Capítulo LXXXIV

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JEON JUNGKOOK
전정국

Caminhou de volta para o quarto, pondo o filho em sua cama, no espaço no qual dormia, dando um beijo nele, na esposa e com muito cuidado no bebê que crescia gradativamente, se despindo apenas por algumas horas que serviria para ele trabalhar tanto o corpo como a mente, se preparando indiretamente para um futuro nem tão distante assim. De fone, selecionou um das músicas da sua playlist e desta vez a escolhida foi At my worst (pink Sweat$) para ser sua companhia de primeiro momento, dando uma volta em um enorme espaço que tinha ao redor. Tal canção transmitia um sentimento de calmaria e a letra levava a ele lembrar da sua garota, podendo cantá-la baixinho para ele mesmo.

  Curtia como a música causava um sensação de tranquilidade pela manhã, concordava que certas músicas foram feitas para ser aproveitadas de coração aberto, sem preconceitos ou rótulos, apenas ouvir, talvez sentir e principalmente se entregar. Monitorava os batimentos do seu coração, se hidratava e pausava para alongar o corpo. Além dos momentos que tinha com sua família e deixava claro que amava, também tinha espaço para um momento onde pudesse correr pela manhã ao som de uma boa música, sentindo os músculos se contraindo durante a movimentação e trabalhando mentalmente, pensando em milhares de idéias e em uma pessoa. Era impossível não lembrar de jieun quando sentia o sol aquecendo seu corpo porque era exatamente essa sensação que ela causava em nele, principalmente em seu coração, ela aquecia, fazia toda sua estrutura estremecer sem ao menos um único toque.

Na sua volta, ao passar pela porta, viu a Kim regando as rosas ao lado de san que fazia questão de ficar com ela. Demoraram para perceber a presença dele, mas quando perceberam foi o suficiente para jungkook ser recebido com muitos e muitos abraços.

[ ••• ]

— Estava pensando aqui — começou, terminando de comer o pedaço de pão integral. — Queria tanto fazer um álbum de fotos suas, nossas, alguns vídeos.

— Huh, sério? — ergueu os cenhos. — É uma ótima idéia querido, mas não teríamos que contratar uma pessoa pra fazer tudo isso?

— Não… — respondeu e ela ficou sem compreender. — Não precisa contratar porque você tem uma pessoa que sabe fazer tudo isso e amaria fazer — apontou para si mesmo. — podemos transformar nossa sala em um estúdio, nosso quarto, existe mil e uma possibilidade.

— Eu posso ajudar? — jeongsan perguntou.

— Claro que sim filho, sem você nisso eu com certeza não vou conseguir — bateu levemente seu punho com o punho do menor. — Então amor, o que você acha?

— Eu acho que devemos fazer isso — sorriu, concordando com a idéia.

— Então, você será nossa modelo?

— eu?

— Sim, você mesma.

Ainda naquele dia, jungkook afastou alguns móveis da sala para começar a criar o que estava em sua mente. Ele era assim, criativo, animado e amante da arte e das possibilidades, de tudo um pouco sabia e seu pouco era um histórico enorme: gostava de se aventurar no desconhecido, não se apegava apenas a uma coisa, tinha uma enorme essência viva dentro de si e queria gastar com tudo o que fosse possível. Seu amor era cantar, compôr, dançar, expor seus sentimentos através de notas musicais escolhidas minuciosamente e também gostava de desenhar, de registrar seus melhores momentos, tocar instrumentos, aprender uma língua nova e não era para se gabar, mas sim porque tinha tantas possibilidades no mundo que não fazia sentido ficar preso em apenas uma.
  alinhou as luzes em direção a onde queria. Decidiu que assim como a metamorfose, iria registrar cada processo do desenvolvimento do bebê, da esposa, do filho e também dele para que pudesse rever depois e recordar como de fato foi ótimo viver sem medo de amar.

Com Jieun sentada no sofá, se aconchegou em uma poltrona a frente, com a câmera em mãos e só pediu para que ela fosse ela mesma, sem roteiro nenhum. Gravou e também fotografou, por trás da lente jungkook se pegava sorrindo bobo ao olhar aquela garota mulher que mudou tanto sua vida para melhor, descendo um pouquinho para ver a barriguinha que já estava com uma volume que dava para notar que algum outro ser crescia ali dentro e enchia o coração da família de uma espera que parecia nunca chegar. Deixou uma das câmeras ligadas gravando e foi para o sofá também, san foi chamado para ir com ele apenas sentaram ali, sendo o que eram de verdade.

Viu o instante que o filho pediu para tocar na barriga de Kim e também ouvir, e com os olhos marejados ela não pensou duas vezes, deixando o pequeno acariciar carinhosamente, dando um beijo e posteriormente tentando ouvir o que o bebê poderia tá fazendo lá dentro. O Jeon fez o mesmo, indo pela influência de san e cantando uma das suas músicas, na esperança e confiante que o bebê fosse ouvir sua voz agora e pudesse reconhecer depois.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now