Ezarel
– AQUELE CRETINO FEZ O QUÊ?!? – acabei berrando ao escutar o quê que aquele Conselheiro do Inferno resolveu aprontar, através do dragão (bem que eu senti que havia algo de errado naquela festa).
– Ele só me ofereceu uma bebida agradável. O que há de tão grave nisso, Ezarel? – observando rápido, Voronwe e Réalta pareciam tão atônitos quanto eu, e o restante do pessoal se mostrava confuso.
– Anya, tem como você nos fazer o favor de chamar a minha mãe para que ela dê uma examinada na Paladina por mim? Mais cedo ela me falou que ficaria na biblioteca pesquisando algumas coisas... – Roeze até que tentou desfazer a minha mentira (estávamos juntos quando conversei com a minha mãe), mas o Voronwe o impediu antes que a pirralha percebesse.
– Tudo bem... Apesar de eu também não entender esse seu desespero repentino. Pensei que aquela mesa só era proibida para menores de idade! Agora... É seguro atravessar isso? – ela apontava para o escudo (onde acabamos utilizando duas esferas para caber todo mundo) já o encarando.
– Não se preocupe. Essa coisa só impede a passagem do som e de mais nada. Vai por mim! Será como atravessar uma fina névoa.
– Ok...
A pirralha atravessou a camada verde de olhos fechados em um único passo, e só deixou o quarto após conferir o próprio estado físico e soltar um suspiro aliviado.
– Certo, a Verdheleon já saiu, agora peço para os elfos presentes que nos expliquem o quê de tão grave aconteceu noite passada. E como assim, "mesa proibida para menores de idade"?
– Antes de mais nada, nos diga, Cris: o Ondabrar lhe procurou depois que deixou a festa? – perguntava o Réalta.
– Sim. – respondia o Gelinho, e eu precisei me segurar no assento – Mas o despachei imediatamente. – _aliviado_...
– Mas agora é sério gente. O que é que havia demais em beber algo daquela mesa vermelha? Em quê ela tinha restrições?!
– E como foi que vocês sabiam que o nosso "contaminado" procuraria por ela? – completava a Darfn os questionamentos da Paladina.
– Bom. Para isso, teríamos de explicar algumas coisinhas sobre o festim primeiro... – começava o Voronwe passando a mão nos cabelos.
– Pois continuem! Quero entender o motivo de Ezarel precisar mentir para tirar Anya daqui. – Roeze tinha que ter deixado as mulheres e o Gelinho ainda mais preocupados?
– Tudo bem. – assumi a conversa – Primeiro: todo mundo aqui sabe quais são as atribuições dadas à Arianrhod?
– Além dela ser uma deusa da Lua?
– Exatamente, Paladina.
– Eu soube que ela também é uma divindade da justiça, da magia e do destino.
– Só que há mais coisas, Darfn. – era o Réalta – Arianrhod também é vista como uma virgem e uma mãe. Além de deusa da noite também...
– Ainda não enxerguei o problema... – a Paladina cruzava os braços com uma sobrancelha erguida.
– Espera. "Mãe" e "noite"? Existe mais um "atributo" cedido a ela? – e o mulherengo número um de Eel percebe!...
– Existe, Nevra. E imagino que além de já ter descoberto que atributo é este, também compreende o motivo de minha Estrelinha ter de sair.
– E porque raios vocês preparam uma mesa afrodisíaca para essa festa?! – se irritava o vampiro.
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Eldarya - Uma Aventura Inesperada
FantasyTodo fã de fantasia já teve ter sonhado ao menos uma vez viajar para um mundo mágico. Viver aventuras, descobrir poderes e realizar atos que fariam grande diferença naquele mundo... Mas, e quando isso acontece? Que tipos de sorrisos e lágrimas seria...
