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– O senhor chamou Mestre? – disse o serviçal fiel daquele mago ao entrar na sala.
– Sim. – o mago guardava um pesado livro em sua estante – Preciso que cuide disso. – dizia ele apontando para algo que se assemelhava a uma múmia sobre a poltrona do mago que, de tão seca, não era possível dizer se era ele ou ela, humano ou faery, ou seja lá o que fosse. Só um exame de DNA seria capaz de identificar o que foi aquele ser.
– Como desejar Mestre. – respondeu o servo se aproximando do ser seco.
– E lembre-se! – falava o mago com ar severo – Dê-lhe...
– Todos os direitos e honras fúnebres que seriam prestados a um grande nobre. – interrompeu o servo pegando a criatura em seus braços com extremo cuidado, pois estava muito frágil – Eu sei bem Mestre. Farei como sempre e com o máximo de atenção e zelo.
– Ótimo. E depois gostaria que me fizesse o favor de enviar isso... – ele colocava dois pequenos pergaminhos sobre a mesa – ...através dos chestoks 16... – ele erguia o pergaminho correspondente – ...e 19. – fez o mesmo com o outro.
– Como ordenar Mestre.
– Dessa vez, ela não nos escapa!
Ezarel
Assim que Nevra nos separou uma pequena sala nos fundos do porão, fui imediatamente colocar as barreiras de proteção no cômodo (sei que não estou enganado sobre o encantamento daquelas esferas). Era uma sala pequena, sem janelas, que foi equipada com um aparelho fornecedor de ar, pra compensar a falta de janelas é claro (melhor sem janelas para evitar fugas caso identifiquemos um); uma mesa e duas cadeiras, para interrogatórios; e uma maca e primeiros socorros, para tentar impedir a morte dos espiões caso as barreiras não protegessem por muito tempo.
Como a barreira principal precisava de um "mestre", foi decidido que Ewelein seria a dona do lugar, e Miiko teria uma cópia da chave. Terminado o serviço, já tínhamos o mais fácil. Agora era a vez do complicado... Como que iremos identificar os espiões de Apókries? Ainda precisávamos montar uma estratégia para isso.
Durante as autópsias, Ewelein comentou ter encontrado uma outra substância sobre a pele dos que morreram em batalha. Substância essa que, durante os testes feitos por ela, era totalmente destruída pelo veneno. O que significa que os que morreram envenenados também a teriam, mas a dúvida é: para quê servia essa substância? E como identificá-la sem levantar suspeitas?
Essa historia já me deu bastante dor de cabeça...
Como por hora não há mais nada que eu posa fazer, fui conferir os ingredientes da bendita poção. E adivinha quem eu encontro cochilando sobre a minha bancada...
– Ei Caçadora! Acorde! – disse lhe batendo o dedo na cabeça – Esse aqui não é o seu quarto não!
– Hum?? Ah! Oi Ezarel, onde vo... _bocejo_ ...cê estava?
– Trabalhando. E você? O que faz em meu laboratório?
– Não encontrei um parceiro de treino para hoje, sendo que Absol sumiu mais cedo também. E como um certo ser com quem divido o meu quarto tem tido problemas para dormir... Não me deixando dormir direito por causa de preocupação... Decidi fazer uma poção do sono para nós dois. Só que eu não tenho todos os ingredientes e os mesmos estão em falta por hora no mercado, então... Pensei em lhe pedir ajuda. Mas como você não estava, resolvi te esperar e sem querer cochilei. Alguma pergunta?

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Eldarya - Uma Aventura Inesperada
FantasyTodo fã de fantasia já teve ter sonhado ao menos uma vez viajar para um mundo mágico. Viver aventuras, descobrir poderes e realizar atos que fariam grande diferença naquele mundo... Mas, e quando isso acontece? Que tipos de sorrisos e lágrimas seria...