•☆.•*'¨'*••♥ Cap.145 ♥••*'¨'*•.☆•

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Cris


"* Caminhava dentro do que parecia ser algum tipo de castelo gótico. Tudo era escuro, mas consideravelmente iluminado; frio e silencioso. Silencioooso, cooomo uma tumba! Eu chegava a passar por alguns servos, mas... Era como se eles nem me enxergassem, ou se não se importassem com nada além de seu trabalho.

Quando eu encontrei uma janela, o clima do lado de fora se mostrava frio e nublado. E havia um nevoeiro que deixada o exterior tão "convidativo" quanto o interior.

Continuei visitando o lugar sem incomodar ou ser incomodada por ninguém. Haviam muitas decorações interessantes, mas tudo parecia repassar alguma coisa sombria. Especialmente os servos, que nem pareciam serem vivos de tão pálidas que eram suas peles, e tão vidrados que eram os seus olhos (que tipo de faerys são eles?).

Seguindo sem saber por onde exatamente, acabei entrando em um corredor cheio de quadros de retratos, que, mesmo não tendo ideia de quem aquelas pessoas seriam, por algum motivo, elas me pareciam familiares. Observava um de cada vez sem deixar de avançar pelo longo corredor e, logo acabei me aproximando de uma porta escura onde tinha uma menininha (acho que conheço essa menina...) de cabelos e vestes negras espiando o interior daquele cômodo. O som do que parecia ser uma discussão acabou me atraindo também.

– Não aquento mais! Não há como eu continuar convivendo com uma coisa dessas! – haviam duas pessoas. Um senhor e um jovem (eu conheço esse rapaz!...)

– Não fales besteiras... Estais consciente de nossos modos desde bebê. Porque vens a te incomodares agora? – não sei dizer se o lugar onde eles discutiam era uma sala ou um escritório, mas sua decoração era tão sombriamente requintada como todo o resto do que vi.

– Porque não tinha consciência do quão errado era tudo isso. Sem mencionar que quebra os acordos feitos na última Guerra de Portais! – eu ainda não entendi sobre o quê exatamente eles estão discutindo...

– Nossos métodos são seguros. Tu mesmo podes os confirmar, já que ajudastes várias vezes. – ...mas julgando a cara do rapaz, a coisa é pra lá de séria.

– O que me faz ter mais vergonha ainda. Aqui. Eu não fico mais! – o rapaz se mostrou irritado durante todo o tempo.

– Sois meu herdeiro. Não durarás nem um dia fora do clã. – enquanto o senhor se mostrava tão calmo, que estava até me incomodando.

– Eu não só viverei MUITO melhor fora deste lugar, como também irei dar fim a este absurdo!

– Pura rebeldia. Se algum dia conseguires escapar destas paredes, quando retornardes, estarás perdoado logo após recebestes uma punição à altura de tuas tolices. – (credo! Que velho convencido!)

– Vamos ver quem vai punir quem! – terminou de declarar o rapaz, deixando o local quase que soltando fumaça pela cabeça, e com eu e a menininha nos afastando depressa da porta dupla.

Ainda pude ouvir o velho soltando um suspiro durante a retirada do rapaz.

– Crianças... – foi tudo o que o homem declarou antes de se sentar em uma grande poltrona negra.

Um fungado de choro me fez lembrar da menininha, que parecia indecisa entre entrar naquela sala, e ir atrás do rapaz. Decidindo-se após soltar um longo respirar fundo – Irmão... – consegui a ouvir sussurrar antes de correr em silencio na mesma direção seguida pelo rapaz.

Estava prestes a sair dali também quando reparei em um quadro totalmente diferente dos que eu havia visto. Ao invés do que parecia ser um/uma nobre do período medieval, o retrato era de uma jovem dos dias atuais. Rezando e segurando uma corrente com um crucifixo prateado muito bonito mesmo.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora