**Capítulo 22**

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Minha consciência pesou no momento em que ele disse que aquele maluco era inocente.

Nunca tinha sentido arrependimento depois de matar alguém, mesmo um inocente, mas agora tava pesando demais, pô.

Ninguém tinha noção dessa parada!

Já matei gente pra caralho lá fora, e nunca se quer me senti mal nessa porra, mas hoje foi uma parada diferente.

Tava na cara que o mano lá tinha algum problema mental, e que não era o X9. Mas eu só segui as ordens que passaram pra mim, se não quem iria passar, era eu.

Desliguei a porra da chamada e taquei o celular na parede. Os caras tudo me olhou estranho, mas eu nem dei bola.

Passei a mão no rosto, me sentando na minha cama, e fiquei tentando né controlar, pra não surtar legal pro lado de geral.

Magrão: Qual foi, Sinistro? - sentou ao meu lado, e eu neguei com a cabeça. - Fala logo, porra.

Sinistro: O cara que eu matei...era inocente, caralho.

Ouvi ele suspirando alto, e se levantando do meu lado.

Magrão: Porra, Sinistro. Foram te avisar só depois?

Balancei a cabeça concordando, e antes que eu pudesse falar mais algo, apareceu dois guardas ali, chamando meu nome.

Me levantei, e um já entrou ali me algemando. Saímos daquela cela, e eles foram me empurrando na direção de sei lá aonde.

Atravessamos aquele presídio, e eu já percebi que estávamos indo para aquela salinha que nunca tinha ninguém por lá.

Já sabia o que poderia acontecer, e na real, era o que eu merecia mermo. Ainda estava anoitecendo, mas acho que essa porra não importava pra eles não.

Abriram aquela porta grande de ferro, e me jogaram ali dentro, logo fechando a porta.

Juliano: Não esperava aquele show no pátio logo de você, Sinistro. Sempre foi quieto e na sua...- apareceu do inferno ali, se aproximando de mim.

Sinistro: As pessoas mudam né!

Ele se sentou em uma cadeira que tinha ali, perto da onde eu estava, e me encarou sério.

Juliano: Você sabe que com essa porra tu pode pegar mais alguns anos de prisão? - balancei a cabeça concordando. - Eu abafo tudo o que aconteceu hoje, se você abrir a boca pra falar quem que mandou você fazer esse show todo.

Olhei pra esse cara serinho. Tá achando que eu sou trouxa mermo né? Qual foi?

Eu nem falei nada, só virei o rosto e fiquei calado por alguns minutos.

Não podia abrir a boca e falar que quem me deu essa ordem foi o Tulião, aí eu estaria fodido de vez aqui dentro.

Se eu falar hoje a real pra esse cara, amanhã mesmo eu tô morto nessa porra. X9 morre cedo né?!

Juliano: Não vai falar? - fiquei quieto, ele suspirou alto. - Ok!

Ele foi saindo dali, mas antes de sair de vez, parou ao lado dos policiais falando algo no ouvido deles.

Os caras me olharam dando um sorrisinho de lado, e o diretor saiu dali, fechando aquela porta.

- Tá fodido na nossa mão, filho da puta!

******

Ooi, vim aqui divulgar o livro novo da minha amiga Ana, vulgo Vitão. Ela lançou em minha homenagem, e sim eu estou me achando com isso. O nome é Amanhecer.
Da Anaa_Santt.
Recomendo demais né, meopai.
Se vcs forem ler, vcs vão ver meu nome todo lindinho lá Letícia Cristiane.
Aff, oto boba.

Diário de um DetentoWhere stories live. Discover now