Capítulo XCVI

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JEON JUNGKOOK
전정국

Só faltava saltitar pelas ruas, cantar em voz alta, puxar alguém para dançar alguma música aleatórias que cantarolava durante o trajeto até o carro. Antes de chegar em sua residência, seu telefone tocou e em uma olhada rápida parou o automóvel percebendo que era um de seus amigos. Jungkook não duvidava que todos estavam felizes com sua felicidade, com um momento tão especial e delicado para todos os envolvidos tão próximos a ele e também compreendia a curiosidade de todos em saber das notícias.  Programava enviar várias fotos e ligar para cada um deles, ou todos de vez para deixá-los tranquilizados sobre a situação.

  Não se permitia esquecer o brilho do olhar da sua esposa, mesmo cansada a força da sua amada se tornou uma inspiração para ele. Era impressionante como havia conseguido passar por uma dor que parecia eterna e tão intensa que não tinha um meio correto de calcular, e mesmo assim reluziu afeição e zelo. Sua bravura em insistir, em confiar nele para estar ali passando por tudo o fazia se sentir honrado em ter vivenciado aquilo, mesmo que pouco, ajudado a aguentar as coisas até o fim, até o ponto mais abundante do processo natural. Teve muito medo e não iria negar isso, contudo, maior que o medo era o seu amor por sua família, por sua esposa e filhos. Isso motivava o Jeon a lutar fielmente por eles dia após dia, não importava o que acontecesse. 
   Dali em diante tinha total consciência que séria um processo lento mas que estaria junto para fazer o que podia e não podia.

Em casa foi recebido por seu filho em um abraço quentinho e puro. Beijos foram dados em sua bochecha e deslizou as mãos nos cabelos da criança, expondo a testa onde deixou um selar brando. Sua mãe também estava animada e quis saber de tudo sobre a neta e a nora, colaborando para responder os questionamentos que San fazia e que o maior não conseguia formular as palavras perfeitamente de tão contente que estava em detalhar a filha, enfatizando sua perfeição e a comparando com um anjo. Mais ou menos calmo, tomou um banho, ligando para jieun e a deixando ciente da sua chegada, ouvindo o filho redizer a saudade que sentia da mãe e sua curiosidade em conhecer a irmã.

Impulsionava o corpo para frente e para trás sentado em uma cadeira na sala. Em seu corpo San cochilava quietinho, com os braços envolvidos ao redor do tronco do pai, ouvindo cantar bem baixinho e suave. Mesmo que tentasse afasta-lo para o colocar na cama, a criança insistia em permanecer abraçado com jungkook.

— Papai? — Resmungou a criança entre um balanço e outro com os olhos fechados, respirando lentamente no tempo em que o sono pesava mais fortemente. De cantinho a mãe do mais velho observava a cena, vidrada como o filho controlava sua sonolência devido a noite anterior para dedicar um pouco dos seus minutos para o filho, mesmo que fosse para colocá-lo para dormir. — a mamãe vai demorar?

— Não filho, não vai — respondeu olhando para baixo, para o rostinho espremido contra seu peitoral. — Em poucas horas ela estará com a gente, huh? — levemente o apertou, soltando e relaxando seus braços. — agora tanto você, quanto eu, precisamos dormir um pouco.

Foram suas últimas palavras naquele instante. Sua mãe se achegou, cobrindo seus dois bebês com um lençol macio para que ficassem muito bem agasalhados. Em um sorriso gentil e um olhar que já dizia obrigado sem a necessidade de palavras, ele expressou suas ações antes de também fechar os olhos e no balanço ser envolvido por um sono precioso que ajudaria muito para os dias seguintes.

••• 

Algumas horas depois se arrumou da cabeça aos pés e seguiu para onde suas garotas estavam. Ainda não tinha conseguido tempo por conta de toda a agitação para conversar com mais calma com seus amigos, contudo, manteve todos informados sobre as novidades em um grupo criado pelo seu Hyung mais velho nomeado de: “ eu sou o próximo padrinho ”. De casa até o hospital ele ouvia os áudios que todos haviam mandado explicando o motivo de cada um ser o melhor tio/padrinho da vez. Gargalhou alto e sentia a vontade de mostrar tudo aquilo a sua esposa para que ambos pudessem rir de toda aquela cena.

Já no local, cumprimentou todos os funcionários. Diferente do dia que vieram pela primeira vez, a entrada estava mais tranquila, com seguranças disfarçados e espalhados para cuidar da proteção de todos os envolvidos com a família Jeon. Confiava em seus fãs e os amava de todo o seu peito, mas ainda sim precisava ter cuidado e paciência nessa mistura de sentimentos.

Pegou o elevador todo sorridente, cumprimentando cada pessoa que passava em sua frente com um sorriso estupendo que não cabia em sua face, carregando em uma das mãos um belo buquê de rosas mistas para as suas meninas. 

Antes que de fato pudesse chegar no quarto, observou um dos enfermeiros saindo com um ramo de flores do quarto onde Jieun e sua filha estavam e Jungkook seguiu até que pôde vê-la pela brechinha da porta entreaberta, admirando-as com tanto orgulho e amor que nem sabia que todo esse sentimento poderia existir ou melhor, podia caber em seu coração.

— Estava com saudade — sussurrou e mesmo assim a Kim notou sua presença, sorrindo para ele. Já era noite e não via o instante das horas passarem para eles saírem dali. 

Entrou de uma vez no cômodo. Sua sogra o cumprimentava com um sorriso acanhado e em seus braços a pequenina resmungava em busca de uma posição que lembrasse o colo da mãe.

— Também sentimos saudades de vocês — os olhos dela sorriram e em segundos os braços de Jieun o envolveu.

Como era bom se sentir em casa. Pensou ele, retribuindo o abraço, acrescentando um beijo prolongado na testa.

— Rosas para outra rosa — a ofereceu o buquê e a mesma curvou o canto dos lábios. Seus olhos encontraram os dela e um brilho refletiu de um para o outro. 

— São lindas querido — agradeceu. Se inclinou, dando um selar na bochecha dele e antes de se afastar, Jungkook se virou, roubando inocentemente um toque mais intimo dos lábios.

— Seus amigos são fofos — comentou a sogra e finalmente Jungkook reparou na poltrona refleta de rosas e presentes, todos eles com um bilhetes carinhosos de um dos Hyung. Ainda ali, o mesmo enfermeiro que viu antes pediu licença e foi até as rosas, pegando-as e as levando para algum lugar.

— Eles foram maravilhosos — disse Jieun. — mas ainda não entendi o por quê de todos eles estarem pedindo minha permissão para serem o tio escolhido, você disse algo a eles?

Recordou das mensagem e teve ideia do que estava acontecendo ali. Riu e sem entender, a Kim aguardava a resposta. Acabou explicando e mostrando as mensagens, rindo junto com ela que achava todos engraçados e bem competitivos.

— então já sabemos que a Jiyun não terá problema com tios, ela terá muitos — exclamou. Em seu colo, Jungkook roçava a ponta do nariz nas bochechinhas redondas da filha, acalentando com ternura, sentindo o seu cheirinho de perto. — Vou levar todas as rosas para casa — A observou colocar as rosas que ele tinha dado em um jarro. — São todas lindas.

— Assim como vocês duas — piscou para ela. Nunca conseguiria perder o sentimento de achar fofo quando sua amada corava com qualquer elogio seu. Se ao menos Jieun pudesse vê-la com os olhos do Jeon teria noção que todos os elogios não chegavam perto da mulher incrível, forte e inspiradora que era.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now