Capítulo VI

11.7K 1K 402
                                    

KIM JIEUN

ALGUNS MESES MAIS TARDE

Caminhava tranquilamente pelo parquinho próximo ao apartamento, observava tudo. Sempre fui curiosa ao ponto de olhar com o maior cuidado cada detalhe, gravar em minha cabeça e guardar para um possível futuro. Respirando aquele ar puro, pude recordar a minha infância, correndo pelas ruas, caindo mas sempre levantando. Deveria ter aproveitado aquela época. De olhos fechados, aproveitei o curto período de paz mental, em seguida abrir e acenei para Jungkook, que sorridente retribuía, segurando o pequenino em seus ombros.

Me sentia tão feliz quando estava juntos a eles, talvez pelo meu lado sensível que ver aquilo como uma família que nem cheguei a construir. Com apenas seis meses de vida, Jeongsan já é uma criança muito esperta para sua idade, aos poucos consigo mostrá-lo o lado único e bom do mundo, penso que, ele terá muito tempo para ver o outro e que, por enquanto, vou me dedicar a trazer o melhor para ele.

— Jieun, olhe, o que faço? — Jungkook de longe me chamava, sua expressão de preocupação chegará de repente. Durante esse período de convívio, vi um lado do Jeon que numa imaginei que teria, um lado sensível, assim como eu.

Quando o bebê chorava, ele estava lá, chorando e de alguma forma tentando acalmar o filho e se acalmar. Quando San ( Jeongsan ) ficava doentinho, Jungkook parava o mundo, o mundo para cuidar e dá atenção a ele. Isso enchia meu coração, vendo aquilo por tanto tempo, me segurava para não achar graça, contudo, via uma outra parte da paternidade.

— Calme Jungkook — Corria até ele, retirando o paninho de dentro da bolsa e limpando a boquinha do San que por consequência da movimentação, gorfou. — Ele apenas colocou para fora o que não dava mais na barriga — sorri com os olhos para o pequenino, recebendo um outro sorriso em troca.

— Ele está bem? — perguntou me olhando e olhando para o bebê em seguida.

— Bem, saudável e sorridente — acariciava a bochecha do bebê — Oh — me expressei ao ver que a camisa do Jeon estava suja — Também se sujou, espere, tenho um outro pano — trouxe a bolsa para frente, buscando a logo achando, me inclinando para limpar.

— Não precisa — falava enquanto eu já estava limpando.

— Sem nenhum problema — Limpei e ergui o olhar, encontrando o dele direcionado para mim, como um sol que você malmente consegue encarar por conta da claridade. por diversas vezes já estive nessa situação, não exatamente nessa situação, mas, olhando para ele, hipnotizada com a profundidade do seu olhar. — Tá vendo? Limpei e nem foi pra tanto — desviei ligeiramente o olhar, estávamos nos encarando por longos trinta segundos.

— obrigado — agradeceu, tímido. — Não precisava, mas, mesmo assim obrigado.

— De nada — voltamos a caminhar. Um do lado do outro, sem trocar muitos assuntos. Mais a frente, ele adiantou o passo ao ver um carrinho de sorvete, me levando junto.

— Quer? — perguntou, olhando para os diversos sabores.  — Mesmo com guarda-chuva, sinto que vou morrer e ainda por cima ser frito.

— Não, obrigada — agradeci.

— Óbvio que quer — olhou para ele e conseguir ver um micro sorriso — Não tente mentir para mim, consigo ver a verdade em seu olhar — olhou para o vendedor — Dois sorvetes, de casquinha — me visou — tem problema ser de casquinha?

— Não, não tem… — prosseguiu antes mesmo de protestar.

— Perfeito, dois sorvetes de casquinha, um de chocolate com calda de morando e mm — apontava enquanto o rapaz colocava — e o seu Jieun?

— O meu? — Estava perdida e também envergonhada, não sabia o porquê, porém sentia uma vergonha que subia pelo meu rosto. Ele continuava a olhar para mim, poucas vezes desviava. — Pode ser o mesmo.

— me imitando — serrou os olhos. Encarei confusa e ele riu — Dois do mesmo sabor — confirmou com o vendedor.

Esperamos tudo ser montado e agrademos, continuando a caminhada.

— Gostoso? — Indagou, tomando seu sorvete ao mesmo segundo que me beirava com o olhar.

— O que? — pisquei na tentativa de despertar — Sim, uma delícia — ele concordou com a cabeça.

— Vamos nos sentar? — apontou e assentir. Nos aproximamos de um banco e ali acomodamos o nosso corpo. — Jeongsan, prometo que quando tiver idade eu compro um pote de sorvete inteirinho pra você — falava com o bebê, percebendo que ele não tirava o olho no objeto comestível que o pai segurava. — Só não conte para a jieun — Sussurrou e mesmo assim eu conseguia ouvir.

— Ainda consigo escutar vocês — olhei para ambos, fingindo está séria.

— Olhe isso Jeongsan, ela descobriu nosso plano, precisamos nos esconder — deitou ele no colo. — Jieun tem mega ouvidos.

— Até parece — rir da brincadeira.

— Foi realmente bom sair com ele, dá pra ver que ele ficou mais animado — dizia, se referindo ao filho. — de hoje em diante ele vai acompanhar o papai em tudo, vai ser o fã número um — deu seu dedo para que ele segurasse e assim ocorreu.

— Ele é seu fã número um, sem sombra de dúvidas ele estará pulando e em breve cantando todas as músicas.

— E você também vai estar lá — mirou em mim — Fico feliz de estar presente também, fico pensando, você já foi a algum show meu?

— Hum… — Pensei, buscando no fundo da minha memória — Não, nunca fui. mas já vi você algumas vezes naqueles telões espalhados pela cidade, vale?

— Ah — suspirou, risonho — Não vale, então será a primeira vez do meu filho e a sua primeira vez, ansiosa?

— Um pouco, quando se tratar da primeira vez é tudo mais difícil — ele afirmou — mas com o Jeongsan comigo, consigo me acalmar.

— Fico feliz e bom… — se levantou da cadeira, olhando para o relógio de pulso — melhor voltarmos, daqui a pouco alguém que me conhece pode aparecer e o Jeongsan não é tão acostumado, pode se assustar.

— Sim, melhor — me levantei também, terminando o sorvete. Seguimos para o carro e ao entrarmos, cumprimentei o motorista, o mesmo de sempre.

Ao chegar do apartamento, peguei o San e fui para o quartinho dele antes que a noite chegasse. Em seguida, o alimentei e coloquei para dormi. Ainda hoje tinha que arrumar uma bolsa para mim e para o bebê, amanhã começaria a segunda vida de Jeon Jungkook.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now