Capítulo XIX

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JEON JUNGKOOK
전정국

As horas desde o ocorrido tinham se passado mais rápido do que poderia imaginar, Jungkook controlava com maestria sua nosocomefobia ( medo de hospitais ), resultado do que já tinha sofrido mentalmente e emocionalmente naquele local. Em seu colo san se distraia inocentemente após acordar com o alvoroço para socorrer a babá.

Inquieto, seus olhos circulavam por todo o espaço ao seu redor, com a atenção redobrada caso o médico responsável aparecesse com alguma notícia. Fechou os olhos, na esperança da sensação de medo diminuir, abraçando seu amado filho como se ele fosse proteger o Jeon de qualquer mau que se achegasse, entretando, ao invés disso, frenéticas imagens surgiram a sua frente, recordando do dia do nascimento do filho, das lágrimas e do último adeus.    O que com certeza o apavorava era o receio daquilo se repetir mais uma vez ali, com Jieun após ele demostrar que estava disposto a viver uma nova fase mais uma vez.

— Jungkook? — sentiu o toque suave da mão em seu ombro, assustando-o. — Você está bem? — Choi Perguntou — Assim que fiquei sabendo vim correndo.

— Estou sim, mas ainda não sei nada da Jieun — sua expressão entregava tudo: ele estava com medo, triste e talvez sentindo que aquilo foi culpa dele. — Eles informaram que iriam fazer uma cirurgia, não sabiam o que tinha feito a perfuração, que ainda estavam avaliando para ver se não tinha prejudicado nenhum órgão.

— Céus — Não acreditava que poderia chegar a tal nível — estão procurando a pessoa, mas não sabemos quem é, ninguém viu, talvez a Jieun tenha visto mas só depois dela acordar.

— Eu espero que ela consiga, mas não agora, tudo bem? Já basta essa confusão não quero que ela se sinta pressionada.

— Ah, claro, como quiser — ela respeitou e se manteve em silêncio, as vezes brincava com a mãozinha do pequenino e as vezes olhava para longe, esperando que o médico aparecesse.

— É sempre assim Choi, eu não sei o que faço mas sou culpado por permitir que outra pessoa se aproxime — desabafou.

— Não, não é não — virou seu corpo de frente a ele — isso não foi culpa sua Jungkook, como poderia imaginar que uma pessoa faria algo tão grave assim.

— Permitindo que ela se aproximasse de mim, eu deveria ter mantido o meu lado profissional com Jieun, ela é apenas a babá do San e nada mais, era para permanecer assim — A cada palavra que ele dizia, Choi pensava em tudo o que ele já passou.

— Jungkook… — se olharam — Eu sinceramente peço que repense em suas atitudes e principalmente no que você quer. O que aconteceu com Jieun é culpa de quem fez, não sua... — a interrompeu.

— Mas de qualquer forma… — desta vez ela quem o cortou.

— Existem pessoas no mundo Jungkook, que nos amam mas não querem nossa felicidade, que apoia nossa caminhada porém, no primeiro deslize nosso elas faram de tudo para nos afundar ainda mais — deitou sua mão no ombro dele — Eu te entendo, contudo, não se permita sofrer, não se culpe por algo que não foi você que cometeu e independente de tudo, seja feliz.

— Feliz… — riu, negando com a cabeça.

— Sabe o que mais me irrita nas pessoas? — se olharam. No exato instante, não eram profissionais do entretenimento musical, eram apenas amigos, melhores amigos — Você fazendo ou não fazendo, ainda vão falar que você é errado.

— É? — Arqueou as sobrancelhas, visando seu primogênito, refletindo sobre aquilo. Jungkook sempre pensou duas vezes antes de fazer algo, sempre foi cuidadoso e não se envolvia em nada que não passasse pela supervisão da sua equipe, tudo mudou quando conheceu sua falecida esposa. Os momentos primários que tiveram juntos foram os mais felizes da sua vida, do começo da sua caminhada até aquele instante ele não sabia o que era sorrir de verdade, ser feliz sem a preocupação de minutos depois se tornarem uma escuridão interna. Toda a luz que nasceu, foi por conta dela e não demorou muito para suas saidinhas e encontros secretos serem expostos por uma mídia invasiva e a paz se torna o inferno na terra.

Descobriram quem era ela, ameaçaram, atacaram e a fez perder o emprego, tudo na tentava se afastar ela de Jungkook e pior, quem fazia isso era aqueles que diziam o amar incondicionalmente, não todas, mas o suficiente para virar sua vida do avesso. Teve instantes que a única coisa que eles queriam era desistir desse sentimento, tantas pessoas contra a felicidade deles e caso fosse para tudo acabar, eles fariam, todavia, ela nunca cedeu, foi forte e começaram a namorar publicamente, com ataques de ódio gratuito, ofensa e boicotes mas ainda sim lutaram e finalmente casaram. A vida do garoto Jeon Jungkook começou a ter sentido, a vida que tinham juntos o fez mais forte para viver seu sonho como cantor e também, ser feliz com seu momento pessoal, contudo, a escuridão chegou trazendo a morte com ele. Ele recordava o seu anterior, parecia que tudo estava pior, na lama, parece que no fim o sentimento tinha perdido para aqueles que um dia juraram odia-la.

— Isso me fez lembrar um momento passado meu — sussurou. Meses depois, Jieun apareceu na sua vida, na primeira vez que a viu, uma faísca surgiu por conseguir achar alguém ideal para acompanha-lo com seu filho, da faísca se tornou uma chama, da chama algo que transbordava por seu corpo. — Obrigado Choi — Sorriu para ela.

De longe, um homem alto, cabelos escuros, óculos e jaleco branco caminhou em direção a eles, alertando-os.

— Senhor Jeon? — o chamou, em uma distância confortável. — A cirurgia foi um sucesso, graças aos céus nenhum órgão foi perfurado, nem nada foi injetado nela. O golpe do objeto foi rápido e foi retirado rápido, ela perdeu uma quantidade considerável de sangue mas já conseguimos reverter isso.

— Obrigado — inclinou rapidamente o corpo — Como ela está agora?

— Descansando, ainda está sobre efeito do remédio e precisa se repouso.

— Será possível enviá-la para o hospital do meu país? Me sinto mais confortável sabendo que ela estar lá e também, a família dela precisa saber.

— Claro, amanhã pela noite poderá fazer a transferência.

— Obrigado novamente.

— Irei organizar preparar a viagem a avisar o local que vai recebê-la.

— Então, se puder me acompanhar, podemos cuidar disso ainda hoje — disse e ela concordou.

— Podemos vê-la, rapidinho? — Jungkook pediu.

— Humm… — pensou — Tudo bem, rapidinho, mas permitam que ela descanse e acorde naturalmente, estamos monitorando.

— Claro — assentiu. Jeongsan e Jungkook foram levados até a sala onde ela estava e ficaram ali por alguns segundos. — Descanse Jieun, estamos com saudades de você — melancolicamente repousou sua mão sobre a dela, afagando com seu toque quente.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now