•☆.•*'¨'*••♥ Cap.151 ♥••*'¨'*•.☆•

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Valkyon

– Entrem por favor. Desculpe não ter cadeiras para lhes oferecer, mas tenham a certeza que as instalações preparadas são mais receptivas para seres bípedes como vocês.

– Agradecemos a consideração, senhor Kidemónas. Não concorda, senhor Lan?

– Havendo um teto para me abrigar, um leito para descansar, e agua e comida para me manter... Contendo-me com o quê me oferecerem.

– É o básico da vida, senhor Lan, mas... E quanto ao conforto de sua filha?

– Ela pode ser um pouco caprichosa às vezes, mas ela tem bastante bom senso para não deixar que alguns caprichos atrapalhem nossa viagem. Se bem que isso não a impede de reclamar um pouco...

– _risinho_ Sei bem o que quer dizer... Sou pai de duas, afinal! Mas vamos deixar isso para outro momento, pois temos negócios a tratar. – parava o Kidemónas em frente a uma mesa cheia de papéis, sendo que ele selecionava alguns.

– Para começarmos senhor, poderia me dizer quando que os problemas de Yah-navad'y se iniciaram? – Kidemónas apenas me indicou o Lance com o olhar – Não se preocupe com o Lan. Ele e sua filha já estão cientes do objetivo de meu grupo aqui, após muito conversarmos. E eles se ofereceram para nos ajudar.

– E em quê os dois poderão nos auxiliar?...

– O senhor pode me considerar um guerreiro, mas faço de tudo um pouco. O mesmo vale para a Kuris, apesar dela preferir evitar as batalhas.

– Entendo. Permitam-me então contar tudo desde o começo, no caso, quando soubemos que o Grande Cristal havia sido atacado pela segunda vez.

Não foi difícil notar meu irmão engolindo em seco. Kidemónas nos contou uma longa história sobre tudo o que tinha lhes acontecido com bastante detalhes. Acabei sentindo um pouco de compaixão pelo povo daqui diante de tantas desgraças, causadas em parte por meu irmão (que por algum motivo parecia estar com a sua atenção dividida).

– Enfim... – ele terminava de nos contar tudo – ...Como a condição especial de minha filha não nos ajudou com o problema, pelo contrario, acabou a prejudicando, não nos restou mais nenhuma alternativa além de apelar à Guarda. É possível que aqueles que ficaram ajudando as minhas meninas possam já ter recebido um resumo de tudo que lhes contei através da Hipodâmia, minha menina mais nova. Ela anda um pouco sobrecarregada por tudo isso...

– Não se preocupe. A gente entende bem esse tipo de pressão. – declarava o meu irmão e eu deixava um suspiro pesado escapar – Mas acredito já estar ficando bastante tarde e todos estamos um tanto cansados da viagem. Aposto que o lado onde o resto de nosso grupo se encontra já está resolvido, o que nos resta cuidar da segurança dos mantimentos, e descobrir e capturar o ladrão de recursos.

– Se estiver certo, Lan, eu e mais dois homens de minha plena confiança podemos fazer a vigília esta noite. Vocês descansam por essa noite, já explicando a situação aos seus, e amanhã começam com as investigações. Lan pode ajudar vocês ou a mim, e a Kuris pode ajudar minhas filhas. Ficamos acertados assim por enquanto?

– Não vejo problemas. Valkyon?

– Também estou de acordo. Vamos ao encontro deles então? – sugeri já me virando, com Kidemónas concordando e os dois me seguindo.

Deixamos a casa de Kidemónas com ele explicando onde ficava o quê da vila, se viéssemos a precisar de algo. Chegando na clínica, que também estava sendo usada como armazém até a captura do ladrão, a carroça estava estacionada nas laterais do prédio, contendo apenas os nossos pertences dentro e com os rawists descansando já livres dela.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora