Capítulo LXXXIII

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KIM JIEUN

2 meses +

Nesse meio tempo, a sensação era que eu tinha me encantado pelo espelho por conta das diversas vezes e oportunidades que me via em frente ao meu reflexo, olhando para minha barriga, algumas vezes acariciando e outras imaginando como seria a pessoa que vivia ali dentro, sentada em frente a cama, firme em meus mais profundos devaneios e alegria. Sabe quando você se pega rindo e sorrindo sozinha depois de lembra de algo, ou alguém tão importante que se questiona: como é possível? Então, sinto essa mesma sensação, várias vezes, diversas vezes quando lembro do amor que sinto e agora vive em mim.
Respirei fundo, balançando a cabeça numa esperança de pausar meus pensamentos, pelo menos por aquele momento, me voltando para a cama, terminando de dobrar algumas roupas para guardá-las em um espaço bem organizado posteriormente.

Distraída, durante um lance e outro de roupa, sentir a presença de jungkook, me olhando com os braços cruzados, esbanjando seus bíceps que em poucos meses já tinham ganhado forma.

— Saio dois segundinhos e a senhorita já está fazendo algo, não é? — olhei como quem não queria nada. alguns dias atrás estava sentindo tontura e precisei ir ao médico que receitou que me alimentasse bem e evitasse tanto esforço, monitorando minha pressão com um aparelho que havia colocado em meu braço. No entanto, acho que meu amado marido compreendeu que eu precisava ficar sentada, de preferência fazendo nada e de certa forma isso me incomodava, sempre gostei de me movimentar, fazer algo, me manter sempre ocupada. — Jieun, venha — removeu a toalha pendurada no pescoço em seu pescoço, colocando sobre a cadeira bem ao lado da porta. — Deixe que eu faço isso, ok?

— Não é nada demais amor, são só roupas — falei.

— Eu posso fazer isso por você, é o mínimo, tudo bem? — segurou minha mão, acompanhando-me até a cama gentilmente.

— Querido, são só roupas.

— Roupas pesam também — franzi o meio da testa, negando.

— Mas eu consigo… — antes que eu conseguisse finalizar ele falou:

— Ai! — reclamou, segurando uma peça, única de roupa, jogando os braços contra o chão, como se estivesse carregando algo pesado. — Isso aqui é… — fez esforço para erguer. Mesmo vendo, não estava acreditando naquela cena, então apenas rir, aceitando o que ele queria me dizer. — Tá vendo? Pesadíssimo pra você tá fazendo — agora normal, começou a dobrar o que faltava, bem pouquinho, guardando.

— Exagerado, não?

— Ator, é melhor — preferiu e rimos. Concordei com sua fala.

Naquele mesmo dia, pela tarde, fomos visitar a família de jungkook, aproveitamos para respirar um ar mais puro, leve e confortável, a sensação de paz enquanto a brisa passava por nossos rosto e as folhas caiam das árvores ao redor era incrível, uma bela vista para refletir e agradecer pelos momentos da vida.

No que chegamos, jeongsan soltou Koya no gigantesco quintal, descendo do carro e indo correndo ao encontro dos avós, abraçando-os fortemente, chamando o cachorro para fazer parte do reencontro também.

— Meus filhos — minha sogra se aproximou, ao seu lado san saltitava alegremente. — Que ótimo vê-los novamente.

— Pai, mãe, que bom ver vocês. — jungkook se aproximou, inclinando o corpo para a frente, segurando a palma da mão do pai e em seguida beijando, fazendo o mesmo com a mãe. Em seguida fiz o mesmo, cumprimentando os dois.

— Fico feliz em ver vocês, San já tá um rapazinho enorme, cada dia mais parecido com o jungkook — senhor Jeon comentou e o filho, sorridente e cheio de orgulho, concordou.

— E você jieun… — abriu os braços em minha direção, ficando mais próxima para um abraço demorado. — Está mais linda que nunca, e o bebê, tudo bem com vocês?

— Estamos bem sim — afirmei com a cabeça após ela se distanciar, pousando a mão sobre minha barriga.

— Fico contente, vamos, temos muito o que conversar — disse e assentir. — o irmão do jungkook também veio para a reunião de família, finalmente todos juntos.

— Ele tá aí? — jungkook arqueou os cenhos e o pai concordou. — que ótimo.

Com todos juntos, terminei de cumprimentar o irmão de jungkook e também seu filho. Conversamos um pouquinho e em dado instante a mãe do Jeon me convidou para fazer companhia a ela em outro cômodo e assim fui.

— Como tá o jungkook com toda essa novidade querida? — perguntou ela.

— Feliz e muito preocupada, depois da última ida ao médico acho que ele ficou ainda mais atento comigo.

— Isso é ótimo, meu menino sempre foi assim, sabe? Desde de pequeno ele protege tudo o que ama e faz de tudo um pouco para afastar as coisas que podem fazer mal.

— Ele me ajudou em muito nesses anos

— E você ajudou ele também jieun, os dois foi o que um casal deve ser... — chegou mais um pouco, segurando minhas duas mãos e unindo-as no meio da sua palma. — Um só, com respeito, confiança e coragem pra enfrentar tudo um pelo outro, sabendo que haverá sim, dificuldades mas que no fim, vocês vão vencer.

Observei seu gesto e afirmei para mim mesmo e posteriormente com um balançar de cabeça. De volta com os outros, almoçamos e também conversamos, jungkook e meu cunhado sempre tinham uma história para contar de como eles eram um com o outro e juntos também, aprontando e levando a bronca os dois juntos, como forma de um ajudar o outro e evitar que algo de mal pudesse acontecer.

Prorrogamos ainda mais a conversa até chegar o horário de todos irem embora. Iríamos no mesmo dia, não muito tarde pra jungkook não pegar a estrada a noite e nos preparamos. No meio disso tudo, ainda tive a oportunidade de organizar um tempinho com a mãe dele, ela insistiu em mostrar o primeiro macacão que ela mesma fez e pediu permissão para fazer para o neto, já que jeongsan também tinha e ela guardava como uma recordação do neto, assim como fez com os dois filhos.

— Vou levar ele pro carro — concordamos e o senhor Jeon se encaminhou, levando o neto que dormia em seus braços até o carro.

Observei tudo, até que sentir um toque seguido de outros dedos se entrelaçando aos meus.

— Tantas lembranças ótimas aqui, minha infância, minha família, a raíz do que sou hoje, nosso casamento… — Sentir o sentimento que ele colocava em suas palavras logo depois de encher os pulmões, fechar os olhos, aproveitando a brisa fresca e o som das folhas roçando umas nas outras.

— Com você as lembranças sempre são assim — deitei minha cabeça em seu ombro, me encostando sem jogar meu peso, apenas sentindo-o mais juntinho de mim e o seu cheiro adocicado.

— Espero continuar sendo assim — abriu o braço, me abraçando de lado.

Mesmo que quiséssemos prosseguir só sentindo um ao outro, tínhamos que ir, voltar para casa.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now