Capítulo LX

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JEON JUNGKOOK
전정국

Os dias passavam tão arrastados que malmente o Jeon e sua esposa percebiam o que resultava a ambos aproveitarem cada minuto para acrescentar ainda mais lembranças, vivência que jamais esqueceriam e também nunca faltaria. Eles desvendaram juntos momentos, sorrisos e gargalhadas, não existia tédio, ou hora ruim e muito menos desânimo.

— Achei! — comunicou em voz alta, levantando mostrando entre seus dedos o que parecia ser uma concha do mar.

— Não vale, do seu lado tem mais do que do meu — fez bico, erguendo e tomando cuidado para não derrubar as pequenas conchas depositadas em sua camisa, como se fosse uma sacola para guardar as carapaças.

— Estou com cinco conchinhas a mais que você e pelo que me lembro, você apostou comigo que, quem ganhar vai ter que fazer o colar para o outro — o lembrou. Jungkook se moveu até ela, ficando onde a mesma estava.

— Você não sabe brincar — resmungou.

— E parece que você não sabe perder — O encarou, dando uma piscada.

— Tá bom, vamos acrescentar mais uma coisa nessa aposta — observou quando Jieun moveu seus dedos entre a água em busca de mais algumas conchas.

— O que dessa vez? — virou para novamente olha-lo, notando sua aproximação e sentindo seus braços roçarem um no outro.

— Muitos beijos, quem ganhar vai ter direito de dar vários beijos no outro em qualquer… — pausou, achegando os lábios do ouvido dela. — parte do corpo.

— Qualquer parte do corpo, Huh? — deu um sorrisinho de lado. — tudo bem então.

— Perfeito — se distanciou — agora verá o garoto de ouro em ação Jieun, se prepare.

— Estou mais que preparada — retornou a procura das conchas do mar, contudo, antes que pudesse achar alguma, ouviu o telefone tocar, qual servia para eles se comunicarem com o guia e vice-versa. — acho que é bom atender — fez menção em ficar de pé e antes mesmo disso o Jeon se prontificou a levantar primeiro.

— Eu atendo, pode deixar — cuidadosamente deixou o que já tinha coletado no cantinho. — você olha enquanto eu vou lá?

— Claro — contraíram os músculos das extremidades da boca um para o outro. Antes de ir em direção ao toque, beijou a menor, caminhando até a residência, limpando os pés da área e finalmente entrando.

Dentro, foi até a mesinha, pegando o aparelho e colocando sobre o ouvido.

— Senhor Jeon? — escutou o mais velho. — Que bom que atendeu, desculpa atrapalha-lo.

— Sem problemas senhor Yoon, algum problema?

— Na verdade uma moça ligou para cá pedindo para falar com o senhorio, senhorita Choi.

— Choi?  O que ela queria? — descansou seu corpo na parede, dando ainda mais atenção para a ligação.

— Ela ainda está na ligação, vou passar para esse número e vocês conversam.

— agradecido — aguardou. Por um segundo pensou que algo poderia ter acontecido com seu filho, já que a mesma explicou que só em casos extremos ligaria para ele, tendo consciência que o casal precisava de mais privacidade.

— Jungkook? — Por fim, minutos depois, a ouviu. — Que bom que conseguir falar com você, eu estava sem saber como ter contato, o sinal do celular seu e da Jieun não deram em nada, sorte que o hoseok me passou o número do senhor Yoon.

— O que aconteceu Choi? O jeongsan tá bem?

— Ele está bem, pelo menos agora tá bem, nada aconteceu com ele, o assunto é sobre o que uma outra pessoa fez... — seu olhar rapidamente mudou a trajetória para a Kim, quando a avistou entrando pela porta, escutando detalhadamente a voz abafada devido ao aparelho, pondo a mão sobre a cabeça, franzindo o meio da testa e suspirando ao ouvir o que não imaginava acontecer.

Jieun observou, percebendo a mudança repetina da expressão do Jeon, se sentando em uma cadeira ao lado, aguardando para saber o que ele havia escutado que teria o deixado totalmente diferente dos minutos anteriores.

— Que miserável — Respirou fundo, fechando o punho e liberando o ar. — Eu vou conversar com a Jieun sobre isso e ver o que faço pra resolver esse problema — dizia, afoito, agitado, sem tirar os olhos da amada, desligando e respirando fundo novamente.

— O que aconteceu jungkook? — o questinou.

— O Luke — só em escutar aquele nome, ela sabia que não era coisa boa. — ele espalhou pra mídia inteira sobre o nosso casamento, deu o endereço de onde casamos e ainda disse que eu o espanquei quase até morte, e pra piorar a imprensa foi atrás da minha mãe pra saber o motivo do segredo.

Toda a base bem construída desmoronou no que ele proferiu aquelas palavras. Jungkook se mostrou inquieto, travando o maxilar e cerrando o punho, se esforçando para não expor ainda mais seu enfurecimento.

— Isso é tudo culpa minha — falou. — se eu tivesse arrebentado a cara dele ainda mais quando tive oportunidade, nada disso teria acontecido.

— Você bateu nele? — ficou de pé, se achegando e segurando as mãos dele, abrindo seus dedos e desfazendo o punho.

— Eu deveria ter te contado antes, mas não queria estragar o nosso momento falando daquele... — antes que finalizasse as palavras, a menor acariciou sua face, esticando os pés para deixar um beijo em sua bochecha. — desculpa amor, eu juro que tentei me segurar, mas quando vi que ele tinha ousado a se aproximar de você novamente, depois de engolir tudo achando que ele desistiria, não conseguir e perdi a cabeça, sorte que me afastaram dele.

— Não tem porque pedir desculpas… — seus olhos se encontraram, a sensação agora era que mais uma vez o passado estava voltando, tentando separa-los se unindo com futuro, em algum esquema de complô ocasionado por pessoas sem limites. — pra ser sincera, eu que me sinto culpada por tudo, não é só a gente, é sua carreira, sua imagem e principalmente o jeongsan.

— É a nossa felicidade Jieun, nossa família e nosso filho — entrelaçou seus dedos aos dela, beijando e a afagando. — eu vou proteger vocês, não importa o que eu tenha que enfrentar.

— Vamos enfrentar juntos — próximos, envolveram os braços um no outro, partilhando confiança entre si.

— infelizmente teremos que voltar, os sócios estão exigindo ao menos uma explicação minha para as pessoas que me acompanham e sinto que devo isso a todos, eu tinha em mente em falar com eles, dizer com mais calma — indagava. — caso não fale nada, os rumores e mentiras que já estão inventando vai piorar e ficar sem controle.

— Voltaremos sim — deu um passo para trás. — no que eu puder ajudá-lo, estarei aqui.

Concordaram, tomando distância um do outro e para amenizar a tensão, sorriram, tendo que reformular suas forças para confrontar a realidade que os aguardavam. Se organizaram, arrumando as malas e informando o guia sobre a decisão, pegando o barco de volta para a cidade grande e fazendo todo o percurso até o aeroporto, e retornando diretamente para a fazenda, onde tomariam as primeiras escolhas.

A babá dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora