•☆.•*'¨'*••♥ Cap.155 ♥••*'¨'*•.☆•

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Cris

Quando abandonamos a bolha que nos ocultava, ninguém perdeu tempo em começar/continuar com seu trabalho. Valkyon e eu (e o Lance) tratamos o Damon mais um pouco, aproveitando que caíra no sono; a Karenn acompanhou Cassandra e Kidemónas para repassarem os ocorridos ao povo da vila; Chrome continuou auxiliando a Hipodâmia, e Absol ainda não havia retornado (provavelmente ele não irá voltar sozinho...).

Assim que o Lance decidiu que nós já podíamos parar, já que ele era o mais experiente nisso, resolvi dar uma olhada no que Hipodâmia fazia, visto que ela não estava mais mexendo com poções.

– O quê está fazendo, Hipodâmia? – ela mexia em sua gema.

– Já terminaram com o Damon??

– Segundo o dragão, o que nós podíamos fazer, está feito. Agora é com o seu amigo que está descansando ainda.

– Graças ao Oráculo e a todos os deuses... – ela respirava aliviada, e eu estiquei meu olhar para a mesa – Estou deixando tudo pronto para quando for reajustar a gema. Vocês partirão antes ou depois de fazerem o que me pediram?

– Depois! De preferência!! – declarava a Karenn que entrava acompanhada dos outros – Demora muito para fazer esses ajustes aí?

– Não. – acho que ela esqueceu por um instante em como a audição de um vampiro é apurada – A tarefa gasta no máximo uns quinze minutos se já estiver tudo preparado. Chrome, precisa que eu lhe explique alguma coisa?

– Por hora não, Hipodâmia. Mas teria como dar uma olhada se eu anotei tudo o quê me disse corretamente? Ezarel vai me esfolar se não estiver tudo certinho. – um risinho escapou de quase todos.

– Tudo bem. Cassandra, pode me preparar a agua enquanto isso? Para sermos mais rápidos...

– Certo, irmãzinha... Mas só porque você trabalhou muito nas últimas horas!

– Ei Kuris! Será que sua habilidade também funciona na visão de outra pessoa?!

– Essa... É uma boa questão, Chrome. Só testando para saber.

– Pois nós faremos isso. – afirmava Cassandra com uma bacia que ela apoiava sobre uma mesinha que também serviria de banco alto – Pronto para quando você quiser, irmã.

– Lhe agradeço muito Cassandra, e Chrome, isso aqui é dez-e-sete, e não dezessete.

– É muita coisa para fazer um ajuste. – o Chrome se defendia – Bem que esse seu médico de memória podia fazer uma visita à Eel.

– Olha!... Se ele recebeu a mensagem que enviei, já deve estar correndo para cá! – todos rimos com o comentário de Cassandra – Pronta irmãzinha!?...

– Sim. – ela aproximava a gema da agua, como havia mostrado antes – Cheguem todos os que querem ver para mais perto e façam o máximo de silêncio possível.

Tirando o Lance que ficou do lado de Damon (acho que ele vai aproveitar a mensligo...), todos nós cercamos a bacia de agua de forma organizada. A bacia era grande, então podíamos rodeá-la sem qualquer problema.

As imagens começaram mostrando a Hipodâmia deixando o seu quarto e seguindo para o armazém (ver e ouvir pelos olhos de outra pessoa é meio intrigante). Passado um tempo, onde nada de mais acontecia, foi possível ouvir um ruído que era difícil não deixar alguém curioso, foi nesse momento que a Hipodâmia teve o seu contato com o Damon, ou melhor, com o Agýrtis. Eu ainda me recordava da aparência de Agýrtis enquanto usurpava a identidade do centauro, mas não era assim que o estava enxergando nas imagens. Se não fossem os detalhes que fez com que Hipodâmia se assustasse com ele ao encontra-lo, nem eu teria imaginado que aquele não era o Damon! As únicas coisas que o denunciam eram os seus olhos que brilhavam de maneira colorida e o fato de uma de suas mãos estar "derretendo" para dentro da fechadura da porta. As imagens acabaram com a visão de... Um ataque de massa colorida? Que veio extremamente rápido para o rosto dela (acho que Agýrtis a fez desmaiar por falta de ar... Por isso ela não tinha sinais de agressão).

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now