A babá dos meus sonhos

Capítulo IX

JEON JUNGKOOK
전정국

Em frente ao público que cantava junto comigo, me sentia em como se mergulhasse em um mar de nostalgia. Constantemente, quando estava diante de pessoas que me via como um ídolo e até mesmo, como inspiração, automaticamente me recordava de como cheguei aqui. Que se não fosse a decisão de ir a audição, nada disso acontecia. A contar da minha infância, pude ter contato com a música ainda cedo, pelo meu pai, que me apoio a todo instante, se orgulhando do caminho que conseguir trilhar.

Posteriormente, após a primeira canção, ele agitou todos, fazendo um conjunto inteiro de pessoas dançarem e cantarem suas músicas. Não lembrava da última vez que via a alegria no olhar daqueles que estavam prestes, era inacreditável ver como sabiam a letra ou até a coreografia, como se esforçavam para demostrar o tamanho do seu amor por ele. E com isso, Jungkook queria retribuir em dobro, dando o seu melhor, com melhores músicas, coreografias e performances, letras que eles consigam se sentir espelhado.

— Obrigado vocês, amo todos — acenou para algumas fãs na plateia e seguiu em direção ao camarim. Tinha que trocar para finalizar a noite, depois dali ainda precisava ir para dois eventos que exigia da sua presença.

No decorrer que se aproximava do corredor que levaria para a sua sala pessoal, escutou algumas vozes, duas na verdade, uma feminina e outra masculino seguido de um choro de bebê.

— Saía daqui Luke, por favor — Jieun insistia pela terceira vez. — Não sei o que faz, mas pare agora mesmo.

— Parar com o que Jieun? Eu estou no show do meu cantor favorito, estou no meu direito mas e você? — perguntou — Aparentemente mesmo depois de tanto tempo você ainda quer me perseguir, entenda que tudo acabou.

— O tempo passou e você não deixou de ser um babaca imaturo — se levantou, consolando o pequenino que chorava — Calma San, já vamos voltar.

— San? — ela olhou para ele e nada disse, ignorando a presença do garoto e andando até o camarim — espere — se apressou, segurando o braço dela e assim impedindo que prosseguisse. — Quem é esse bebê Jieun? Não me diga que… — a soltou. Novamente eles se olharam, Jieun sem entender o que ele queria proferir e ele espantado com o que pensava — Esse bebê é o nosso bebê? Você mentiu sobre a morte dele?

— o que? — Expressou sua indignação com aquele questionamento — primeiro você e minha família dizem que coisas horríveis sobre mim e você vem me dizer agora, que sou mentirosa? — se virou para ele. Não queria que aquilo se tornasse mais um terror da sua vida — Eu não sei como eu pude amar você Luke, você é um homem nojento que só pensa no seu próprio umbigo.

— Eu não acredito que eu fiquei com uma garota como você, uma mentirosa destruidora de sonhos, mas isso não ficará assim — agarrou com força o braço dela, puxando para a direção que ele ia — Você precisa de um tratamento — no momento que isso ocorria, Jungkook se aproximava, ele tinha escutado tudo e não gostou de nada daquilo.

— O que significa isso? — surgiu diante do corredor — Solte ela — via a feição assustada da garota e como o filho se escolhia no corpo dela. — Solte-a agora.

— J-Jungkook? — Seus olhos piscavam diversas vezes. Ele não poderia acreditar que o cara que ele sempre admirou estava ali — eu sou seu maior fã, eu...

— Peço novamente, a solte por favor — pediu, desta vez foi mais preciso no seu tom de voz.

— ah… — sem compreender, apenas fez o que foi pedido — peço desculpas, essa garota é um antigo passado meu que eu pensei ter sido apago, estamos saindo e não irei atrapalhar.

— Não, não estão saindo, você está saindo — gentilmente, segurou pelo braço de Luke, levando-o para os seguranças — Tirem esse homem daqui agora mesmo — ordenou — e peça para a Choi ir até o camarim, preciso conversar com ela — os dois rapazes que estavam próximos da entrada, um tanto afastado do local, assentiu a ordem, levando o meliante para o lado de fora.

— Isso é um engano, me soltem — implorou.

O Jeon deu as costas a ele e voltou para o lugar, não encontrando Jieun. Andou mais um pouco, entrando no camarim, vendo que ela estava sentada acalmando o bebê.

— Me desculpe por isso, eu não imaginava…

— Eu que peço desculpas — passou os dedos pelos seus cabelos — deveria ter pedido para terem mais cuidado, sempre existe pessoas loucas como esse cara.

— Eu conhecia ele… — escutando aquele informação, se direcionou para ela — mas eu não imaginava que ele estaria aqui, eu não esperava nada disso. Ele achava que… — foi interrompida pela porta sendo aberta.

— Jungkook? — a Choi adentrou — o que aconteceu? Os seguranças me informaram que um louco tentou algo.

— Quando ele ia levar a Jieun e o Jeongsan eu cheguei, ainda bem. Caso não tivesse chegado a tempo, nem sei o que poderia acontecer.

— isso não deveria acontecer

— mas aconteceu…

— Peço desculpa, isso não se repetirá nunca mais — neste instante, a única coisa que Jungkook queria saber era o que significava toda aquela conversa e de onde Jieun conhecia aquele homem. Mediante aos meses decorridos, ele não exigiu que ela contasse sobre o que aconteceu antes de optar por acertar o trabalho, não via o porquê fazer isso, entretanto, pelo visto agora tinha um motivo enorme para pedir educadamente que ela falasse. Viver na dúvida não era algo bom e ele tinha criado um vínculo de confiança com ela, não pretendia quebrar aquilo e esperava que ela pensasse o mesmo.

— Se algo acontecesse com meu filho… — respirou fundo, não queria pensar nessa possibilidade. — Eu tenho que ir — seguiu direto para o banheiro.

Em um momento posterior, Jungkook trocou a roupa e voltou ao palco, finalizando o primeiro show. Em seguida, pegou outro destino, terminando seus compromissos do dia no início do dia seguinte. No quarto onde estava hospedado, colocava seu filho para dormir, pensando se sua decisão de trazê-lo com ele foi correta ou não. Vivia em um mundo que parecia mágico, contudo, tinha uma verdade obscura que apenas quem faz parte ver.

No dia seguinte, se organizou para outra viagem. Ainda não tinha achado uma oportunidade para conversar sobre o dia anterior e nem desistiu disso, apenas tentou controlar suas ideias para não se deixar levar pela primeira impressão.