A babá dos meus sonhos

Capítulo LXIX

KIM JIEUN

Os dias passavam e com isso os problemas que insistiam em permanecer em minha mente sumiam, a medida que cada assunto era tratado e resolvido. Continuei indo todas as manhãs para o que eu assumir para mim mesma ser uma terapia, todos os dias o Jeon persistia em me acompanhar, fazendo companhia para mim e para o menor, que em sua mais serena inocência se divertia com a breve saída, observando as imensas construções da cidade. Antes mesmo da tarde chegar, me despedia do meu amado marido, vendo-o partir despreocupada pois sabia que ele estava fazendo o que mais gostava; no que a noite vinha, após colocar San no horário de sempre para dormir, aguardava sua chegada, sabendo que o mesmo retornaria exalto.

Assim que a campanhia tocou, fechei o livro que segurava em meus dedos e me aproximei da porta, rodando a maçaneta, revelando aos meus olhos quem ali se encontrava. Dei passagem, cumprimentando com um sorriso, aguardando que entrasse e em seguida ficasse livre para fechar mais uma vez a porta, passando e trinco e puxando as cortinas para que cobrisse as aberturas laterias feitas apenas de vidro.

— Isso é muito bom — me virei, notando que jungkook se apoiava na parede, removendo os sapatos e guardando ao lado. — me sinto livre para pisar no chão — seus olhos se alinharam, formando algumas dobras entorto, vindo até mim, depositando um beijo em minha testa e outro em minha bochecha. — Boa noite amor —  sutilmente pegou uma das minhas mãos, depositando um beijo sobre meus dedos.

— Boa noite meu amor — respondi posteriormente ao seu ato, vendo um sorriso que mais uma vez se formava, focando no brilho do seu olhar que me refletia. — Como foi lá?

— Lá? — arqueou os cenhos, mordendo o lábio inferior, dando um longo suspiro e por fazendo uma carena ao mesmo segundo que mexia seus ombros. — Muito trabalho, estou exalto, quase não sinto meus dedos dos pés. Hoje me esforçei bastante para pegar boa parte dos movimentos, talvez ainda repasse daqui a pouco e...

— Você precisa descansar — o interrompi. Assim que olhei para jungkook,notei o quão cansado estava, com os ombros decaídos para baixo e a expressão de quem estava forçando um sorriso revelava sem muitas palavras, o que o próprio corpo dava a entender. — Eu vou esquentar a banheira e você vai tomar um bom banho quente para aliviar as dores, tudo bom? — repousei a outra mão onde a sua estava, me aproximando e juntando nossas bocas. — Preparei algo para ajudá-lo a recompor as forças, depois o senhor vai deitar para descansar.

Já fazia semanas que ele saia logo após me deixar em casa, ficando até tarde na empresa finalizando os detalhes mais importantes para seu próximo álbum. Se tinha algo que percebi de primeira nele, era sua dedicação total em tudo o que mais gostava, seja a carreira ou a família, jungkook intercalava entre ser um ídolo com obrigações do trabalho a fazer, e um pai e marido que nunca se mostrava cansado, esforçando-se o máximo, esticando o quanto podia e não podia para não faltar nada para nenhum dos lados e eu, que observava sua maneira de lidar com os dois lados da mesma moeda, fazia o possível para que o mesmo relaxasse, sem a preocupação de se dividir em dois, compreendendo perfeitamente e estando com ele em todas as situações, fazendo o que podia para que continuasse a se manter em equilíbrio.

— Eu ainda preciso ver se está bom, juro com não vou fazer barulho — indagou.

— Ah jungkook — respirei, indo para trás dele, ajudando a se livrar do casaco. — Eu tenho certeza que está perfeito, a Choi me mandou um vídeo seu treinando, estava incrível.

— Sério? — olhou pelo canto dos olhos em minha direção. — Eu quero dar tudo de mim, me esforçar para tudo ser muito bom, é o mínimo que posso fazer depois de tantos rumores e confusões.

— Eu entendo que quer dar o seu melhor — coloquei o tecido sobre o ombro e me acheguei, encaixando meus braços por debaixo dos dele, abraçando-o de costa, repousando ambas as mãos sobre seu peitoral, ouvindo o som do seu corpo. — mas também não quero que se machuque, que fique cansado ao ponto de sentir dores insuportáveis — dizia. Mesmo que ele não me contasse a respeito desse detalhe, eu tentava sempre saber como ele estava. Seu pensamento de não me preocupar, me deixava ainda mais preocupada.