Capítulo LXV

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JEON JUNGKOOK
전정국

Assim que atravessou a porta e a fechou posteriormente, contornou seu tronco, avistando o filho, abrindo automaticamente um sorriso enorme, que fazia com que seus olhos ficassem miúdos. Se ajoelhou no chão, estendendo os braços e ganhando o melhor abraço apertado e verdadeiro que poderia existir, retribuindo sem hesitar, se distanciando e acariciando o rostinho do menor, tocando a pontinha do nariz e sorrindo em conjunto. Afastou as madeixas de jeongsan, depositando na testa do filho um beijo, sentindo logo após seus pés serem lambidos pelo cachorrinho que também fazia festa na sua chegada.

— Bate aqui — esticou sua mão, vendo-o bater palma com palma, observando com calma a mãozinha se juntar com a sua. — Esse é meu garoto — indagou orgulhoso, obtendo a ajuda do pequeno para ajudá-lo a ficar em pé. — Como vocês estão?

— Nós... — desviou o olhar, encarando o cãozinho que agora estava sentado, analisando tanto jeongsan, como Jungkook. — Estamos bem, hoje eu plantei algumas sementes que o vovô mandou para mim — Disse, transbordando contentamento o que partilhou. O maior conseguia ver o brilho no olhar do garotinho em sua frente, escutando tudo com a devida atenção.

— Sério? — Pestanejou. Assim como jeongsan, o Jeon quando era mais novo amava aprender e repetir os ensinamentos do patriarca, estando no sangue de toda a família esse interesse.

— Sim papai — balançou a cabeça, esticando a mão e agarrando sutilmente a mão dele. — Vou mostrar — o guiou em direção a varanda da casa — Vem Koya — olhou para trás, chamando o animalzinho para também fazer parte daquele momento.

Koya seguiu os dois. Jungkook olhou ao redor, buscando sua amada por onde dava para sua visão alcançar. Próximos a alguns potinhos, San indicava com toda a sabedoria o que havia feito com a ajuda de Jieun, contando também sobre cada apelido dado as sementes que futuramente cresceriam.

— Nós vamos cuidar de cada uma todos os dias, tá bom? — Ergueu a criança em seus braços, retornando para a sala.

— Tá bom — concordou. — Eu vou ficar grandão que nem o senhor e elas também, não é papai?

— Com certeza — consentiu ao que foi dito. — agora… — deu início a fala, já dentro da residência, onde era mais quentinho para eles.  — Você sabe onde a mamãe está? — perguntou, situando-o de volta no chão.

— Ela foi lá em cima — respondeu, apontando para as escadas. Assentiu a informação, dando um beijo na testa da criança e indo até os degraus. Com os pés descalços, subiu as escadas, se guiando pela iluminação do quarto sem efetuar ruídos.

— Amor? — indagou, retirando o sobretudo e dobrando, guardando em um local específico. Abrindo os botões da camiseta, sentindo um ventinho entrar pela abertura da roupa.

— Já vou amor — Ouviu a voz da mesma vindo do banheiro do casal e antes de se aproximar para encontrá-la, a porta foi aberta. Jieun se retirou segurando uma pilha de toalhas, ao olhar para o marido, seu sorriso se alongou, segurando os tecidos com uma das mãos, levando boa parte dos cabelos para detrás das orelhas.

Ele deu mais alguns passos, repousando a palma sobre a face dela, juntando seus lábios e fechando os olhos, sentindo quando ambos iniciaram um ritmo, dando sicronismo ao ósculo. Observando-a mais de perto, tinha o privilégio de admirar cada detalhe que a menor esbanjava, encarando as pupilas, vendo o reflexo dos seus olhos sobre os delas, liberando um riso e por fim distribuindo um beijo na testa da sua esposa como forma do seu carinho, respeito e amor.

— Olá querida — Exprimiu saudando amorosamente.

— Olá querido — Falou em seguida, esticando seu pé e surpreendo o maior com um selinho roubado.

— Precisa de ajuda? — se referia as toalhas nas mãos dela.

— Não, tá tudo bem — Moveu a cabeça em afirmação, enfatizando suas palavras, carregando consigo um sorriso. — Tudo bem? Como foi lá?

— Ah — ergueu os braços, se espreguiçando. — Estou com certeza melhor agora, com minha família. Lá foi tranquilo, já estamos criando o cronograma, organizando as datas e tudo está se encaminhando perfeitamente — distendeu os lados e os cantos da boca que ligeiramente se elevaram, expressando amabilidade em estar na presença dela. — Você está bem?

— Estou sim, hoje eu e o san aproveitamos bastante o dia, é quase impossível não perceber o quão feliz ele tá com tudo o que aprendeu com seu pai.

— Eu fico bobo com as coisas que ele vem aprendendo, meu garoto tá crescendo — suspirou, deixando seu sorriso florescer e sua mente ser levada ao princípio de tudo, refletindo sobre sua trajetória até os dias atuais, se questionando se seria o mesmo que é se não acontecesse tudo o que aconteceu. — E eu estou ficando velho — admitiu, tocando seu rosto. Velho ou não, jungkook se sentia mais maduro, forte e confiante para lidar com os impasses da vida; almejando assim, ser igualmente ao pai que desde de sempre foi uma admiração para ele, sinônimo de força e coragem.

— Minha mãe me falava que somos que nem vinho, quanto mais velho… — deu uma pausa — melhor — piscou para ele, apossando-se do sorriso do Jeon, deixando-o um tanto que envergonhado e ao mesmo risonho.

— Isso foi um fato, elogio ou uma cantada senhorita Jeon? — solevantou os cenhos, envolvendo a cintura dela com seu braço, num aperto vistoso.

— Posso dizer que tudo junto — cintilou os olhos, sentindo jungkook esconder o rosto na curvatura do seu pescoço, trilhando diversos beijinhos que causavam arrepios e cócegas que a desconcertava por inteira, resultando a boas risadas e tentativas de escapar das investidas dele. — Jungkook! — já se conhecia por ser sensível e era ainda mais quando o maior a tocava.

— Tudo bem, tudo bem — pausou o que estava fazendo, distanciando ainda sobre efeito do riso contagioso que a garota tinha. — Vou me banhar agora e se quiser, eu posso te ajudar com as toalhas.

— Vou só terminar de guardar essas no outro banheiro e já vou descer pra ver como as crianças estão.

— Então nos vemos daqui a pouco?

— Sim — Balançou a cabeça. Deram mais um beijo, como uma breve despedida.

O Jeon observou ela se retirar do quarto, esfregando suas mãos uma na outra, não contendo a sensação de não só obter em troca momentos felizes, como também um amor genuíno. Partiu em direção ao banheiro, removendo as roupas que faltavam e mergulhando de uma única vez no chuveiro, cantarolando algumas notas que surgirá em seu devaneio enquanto espumava o corpo.

A babá dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora