**Capítulo 31**

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O ódio que eu sentia daquela cara apenas olhando pra ele não tava escrito, e nem poderia ser.

Esse cara é um verdadeiro filho da puta, cuzão do caralho mesmo.

Juro que não sei o que já fiz pra ele, ou sei lá para o cara tentar me matar diversas vezes. Ou ele me odeia, ou foi a mando de alguém maior que ele.

Não sei não tá ligado, mas acho que pode ser às duas opções.

Magrão: Se tu quiser ajuda pra matar esse cara, pode contar comigo, pô. - deu alguns tapinhas nas minhas costas. - Você só tem que prometer que depois nós não vai para aquela salinha...

Sinaiteo: Eu vou dar um jeito disso não acontecer. - suspirei, desviando o olhar do cara para o Magrão. - Mas vou fazer tudo acontecer depois da minha saída...se eu conseguir essa porra né.

Magrão: Jade tá vendo essa parada pra tu? - balancei a cabeça concordando, ele sorriu de lado. - Jogou o papo certo pra ela, né?

Sinistro: Claro, pô, ia ficar enrolando a mina não. Uma que ela nem interessada em mim, e outra que não quero nada com aquela mina não, eu em. - fiz careta e ele riu.

Magrão: Vou falar nada, carai. Só quero pagar pra ver você todo apaixonado naquela mina.

Sinistro: Ih, qual foi, Magrão? - cruzei os braços. - Nem falo com a mulher direito, quem dirá se apaixonar. Sai dessa, caralho!

Ele levantou as mãos em rendição dando risada e eu neguei com a cabeça.

Olha as ideias do maluco, vê se pode uma coisa dessas fi, pode nada!

Quem vê assim até pensa que caiu em lábia de mulher rapidinho, ala. Nunca me apaixonei não, e nem é agora que eu vou, até por que eu não quero e não me vejo sentindo esse bagulho de amor, paixão, ou sei lá não.

Gosto de ficar tranquilinho na minha, sem gostar de ninguém, ou até sofrer por alguém. Parada deve ser mó ruinzona, então prefiro ficar suave na minha mesmo.

Sinistro: Não quero me apaixonar por ninguém não, sai fora, pô.

Magrão: Gostar de alguém não é o fim do mundo, Sinistro. Quando você se apaixonada, parece que tu fica bobão, sei lá, o mundo fica diferente, com mais for e felicidade, tá ligado? Não sei, é uma parada estranhona mas boa pra caralho de se sentir. - me olhou com um sorrisão no rosto. - Mesmo que o bagulho não seja recíproco, é bom de sentir as vezes um pouco de amor ou paixão.

Eu fiz careta pra ele, e neguei com a cabeça. Ele deu risada, passando a mão no rosto.

Magrão: Pareci um boiola falando isso tudo, mas eu não menti em nada, parceiro.

Sinistro: Tá, pô, tá bom!

Ficamos mais um tempo ali no pátio, e quando tivemos que volte pra cela, um dos guardinhas me puxou, colocando a algema em mim, e foi me levando em direção a uma sala lá.

Já fiquei meio assim de ser alguma merda outra vez, mas fiquei calado, apenas sendo empurrado pelo guarda.

Paramos em frente a uma porta de ferro que estava fechada, e o guarda bateu na porta fazendo maior barulhão.

Assim que ouvi a voz daquele filho da puta, eu já comecei a me estressar, e ficar puto de uma vez.

Diário de um DetentoWhere stories live. Discover now