•☆.•*'¨'*••♥ Cap.126 ♥••*'¨'*•.☆•

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Cris

Banho. Água quente. Um sabonete perfumado. Ai... Porque essa viagem tinha que demorar tanto? É horrível ter de dormir com o corpo e a cabeça coçando de sujeira e suor, sem falar no desconforto que é dormir "no chão" vários  dias seguidos. E essa foi só a segunda noite! Acho que se eu encontrar um riacho... Pulo dentro dele! Sem pensar duas vezes.

Assim que acordei, com o Gelinho me chamou, nós dois tomamos nossas doses da mensligo. Conseguimos aprender seu tempo correto de duração durante meu treinamento com a Huang Tomoe, por isso, se tomássemos antes do sol nascer, o efeito da poção acabaria com o fim do crepúsculo. Permitindo a nós dois dormirmos sossegados, se assim nos fosse permitido.

Eu não estudei muito sobre os biomas de Eldarya, nem mesmo os que estavam mais próximos de Eel, então eu não sabia o que esperar depois da floresta (ainda mais não sendo o caminho normal até Lund'Mulhingar). Andamos a manhã toda bem dizer, e quando paramos para o almoço, pensamos que o nosso caminho teria continuidades dentro da selva do Tarzan com tantos cipós altos que começavam a surgir acima de nós.

– Acho que já podemos fazer a viagem. O que acha Nevra?

– Concordo com você, Realta. Infelizmente, não podemos nos dar o luxo de baixarmos a guarda até chegarmos onde queremos. Se quisermos chegar... – todo mundo acabou respirando fundo.

Estava quase terminando de me ajeitar para recomeçar a viagem quando o Réalta veio falar comigo.

– Cris, se importa de nos fazer um favor?

– Se for para avisá-los quando eu ver alg...

– Não! Não! Não! Nada disso! Quero dizer... Quase  nada disso.

– Pode ser mais claro?

– Gostaria que você não  ficasse mais vigiando o nosso redor como tem feito até agora.

– Eim?! – Ezarel tentou reclamar também, mas bastou o Voronwe lhe segurou um dos ombros para ele nem terminar de abrir a boca.

– Você não está acostumada com viagens como a que estamos fazendo, e sua "vigília", gasta bastante de sua energia, e... Pode até ser excesso de preocupação minha, mas... Acho que seria melhor você se poupar daqui pra frente.

– Réalta pode estar certo. – Nevra entra na conversa – Você não precisa ficar se esforçando, todos nós somos bem capazes de perceber o perigo, caso ele se aproxime, antes que vire uma ameaça iminente. É mais sensato que você guarde suas energias para conseguirmos concluir a viagem.

– Hãm... Você tem certeza? Ninguém vai "reclamar"... – encarava o Ezarel – ...se eu parar de velar por todos nós?

– Não vejo motivos para reclamações. – declarou o Voronwe ainda segurando o ombro de Ezarel.

– E qualquer coisa... – era o Nevra de novo – Caso "alguém" resolva reclamar, este poderá ser obrigado a ajudar o Purrero a limpar os viveiros dos mascotes de sua loja por um mês inteiro. Todos concordam com isso? – terminou ele de falar já encarando o alquimista frescurento que fez cara de nojo e com todos concordando com o vampiro.

– Bom. Já que é assim, tudo bem! Vou deixar a nossa segurança com os ouvidos das orelhas pontudas de vocês. E falando em ouvir... Alguém aí escuta algum riacho para eu entrar nele? – todo mundo acabou rindo de leve.

– Vai por mim, Cris, se encontramosssemos algum, eu seria a primeira a mergulhar nele! – indo a Darfn já jogando a mochila dela nas costas e começando a caminhar.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now