**Capítulo 66**

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Antes de sair daquela sala, a Jade segurou meu braço e me pediu pra eu não abrir a boca sobre a parada que ela me falou do GG.

Eu apenas balancei a cabeça, e sai dali com os guardas, indo finalmente para a cela.

Não estava querendo que a Jade ficasse nesse gelo comigo não, pô. Qual foi, fiz nada demais!

Sei que fui grosso e essas paradas, mas pelo amor de Deus né?! Bagulho sem noção mesmo.

E outra, na parada da Vanessa, nem entendi porque ela meteu essa porra no meio, não entendi mesmo!

Primeiro que eu só achei a mulher gostosa, em nenhum momento dei em cima dela ou algo do tipo, e segundo...eu e a Jade não tem porra nenhuma!

Ela não tem que cobrar de mim, um bagulho que eu nunca cobrei dela, pô.

Mas também nem falo mais caralho nenhum não. Se ela quer me ignorar, posso fazer nada não!

Assim que entrei na cela sem as algemas, Magrão veio correndo até mim, e me abraçou.

Magrão: Aí pô, te machucaram? Se machucaram tu já me fala, que eu cobro serin nessa parada.

Sinistro: Meu rosto tá todo fodido, Magrão. Lógico que me bateram, mas tá suave. - me afastei dele, me sentando na cama.

Magrão: Aí, vou amassar legal em. - cruzou os braços, negando com a cabeça.

Me deitei na minha cama, fazendo uma careta assim que sentia a pontada na minha perna. Essa porra tava dolorida pra caralho mesmo. Os caras me amassaram serin, tô todo roxo.

Magrão: Aí, qual foi, putão? Tá todo pra baixo aí...

Sinistro: Nada pô, tô suave. - respondi baixo. - Mas aí, tu conhece a Vanessa, enfermeira do plantão da manhã daqui do presídio?

Magrão: A ruiva? - balancei a cabeça confirmando. - Tô ligado, os manos sempre estão falando dela. Muitos aqui já comeram.

Sinistro: Serin?

Magrão: Tô falando, pô. Mina tá mais rodada aqui dentro do que as mulher da minha quebrada lá fora, e olha que lá tem muito mais macho que aqui em. - deu risada, negando com a cabeça. - Tá querendo pegar a ruiva?

Sinistro: Eu não, sai fora, pô. Tô querendo ficar de boa com a loira...- falei automaticamente, e me arrependi na hora.

Quis socar minha cara ali mesmo por ter abrido a porra da boca. Tomar no cú!

Magrão: Que loira? Iih Sinistro, tu tá ficando com alguém e não me disse cara? Nossa...

Sinistro: Que loira, pô? Tem loira nenhuma não.

Magrão: Sinistro...

Sinistro: Tô ficando com uma mina lá fora, pô, euem. - menti, me virando pra parede, e ficando de costas pra ele. - Enche mais eu saco não, vai dormir!

Magrão: Sinistro de casinho...quem diria em!

Nem rendi pra ele, fiquei quieto esperando o almoço ali. Tava na maior fome e ainda nem tinha comido nada.

Queria dormir também, já que na solitária nem tinha conseguido dormir direito naquele chão duro, mas não conseguia, porque a fome estava grande pra caralho, fazendo meu sono sumir.

Mas quando finalmente entregaram o almoço, fui varadão mesmo. Comi tudo pô, até o purê que tinha eu comi, e olha que nem sou muito chegado nessas paradas.

Amassei ali maneirinho mesmo, e depois fui tentar dormir de uma vez. Descansar o que eu não tinha descansado naquela sala.

Antes de finalmente conseguir dormir, fiquei pensando nas paradas que a Jade disse...que entre nós dois só seria bagulho profissional mesmo.

Ala, não gostei disso não, pô.

Queria sim continuar ficando com ela aqui dentro, mas isso nem vai dar mais, por vacilo meu mesmo.

Mas não vou desistir de fazer ela ficar de boa comigo não, pô, que isso...vou insistir nessa parada e tô nem ai pra ela não.

Tô ligado que depois de tanta insistência minha, uma hora a garota vai ceder de vez.

Diário de um DetentoWhere stories live. Discover now