Lance
Coitada de minha Princesa... Ela ficou tão nervosa quanto nas vezes em que nosso relacionamento era descoberto. Mas apreciava com gosto a forma como ela impressionava todo mundo (ao menos quem ajudou ela foi o black-dog e não um daqueles elfos. Vai lá saber onde que eles colocariam as mãos para auxilia-la). Não gostei nem um pouco da insinuação da megera que é parente da Anya (se bem que a elfinha devia estar se divertindo, pela forma que estava arrumada) e eles não podiam fazer uma exceção nas tradições, não? Com tanta elfa naquele lugar, aquele principezinho tinha de querer dançar justo com a minha Princesa?! Só não o ergui pelo colarinho porque a ideia dele levar aquela pisada me animava.
Enquanto eles dançavam, reparei que algumas mulheres encaravam a Ladina de uma forma não muito agradável (se eu pudesse, falava para todo mundo a minha verdadeira relação com a Cris, e aí eu iria querer ver aquele atrevido continuar dando em cima dela). Fui resgatar minha Princesa assim que a musica acabou.
– Com fome, Lys? – abortei-os.
– Claro! Aproveite as próximas musicas, alteza. Com sua licença. – declarou ela já fazendo uma leve reverencia e me acompanhando pelo braço, antes mesmo daquele príncipe ter chance de reclamar.
– Acha que vai conseguir tirar algum proveito dessa festa depois de tudo que lhe aprontaram?
– Eu não sei, Gelinho. Se a comida for saborosa, já terá valido a pena passar por aqueles pequenos sufocos.
Um riso me escapou enquanto seguíamos para as mesas que, eram separadas por tipo de prato/bebida. Onde minha Ladina resolveu começar pela mesa dos doces.
As trigêmeas e a Anya acabaram se juntando a ela nas guloseimas, e eu fiquei observando um pouquinho mais de canto. Consegui convencê-la a me acompanhar em uma ou duas danças (com ela recusando educadamente qualquer pedido que não fosse o meu); Absol não parava de observar tudo do alto e... Para onde que o resto do nosso grupo foi parar?
– Te achei finalmente. – Ezarel ofegava do meu lado – Não sei o que foi que deu na Desastre, mas desde o começo da festa que ela não larga do meu pé.
– E o quê exatamente você quer comigo?
– No banho, você foi embora antes de eu terminar de questioná-lo. _respira fundo_ Me diz, a Cris foi avisada sobre os símbolos de identificação das mesas?
– Símbolos? – agora que comecei a reparar – Não estou informado de nada. Qual o problema com eles?
– Temia por isso. Espero que as aias da Paladina só tenham se esquecido mesmo.
– Vai falar o significado deles ou não. – (estou com um mau pressentimento...).
– Bom é qu...
– Zar! Te achei finalmente.
– E-E-Emiery?!
– Não sabe que é muita grosseria deixar uma dama sozinha, Zar?! Ande. Vamos voltar para a pista de dança. – terminava ela já o arrastando de volta com ela.
– Não deixe a Paladina consumir nada do símbolo vermelho! – foi tudo o que ele conseguiu dizer antes de perdê-los de vista ("símbolo vermelho"?).
Averiguei as mesas ao mesmo tempo em que procurava a Ladina, e a encontrei uma mesa antes da que o Ezarel se referia (tenho que me apresar). Estava no meio do caminho até ela quando o luar alcançou a orbe da estátua. Parecia até que um véu de aurora boreal estava sendo lançado sobre todos nós! Todos os elfos pararam o que faziam e começaram a orar, juntos. Alguns de pé, outros de joelhos, e outros de braços estendidos para a fonte daquela luz bela.
ESTÁS LEYENDO
Eldarya - Uma Aventura Inesperada
FantasíaTodo fã de fantasia já teve ter sonhado ao menos uma vez viajar para um mundo mágico. Viver aventuras, descobrir poderes e realizar atos que fariam grande diferença naquele mundo... Mas, e quando isso acontece? Que tipos de sorrisos e lágrimas seria...
