Já tinha se passado três dias desde que a procura havia começado, assim que Nevra soube por Valkyon que a presença estava na floresta, segundo Lance, ele aumentou o número de grupos que investigaria a floresta e diminuiu das outras áreas, mas era estranho. Será que o ou os recém-chegados tinham conhecimento de sobrevivência? Por isso que ninguém achava nada?
– Valkyon, tem certeza que ainda sente aquela tal presença?
– Sim Ez, e ela fica bem mais forte aqui na floresta. Acho que Lance encontraria na hora se não fosse tão arriscado soltá-lo.
– Oh sim, o dragãozinho ferido. – disse com deboche.
– Ezarel. – repreendia Valkyon – Ele pode não ser o melhor dos faerys agora, mas ainda é o meu irmão.
Ezarel riu um pouco e os dois voltaram a ficar em silêncio enquanto ele terminava de colher ervas para as poções.
– Será que sou eu ou mais alguém percebeu? – disse Ezarel juntando as ervas colhidas.
– O quê?
– Desde que o nosso visitante misterioso chegou, uma maana estranha começou a aparecer na floresta, queria estudar isso. – disse Ezarel sério.
– Tudo o que eu queria era encontrar logo o dono dessa presença. Lance também está ficando incomodado de acordo com os guardas.
– Bom, vamos voltar. Espero que o pessoal do Nevra tenha mais sorte dessa vez... e que ele não tenha desperdiçado tempo as paquerando! – declarou Ezarel com um enorme sorriso de lado na cara, o que fez um pequeno riso escapar de Valkyon.
***
Isso deu trabalho. Depois de ter conhecido minhas "vizinhas", comecei a dar um jeito naquela caverna, já que da forma que estava, não seria muito confortável. Precisei de três dias para terminar tudo. As aranhas me ajudaram e Absol trouxe mais "amigos" que ajudaram também. Quem é Absol? É como eu decidi chamar o cão, lobo ou seja lá o que for o canino que estava comigo. Querem saber como foi que eu cheguei nesse nome? Em um dos meus momentos de descanso eu resolvi dar uma olhada no conteúdo de meu not para não surtar de vez, estava olhando as imagens de animês e quando uma bela imagem de um absol apareceu na tela, o canino começou a observá-la.
– Gostou do absol? – acabei perguntando e ele apenas fez um ganido como aprovação – Eu também gosto. Ele é um pokémon especial sabe? Seus instintos pela presença de perigo são extremamente fortes, assim como a bondade de seu coração. – expliquei – Tanto que sempre que sente o perigo em determinados lugares ele aparece para proteger todos dos desastres, o que acabou lhe gerando um mal entendido por parte dos humanos. – o vi fazer uma expressão de "como assim" para mim, e continuei – Os humanos acharam que absol era a fonte desses desastres, que era ele que os causava e não que os protegia.
Absol acabou fazendo uma cara que dizia "faça-me o favor!" e acabei rindo. Foi depois disso que sugeri a ele que eu o chamasse de Absol, o que ele realmente gostou. Ah! Os amigos que eu disse que ele trouxe para ajudar foram criaturas tão estranhas quanto às aranhas: gorilas-pássaros de patas estranhas com chamas nas costas; cavalos que pareciam fantasiados para o halloween e uma espécie de avestruz-galinha que também ajudou um pouco. Foram os gorilas-ave quem mais ajudaram, já que foram eles que deram um jeito nas pedras mais pesadas.
Aproveitei as pedras que dava para "montar" os móveis, consegui construir uma espécie de fogão e também uma mesa. As aranhas criaram redes que eu usava como prateleiras (o fio delas é realmente forte!), cortinas e até uma rede que Absol testou pra mim (pelo menos eu não ia ficar presa nela). Também construí uma espécie de cofre para a comida daquelas aranhas, pois percebi que elas estavam sempre brigando com alguma outra criatura para protegê-la. As aranhas conseguiam pegá-la do cofre sem problemas já as outras criaturas... bom, elas precisariam aprender um pouco mais de destreza.
Tanto as aranhas quanto Absol sempre traziam coisas que quase sempre se mostravam úteis como frascos, roupas, comida, tecidos e kits de costura (Absol era quem trazia as roupas mais bonitas), além de pergaminhos que não entendia (mais uma prova de que não estava na Terra) e outras coisas que às vezes encontrava utilidade como uma luminária e uma colcha por exemplo. Uma das aranhas me trouxe agua salgada, todo dia tomava só um golinho por conta de minha pressão que tem tendência a ser baixa. Guardava tudo o que me traziam, afinal, nunca se sabe!
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Eldarya - Uma Aventura Inesperada
FantasiaTodo fã de fantasia já teve ter sonhado ao menos uma vez viajar para um mundo mágico. Viver aventuras, descobrir poderes e realizar atos que fariam grande diferença naquele mundo... Mas, e quando isso acontece? Que tipos de sorrisos e lágrimas seria...
