Capítulo LXIV

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CONTINUAÇÃO

Três semanas já tinham se passado, os momentos com jungkook e jeongsan me envolvia em completa paz, sendo um meio de esquecer os acontecimentos anteriores e principalmente as coisas que estavam acontecendo. De vez ou outra, sabia de alguns comentários desagradáveis, ainda por consequência do que foi dito por Luke que eram abafados pelo apoio e carinho de outras pessoas, que não só torciam pelo Jeon, como também por nós. Os processos decorrentes ainda estavam sendo analisados, tendo não só provas como testemunhas para comprovar os fatos. A manhã raiou e me despedir do meu marido, observando-o se retirar para dá continuidade aos seus projetos como cantor. Com a “normalização” mais uma vez presente, vagarosamente voltavamos com a nossa rotina, tendo algumas mudanças que apenas acrescentava mais ritmo; ainda tentava me encontrar dentro de casa, seu tamanho era o triplo de onde vivíamos, contendo um espaço gigantesco para as crianças correrem livremente, sem medo de nada.

Não sabia dizer, ou descrever o que exatamente era, mas sentia algo diferente em mim já havia alguns dias, até evitei dizer algo a jungkook, o receio de ser só uma coisa da minha cabeça fazia repensar se é necessário incomodá-lo, principalmente agora que retornará a planejar seu próximo álbum, dedicando dias e noites para compor novas músicas e ainda por cima, ter que lidar com indivíduos que não se viam satisfeitos com suas atitudes, ou melhor, comigo. Com o decorrer dos anos vinha aprendendo que nem se fosse a melhor pessoa do mundo conseguiria agradar a todos, nem se fosse uma santa em pessoa, eu seria suficiente para todos e isso dava um alicerce a tese de me dedicar a aquilo que eu era feliz, com as pessoas que de verdade me amavam. 

Olhei para frente, vendo que Jeongsan e Koya brincavam de bola na varanda durante todo o processo de tempo, separando alguns matérias que San usaria na escolinha. Decorria de um período que jungkook e eu tínhamos conversado a respeito do futuro do pequeno, do seu desenvolvimento e também de como o estimular a interagir com outras crianças, sem receio, confiando em si mesmo, passando o que aprendemos sobre as memórias incríveis que ele teria por se arriscar ao que não teria vívido. O novo exigia muito e até mesmo precisaria de um sacrifício da pessoa para se acostumar, sem hesitar com as diversidades e acredito que todos passam por isso, precisando de pessoas fortes para encorajar e na vida do pequenino, essas pessoas passaram a ser eu e jungkook.

Durante a pausa dada e os vários pensamentos que me fez mergulhar de cabeça, recordei de um detalhe, o que resultou a minha aproximação até o calendário, contando os dias que passará da viagem até os dias atuais, recontando mais uma vez, indo até meu quarto, olhando os pequenos por uma última vez e adentrando no cômodo, buscando na gaveta um pequeno bloco de notas que escrevia tudo o que acontecia comigo, principalmente com meu corpo, checando a última anotação e retornando para a sala.

— Já faz quinze dias — sussurrei comigo mesma, me acomodando no sofá e pondo o bloco ao lado do quadril. Visei fixamente o nada, racionando comigo e com os neurônios mais ativos, apontando os pontos, chegando a uma conclusão do que estava diferente em mim e estava ligado diretamente a quinze dias. — Não, não, isso não pode ser possível — resmunguei. — na verdade é, mas... — levei os dedos até a boca, quase que roendo as unhas só em permanecer pensando demais.

O estalo que ocasionou a lembrança foi o suficiente para toda a calma de antes tomasse chá de sumiço, ficando tão grudado como um chiclete na carteira.

— Mamãe, mamãe! — sem que eu esperasse, San apareceu, esticando a palma da mão, mostrando alguns resquícios de areia.

— Lavar as mãos, não é? — assentiu, sorrindo. Fiquei em pé e deitei minhas mãos em suas costas — vamos aproveitar e tomar um banho?

— Humrum — Seguimos até o banheiro, durante o banho eu não conseguia parar de pensar naqueles benditos quinze dias de atraso, fiquei tão focada em resolver os imprevistos que malmente passou a ideia que as semanas se passaram. De qualquer jeito, eu precisaria me acalmar e aguardar, atrasos eram normais, nunca tinham passado de cinco dias, mas eram normais.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now