A babá dos meus sonhos

Capítulo XLII

KIM JIEUN

Os dias passaram e o que pareceu ser difícil de falar, na prática foi mais fácil ainda; depois de me preparar para ouvir o que poderia vir ou não e ter o apoio de Jungkook, conseguir ligar para minha mãe e contar a novidade. Pensei que a reação dela seria de uma mãe apreensiva, mas muito pelo contrário, a mesma me desejou tantas felicidades, chorou e me fez chorar. O Jeon assistia tudo e quando via que estava sensível com as palavras ditas por ela, me acolhia em seus braços, passando toda a segurança que só sentia ao seu lado. Por insistência sua, entreguei o celular e passou alguns minutos conversando, de cantinho observava tudo, quase roendo os dedos de tanta curiosidade.

— Aqui estar — me entregou o aparelho e se sentou ao meu lado, em silêncio.

— O que você conversou com ela? — Perguntei, me achegando ainda mais a ele. — ela disse algo?

— Conversamos sobre você, sobre eu e você e também… — se esticou, pegando uma agenda e uma caneca, anotando algo. — Ela convidou nós dois para irmos até sua casa e achei uma ótima ideia.

— Ótima ideia? — o questionei mais uma vez, observando que ele estava bastante concentrado no que escrevia. De relance e curiosa, li as palavras que escrevia. — Sério? Eu não estou acreditando — expressei após ver o que ele se concentrava tanto para escrever.

— É o correto, não acha? — arqueou as sobrancelhas — Já está na hora de pedir a benção da sua família.

— Claro, é o certo — concordei. De fato, tínhamos dado um passo tão grande, tudo dali para frente ficaria cada vez mais sério e firme.

— Já que ela me convidou, aceitei por nós dois e pensei que seria uma ótima oportunidade de pedir a benção dos seus pais — guardou a agenda e esticou a mão em minha direção, pousei a mão sobre a sua e o sentir acariciar a superfície. — É novo para mim também Jieun, por incrível que pareça, mas estamos nessa juntos, sendo um só.

— É tão bom ter você aqui, comigo — deitei a cabeça em seu ombro, selando um beijo em sua mão.

— Se depender de mim, ficaremos para sempre assim.

Fechei minhas vistas, apenas sentindo aquele momento. Nem conseguia pensar como seria, meu único pensamento naquele exato instante era meu pai e tudo o que aconteceu e parece que continua acontecendo. Há um bom tempo não conversamos direito, sempre que ele pode me ignorar ele assim faz e isso verdadeiramente doi meu peito, sendo que eu o amo, independente do que tenha dito, eu o amo e o quero vivenciando essa fase maravilhosa da minha vida.

[ ••• ]

Diante daquele dia, repetia comigo que tudo daria certo. O dia em que íamos todos para meu antigo lar chegou e o que não faltava em mim era ansiedade, na mesma porcentagem que estava com saudades da minha família, meu coração batia ligeiramente. Arrumei San, ele estava encantado para conhecer minha família, queria muito apresenta-lo aos meus irmãos, fazer ele se enturmar um pouco mais, mostrar que ele poderia fazer amizades com quem quisesse e que também era uma ótima pessoa.

  Saímos de casa, Jungkook dirigia e eu ia ao seu lado, San no banco de trás na cadeira específica para criança. A viagem de carro foi lenta, ou estava apenas para mim, já que me situava tão nervosa que me perdi no tempo e foi exatamente quando o carro parou onde eu tinha o orientado; o automóvel foi desligado e ele se virou para mim, com certeza meu nervosismo estava estampado em minha face.

— Tudo bem com você Jieun? — Ele perguntou e concordei. — Certeza?

— Eu só estou um pouco ansiosa — sorrir para aliviar a tensão em mim.