Do nada?

Jade: Como a gente passou meses conversando, e eu ajudando ele, o cara pegou consideração e me ajudou! Não tínhamos relações alguma sem ser a profissional!

- Mas, nos áudios que foram divulgados você admitiu que teve relações com ele dentro do presídio...

Jade: Até que provém ao contrário, não foi eu quem disse aquilo tudo, e aquelas gravações não provam nada! Ninguém tem provas que realmente aconteceu!.

- O diretor do presídio de Tremembé, Juliano Alves, disse que tinha uma escuta na sala que a senhorita atendia o foragido, e nas gravações claramente voces dois tinham algum envolvimento.

Jade: Aquilo lá também não prova nada! Pode ter sido facilmente editado por alguém, para me colocar como associada ao crime.

Delegado ficou quieto, e minha advogada interferiu, fazendo ele nos liberar.

Sai daquela sala soando frio, me tremendo inteira, e olhei para a minha advogada.

Jade: Corre algum risco de eu ser presa? - perguntei baixo para ela.

Olívia: Não, sem risco algum disso acontecer! Eles não tem prova de nada contra ti, então pode ficar tranquila. - assim que ela disse aquilo, suspirei alto, me aliviando um pouco.

Jade: Tem notícias do Sinistro e da Rafaelly?

Olívia: Pelo o que um dos policiais acabou me falando, a senhorita Rafaelly ainda está em cirurgia, para retirar as balas. E o foragido, está na UTI, mas não corre muito risco!

Jade: Ele vai ser preso novamente? - perguntei outra vez, pois ela já estava cuidando do caso do Sinistro também.

Olívia: Claramente sim! Ele está foragido, então com isso aumenta mais alguns anos na pena dele. Sinistro irá voltar para Tremembé, mas não ficará lá por muito tempo, e logo será transferido para uma prisão de segurança máxima no Maranhão.

Jade: Maranhão? Por...por quê? - perguntei, de olhos arregalados, nem acreditando naquilo. Na verdade, não querendo mesmo.

Olívia: Foi o que o juiz decretou!

Passei minha mão no rosto, ficando mais desesperada ainda em relação a ele.

******

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Da Vitoria_ane.
Gente, recomendo demais cara!!!

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