**Capítulo 28**

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• Jade •

Assim que o Sinistro saiu daquela sala, eu soltei a respiração que eu nem sabia que estava prendendo.

Me apoiei na mesa e só fiquei tentando entender o que tinha acabado de acontecer, e talvez até o que poderia ter acontecido se os guardas não tivessem entrado.

Na real? Não sei o que tinha me dado naquele momento não!

Peguei minhas coisas e sai dali daquela sala indo direto na sala do Juliano. Iria já tentar conversar com ele hoje sobre uma saída do Sinistro.

Bati na porta dele, e só ouvi ele gritando um 'pode entrar'. Assim que entrei ali, Juliano deu um sorrisinho de lado, e se apoiou na mesa.

Me sentei em uma cadeira em sua frente, deixando minha coisas em meu colo mesmo.

Juliano: O que deseja, Doutora Mendes?

Jade: Vou ser clara...preciso que o senhor peça uma saída para o detento Wenderson Oliveira, ao juíz. - assim que falei aquelas palavras, ele começou a rir forçadamente, até jogando a cabeça para trás ele estava.

Juliano: Você acha mesmo que eu vou pedir essa merda?

Jade: Essa é a única maneira dele confiar em mim, e eu conseguir ajudar ele.

Juliano: Ele confiaria mais ainda em você, se você desse mole pra ele...

Arregalei os olhos na hora, e fiquei até sem ter o que falar ali por alguns instantes.

Jade: Eu realmente não entendi o senhor, e também não estou afim de entender. Se o senhor não sabe, eu estou noiva de um dos comandantes da polícia militar. - ele olhou sério pra mim na hora, e eu sorri de lado. - Comandante Ramires, conhece?

Ele fez que sim com a cabeça, e eu sorri mais ainda. Peguei meu anel de noivado na minha bolsa, e mostrei pra ele, que nem se quer disse alguma coisa.

Juliano: Não vou atrás disso, e não precisa nem vir pedindo mais essa porra. - bateu na mesa, e eu apenas concordei com a cabeça.

Sai daquela sala respirando fundo, e tentei pensar em uma outra maneira de conseguir essa saidinha para o Sinistro.

******

Respirei fundo assim que parei em frente aquela favela, e vi que agora não tinha mais volta assim que vi o Neguinho saindo de um beco.

Ele sorriu quando me viu, e deu uma corridinha até mim.

Neguinho: Qual foi, loira?! - me abraçou, e eu sorri pra ele.

Jade: Eu realmente preciso da tua ajuda, Wellington. - suspirei, cruzando os braços.

Neguinho: Já vi que é parada seria. - fez careta. - Bora ali.

Ele foi indo na direção de um barzinho que tinha ali perto, e eu fui indo atrás. Sentamos em uma mesa, ele já foi pedindo cachaça.

Neguinho: É sobre o Sinistro, né? - concordei com a cabeça. - Ih, lá vem...

Jade: Ele tem advogado?

Neguinho: Não, Sinistro não queria essa parada quando foi preso, não. Era um promotor público que cuidava do caso dele, mas abandonou a alguns anos, e não tem mais ninguém cuidando do caso dele. Por quê?

Jade: Ele quer uma saidinha pra ver a mãe dele. - suspirei, passando a mão no rosto. - Será que tu consegue arranjar um advogado pra ele, pra tentar conseguir a saída?

Neguinho: Sei lá, pô, tenho que ver. Mas o Sinistro tá sabendo dessa parada? - neguei com a cabeça. - Ih...

Jade: Relaxa, ele que me pediu pra arranjar a saída pra ele, e não importa como, só quer conseguir mesmo.

Neguinho: Qual foi? Tá querendo o que com isso, Jade? - cruzou os braços.

Jade: Só estou tentando conseguir a confiança do Rafael, pra eu poder ajudar ele. - suspirei.

Neguinho: Tô confiando em ti, em porra. Vou atrás do advogado, e depois te dou um toque...

******

Enfim gente, a Anaa_Santt me obrigou a publicar mais um livro hoje, o nome é Realidade Cruel.
Vão ler, pfvr!!!
❤️✨

Diário de um DetentoOnde histórias criam vida. Descubra agora