•☆.•*'¨'*••♥ Cap.66 ♥••*'¨'*•.☆•

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Cris

Tá ok, daqui a pouco vou começar a querer um psiquiatra. Mas o quê foi que eu fiz ontem à noite!? Acordei ao som dos mascotes que cumprimentavam a aurora, e assim que percebi Absol entre mim e o Lance (obrigada meu Pai), comecei a lhe acariciar a cabeça (me pergunto que hora que ele chegou para parecer tão cansado) e também a recordar o que fiz...

Eu não esperava acabar acordando o Lance e muito menos que ele decidisse se juntar a mim naquela situação. Quando ele se aproximou de mim, com a brincadeira da "formiguinha" para me por em seus braços, senti meu corpo inteiro se arrepiar. Ele me guiou de forma suave e, combinado com a música que ouvíamos, aos poucos me tranquilizava novamente. Parte de minha insônia era por causa do fato de ele estar muito perto de mim. Meio que por impulso, acabei me apoiando em seu peito e, ouvindo as batidas... gentis, de seu coração, fui ficando cada vez mais calma novamente. Tanto que quando ele chamou para voltar a deitar, não demorei a dormir dessa vez.

_suspiro_ Realmente espero que isso não tenha que durar muito tempo mais. Deixei os dois continuarem dormindo e fui me arrumar para mais um dia (hoje é a vez dos contaminados...). Desci e o Karuto estava em seu jardim secreto, foi a Twylda quem me serviu (meu costumeiro leite com chocolate e dois muffin's de fruta de mel e fruta da lua vermelha como acompanhamento). Voltei pro quarto e os dois ainda dormiam.

Enquanto comia minha parte do café, fiquei observando o Lance, e eu não me lembro de já o ter visto com uma expressão tão tranquila quanto a que tinha naquele momento (quem o olha assim, nem acredita no quão perigoso ele é). Se não fossem pelas batidas na porta, me chamando para a sala do Cristal, tenho certeza que ele dormiria por um longo tempo ainda.

– Que horas são? – perguntou ele com aquela confusão de quando se acorda.

– Umas sete e meia mais ou menos. – Absol passava para a cama dele enquanto Lance sentava na minha – Sua parte do café já está na mesa.

– Não quis me acordar?

– Não. Depois de tantas noites ruins, preferi te deixar descansar.

– Hunf. Boazinha...! – falou ele entrando no banheiro (_suspiro_ Ai, meu Pai...) – Deixe que eu lhe arrume a cama, já que me deixou dormir. – completou ele ainda no banheiro.

– Tem certeza?

– Tenho. – saía ele – Tecnicamente você não tem motivos pra se demorar. Ainda mais você que nunca se atrasa pra nada. Agora vá! Eu cuido de tudo aqui dentro.

– Como desejar!... – falei já saindo do quarto.

Chegando na Sala, os contaminados já estavam lá e dei graças a Deus por não encontrar uma terceira criança entre eles. Apesar de eu poder enxergar claramente cada tipo de faery envolto por aquelas sombras, ao olhar dos outros, isso era impossível! A maioria dos faerys ficavam tão alterados se comparados as suas formas originais, que poucos podiam ter suas espécies reconhecidas. O que então falar de suas idades. E se eu descesse para conferir se haviam ou não mais crianças naquele meio, não conseguiria parar até terminar de ajudar todos, então... SEM CHANCE!

Acabado tudo, Jamon e uma brownie da Absinto me levaram de volta para o quarto (bem que eles podiam me arranjar mais um pouco daquele eliksir que Dono havia me oferecido...), me deixando outra vez sozinha com o dragão de gelo (Absol já sumiu outra vez!? Mas o que é que ele está procurando afinal??).

– Sem crianças hoje? – perguntou Lance, sentando aos pés da cama. Eu lhe assenti – Que tipos você salvou agora?

– Três mulheres e quatro homens. Dois dos homens eram idosos. Foram um kappa, dois brownies, dois fenghuangs, uma gnoma e uma ninfa.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now