Capítulo 11-Emilly e Nathan-Oito letras que podem mudar o rumo de duas Vidas.

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» Emilly «

Passei a manhã toda sem conseguir fazer nada direito. Minha concentração era facilmente desvirtuada, qualquer coisa se tornou motivo para pensar no Nathan. Não queria pensar nele, mas não encontrei outra saída, foi involuntário,os pensamentos apareciam sem que eu fizesse esforço algum. E todas as ideias que juntei se resumiram a uma grande conclusão.

Eu estava certa, ele tinha sido muito idiota comigo.

Eu estou agitada o suficiente, e decido que uma corrida é o que eu preciso. Rapidamente troco minhas roupas por algo mais atlético e desço a escada.

— Indo para uma corrida, Cármen! —Eu grito quando passo pela porta que dá acesso a varanda.

Eu me alongo por alguns minutos antes de pegar a longa estrada de terra que me leva para longe da casa. Ela se estende pela  terra de Rogério, que leva para uma estrada principal asfaltada. Estou imediatamente perdida no som rítmico da minha respiração superficial e o baque dos meus pés batendo contra o chão. Correr é uma ótima maneira de escapar, e é fácil perder a noção do tempo. Quando você está correndo, o pensamento é opcional. Eu apenas deixo que meus pés me levem. Quando eu finalmente paro, eu estou sem ar, minhas pernas cansadas e à beira de enfartar. Inclinando para frente, eu coloco minhas mãos em meus joelhos. Eu me concentro na minha respiração, tentando acalmá-la. Demora alguns minutos antes que eu sinta que não estou morrendo, então eu olho para cima para ver onde eu acabei. A visão que cumprimenta os meus olhos me faz considerar ir diretamente de
volta para casa, mas ele está saindo da lanchonete.

— Cristal! — O homem que me ajudou ontem, grita. A mão protegendo os olhos do sol quente. — O que está fazendo aqui?

Ele caminha na minha direção e eu decido que é tarde demais para ir embora.

— Eu precisava espairecer—Eu consegui dizer, ainda um pouco sem fôlego.
— Correu até aqui?—Seus olhos me observam.
— Bem, eu não corri aqui, eu apenas corri até eu parar, o que só aconteceu quando eu cheguei aqui.
— Oh, você deve está cansada.

Seus lábios se curvavram em  um sorriso encantador.

— Posso levá-la de volta, estou de carro.
— Agradeço, mas não precisa. Correr me faz bem.

Fitei seu rosto por alguns instantes. Nos olhos havia um brilho que eu deduzi que poucas mulheres conseguiam resistir. Ele era bonito, realmente bonito, não bonito de um jeito perturbador como Nathan. Ele era o tipo de homem confiável de quem você fica logo amigo depois de dez minutos de conversa.

— Podemos conversar então?

Ele aponta em direção ao estabelecimento pequeno, com sua fachada em tons claros e envidraçada, permitindo aos clientes ter uma visão da movimentação exterior enquanto se deliciava.

— Podemos tomar um chocolate quente.—Disse e pus uma mecha de cabelo atrás da orelha para ganhar tempo de formular uma resposta.
— Se não se incomoda, pode me dizer seu nome?
—Lucas.

Sorriu, mas o sorriso morreu rápido demais. Seus olhos agora eram profundos e pesarosos , aquele castanho claros de repente parecia triste.

— Fiquei sabendo da sua perda de memória, e eu sinto muito mesmo . Sinto ainda mais por saber que toda nossa infância não significa mais nada para você.
—Desculpe.—Eu disse, sentindo meu peito se apertar.
— Eu espero que consiga recuperar a memória em breve, mas enquanto isso não acontece, eu não quero ser apenas um estranho para você. Então podemos tentar recomeçamos do zero.
—Eu adoraria—Respondi.

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now