•☆.•*'¨'*••♥ Cap.109 ♥••*'¨'*•.☆•

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Anya

Meu pai tinha que querer confirmar os resultados de todos os meus treinos e estudos obtidos após fazer parte da Guarda de Eel... E olha que o Chefinho ainda tentou amenizar as coisas para o meu lado! Até o Ezarel concordava que aqueles dois estavam pegando pesado comigo.

Mas ouvir do Chefinho que eu, uma ainda recruta, já tinha condições no que se refere à habilidade de me tornar uma agente... (a ordem de comando dentro da Sombra é: recruta > novato > agente > perito > sombra > sombra mestra > líder) fez todo aquele sofrimento valer a pena. Quem sabe um dia eu não alcanço a Karenn e Chrome? Ambos são "sombras mestras", sub-líderes da Sombra (quando é que vão me dar missões de verdade heim?... Sem elas eu nunca que irei subir de nível!).

Assim que toda aquela coisa acabou, tirei energia nem sei de onde para poder correr até a cozinha para pegar um lanche e ficar o máximo de tempo possível ao lado da Cris (e do Gelinho também, vai). Mas se não fosse pelo Leiftan, meus planos não teriam funcionado.

Lá em cima, no quarto da Cris, eu estava impressionada com os avanços da Cris. E nossa! Como o Gelinho pega pesado! Infelizmente, meu pai e meu chefe me forçaram tanto hoje, que eu nem vi quando foi que eu acabei dormindo...

– Mas o quê é que você tem na cabeça para forçá-la tanto assim?! – acordei em minha cama, com a voz da minha mãe.

– Hadassa... Tente entender! Não posso impedir Anya de fazer missões sérias para sempre. Nem o chefe dela pode! – (como é que é?) me aproximei da porta para ouvir melhor a conversa.

– Ela ainda é nova demais! E ela é sua filha! Não sua recruta para forçá-la até acabar desmaiada! – (Ei! Eu não fui tão maltratada assim!).

– Querida, me escuta. Nevra e eu já conseguimos convencer a Miiko de não mandá-la para missões de leve periculosidade duas vezes. – (Quê!?!) – Eu tinha que confirmar por mim mesmo as capacidades de nossa filha para que eu pudesse ficar só um pouco mais tranquilo sobre ela. – (tudo bem, pai. Você e o Becola estão perdoados por me massacrarem hoje).

– Anya ainda não completou seus estudos, sabe disso melhor do que ninguém. Logo ela terá de ficar um tempo com minha irmã para poder completá-los em Lund'Mulhingar! – (mas hein?! Nem pensar! Só deixo Eel se for para cumprir uma missão!).

– Eu não fico com a tia Elvira nem morta! – falei pra eles, saindo do meu quarto.

– Anya! – os dois pareciam surpresos.

– Quando acordou Estrelinha?

– E quem dormiria com vocês dois discutindo desse jeito? – os dois pareceram engolir seco – Eu prefiro mil vezes passar por tudo o que passei hoje todos os dias, que a passar um dia que seja com a tia Elvira. Aquela burā ḍaiṇa... – sussurrei no final.

– Olhe as palavras Anya! Ela ainda é sua tia!

– Ela me acorrentou à cama apenas para eu não deixar o meu quarto, bem no dia dos meus 22 anos! – retruquei (como eu detesto essa parente!) – E apenas porque ela não queria me deixar me divertir com os meus amigos no meu aniversário.

– Hadassa, contra isso você não pode reclamar. Lembro muito bem que vocês duas brigaram feio porque ela fez isso com Anya. Pra ser sincero, preferi habitar os regimentos de guarda de Lund'Mulhingar a me hospedar na casa de sua irmã quando eu estava em missão por lá.

– Sei melhor do que ninguém como minha irmã pode ser um pouco... déspota. Mas isso não é motivo para faltar com o respeito!

– Mas nem com isso em mente a senhora se importa com o que vai acontecer comigo nas mãos dela, não é mesmo mãe?! Se criança ela teve a coragem de me acorrentar, imagine o que ela não pode me querer fazer agora que sou quase moça! – essa historia só está me deixando cada vez mais indignada.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now