Capítulo XXVIII

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KIM JIEUN

UM ANO DEPOIS

O dia alvoreceu e o sol logo mostrou toda a sua luz de vida, clareando até os lugares mais impenetráveis do mundo. Sentir uma movimentação suspeita em torno de mim, mas apenas deixei pois sabia quem era, me mantive quietinha, com os olhos fechados e a respiração controlada, todas minhas manhãs era surpreendida por um amor que jamais pensaria ter.

— Boo! — Jeongsan surgia do lado da cama, pulando em cima do colchão e vindo até aqui, contudo, fiquei em silêncio, era minha vez de assusta-lo também. — Mamãe? — Aproximou mais um pouco, cutucando minha bochecha, olhando de cabeça para baixo e checando se realmente estava dormindo.

— Boo! — O peguei desprevenido, o assustando, levantando-o para enche-lo de cócegas. — Quem foi que se assustou dessa vez? — Perguntei, ouvindo suas gargalhadas altas, parando em seguida e trazendo-o para mim, beijando sua testa e acariciando seus cabelos. — Acordou cedo hoje, estava sozinho agora?

— Não, eu fiquei brincando com o papai — Quando disse me sentir mais aliviada. — Ele não queria acordar a mamãe.

— Não tem problema, se for pra ficar com San a mamãe acorda sim — apertei suas bochechas, ganhando um abraço apertado e demorado.

— Papai disse que mamãe tinha que descansar — sorri.

— Tudo bem, mas agora estou acordada e podemos ficar juntinhos.

— Eu quero — Levantou os braços — Vamos brincar de banheira de sabão? — Perguntou e olhei para ele pensativa, refletindo sobre o seu pedido.

— Humm… — seus olhos me encaravam fixamente. Cada dia ficava impressionada o quanto Jeongsan estava ficando parecido com Jungkook, não só na aparência como também no jeito de sorri. — Tudo bem, vamos sim.

— Eba! — comemorou. Me levantei da cama e com San fomos para o banheiro, preparei tudo e enchi a banheira, colocando-o dentro. Depois do banho dele, da brincadeira e da bagunça, tomei o meu e me vestir, voltando para o quarto.

Saímos e Jeongsan passou em minha frente, correndo até Jungkook que estava sentado no sofá logo a frente. Quanto mais o tempo passava, mais me sentia encantada, apaixonada e fisgada por ele, seria quase impossível não transparecer essa sensação.

— Cadê a mamãe? — ele perguntou, sua voz rouca e seu aroma que exalava os quatro cantos da casa me deixava totalmente abalada, era como que somente por ser ele já fosse o suficiente para ser tudo para mim.

San se virou para ele e o olhar dele o seguiu, encontrando os meus, seu sorriso foi inevitável.

— Estou aqui — Me aproximei dele, sentando ao seu lado e pondo minhas mãos sobre as suas. — Como está?

— Estou bem — respondeu ele, deitando suas mãos sobre meu rosto e aproximando nossos lábios em um longo beijo, distanciando ainda com o olhar em mim — e você? dormiu bem?

— Estou bem sim, dormir tranquilamente e acordei com uma surpresa muito interessante — olhei para San brincando com os brinquedos no chão. — E você, dormiu bem?

— Ah, dormir sim, depois da nossa noite de ontem eu dormir bem — encostou seu nariz no meu, segurando minha nuca. — Já disse que te amo hoje? — disse baixinho — Na verdade, seria eu te amo.

— Eu te amo?

— Eu te amo! — Rimos e ele se afastou novamente — Sim, aprendi que eu te amo e te amo tem sentidos diferentes — Continuou — O Te amo, é mais para dizer a qualquer pessoa, já Eu te amo, é quando o sentimento é mais forte, refere-se a pessoa que você ama de verdade, o “ Eu ” dá um tom mais forte, torna mais profundo — piscou para mim e relaxou a cabeça no sofá. — Então, eu posso dizer “ Eu te amo ” que será mais adequado.

— Eu amo o papai — San se juntou a nós, Jungkook o pegou e colocou sobre o colo.

— Eu te amo San — Disse — Muito — envolveu os braços entorno dele.

— Eu te amo — Apontei para o San — Eu te amo — Apontei para Jungkook.

— Pergunta a ela se é muito San

— Muito mamãe?

— Uhum — concordei — É muitão — Desta vez me aproximei, abraçando os dois e tendo o abraço retribuído.

[ ••• ]

Quando a tarde chegou, Choi se juntou a nós. Conversamos um pouco a respeito de futuramente colocar San em um creche para que ele tivesse a oportunidade de se desenvolver, aproveitei e pedir a permissão para visitar minha mãe no próximo fim de semana e avisei Jungkook também, sem nenhum problema eles concordaram e me alegrei. Não era sempre que via minha mãe, mesmo ligando para ela todos os dias eu ainda queria vê-la, abraça-la forte e talvez passar uma tarde tomando seu maravilhoso café.

Conversamos também sobre a próxima turnê do Jeon que estava mais próxima que nunca, ele queria que eu e San fizéssemos parte de mais um momento como este, entretando, tinha receio do pouco espaço e da movimentação em excesso assustar Jeongsan.

— Aliás Jungkook… — Choi olhou para mim e posteriormente para ele — Os outros sócios perguntaram quando você tornará seu relacionamento com a Jieun, público.

— Ah — passou as mãos nos cabelos — Não é algo que eu não queira, odeio fazer as coisas escondido, mas depois daquele ocorrido eu não sei se deveria expor a Jieun tanto — nos entreolhamos — Evito o máximo o San exatamente para diminuir os assuntos e eles querem exposição?

— Concordo com você, mas eles justificam que os fãs merecem saber — Olhou para mim — acho que a Jieun tem algo a dizer sobre isso, até porque é ela a envolvida.

— E-Eu? — Assentiram — Bom, se for o certo, tudo bem, teremos que ser fortes independente do que virá depois.

— Saiba que nada que falem vai mudar o que sentimos um pelo outro — Levei minha mão até a sua e entrelaçamos nossos dedos. Eu sabia que nada que falassem mudaria a realidade dos meus sentimentos.

— Uma parcela sempre aceita e a outra sempre fica com um pé atrás, inventa milhares de coisas mas essa outra você apenas ignora, certo? É uma garota forte, sabemos que superou muitas coisas até hoje — ela sorriu e concordei.

— Então, direi a eles que o mais breve possível levarei isso a mídia mas com uma condição de que, caso tenha qualquer comentário que machuque a Jieun e a mim, terá suas consequências.

— Com certeza, com a parte das consequências pode deixar que eu organizo por ordem alfabeta e resolvo em dois tempos — Aquilo tudo parecia um preparamento para avisar sobre algo que mudaria o mundo, não somente um namorado. — Terei o maior prazer de penalizar quem que seja, sabem que tem o meu apoio e quero ser madrinha desse relacionamento.

— Ficamos felizes — Jungkook se pronunciou e concordamos.

Acho que entendo perfeitamente o receio de Jungkook durante todo esse nosso tempo juntos em levar algo íntimo tão a frente dos olhos alheios. Não iria mentir, sentia um desconforto em saber o que as pessoas falariam e achariam, todavia, necessitava trabalhar isso, independente do que falassem o meu amor por ele não teria mudança alguma.

A babá dos meus sonhosWhere stories live. Discover now