Capítulo 75-Emilly- Que a felicidade vire rotina.

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— Bia! —Gritei enquanto observava o corpo pequeno tropeçando desajeitadamente nos próprios pés ao tentar uma corrida.

Ela chora, erguendo a mão direita para enxugar as lágrimas que caíam da bochecha antes de sumir em direção as escadas com rapidez. Eu movi meus pés para ir atrás dela mas desistir quando alcancei a sala. Se ela não falou uma só palavra durante todo o trajeto, não seria agora que iria falar.

Por enquanto, ela precisava de um tempo sozinha.

— O que houve? —Estremeci quando uma mão grande me enlaçou pela cintura e girou-me devagar.
— Hormônios. —Omiti, envolvendo meus barcos ao redor do pescoço de Nathan— Onde está Nina?
— Ela está na aula de balé.—Susurrou contra meu pescoço— Estou indo buscá-la agora.
— Ela vai ficar feliz em ver que foi você quem foi buscá-la.
— Sim, eu sei. Pretendo fazer mais vezes. — Disse beijando o canto dos meus lábios. — Também vou passar em uma sorveteria e contar a novidade à ela. Então já fique esperta pois ela irá chegar com toda energia do mundo.
— Estarei esperando muito feliz para ouvir suas mil perguntas cheias de diminutivos. — Brinquei e Nathan me deu um de seus raros sorrisos amplos, depois me beijou.

Encostando-me contra a parede, ele teve mais liberdade para pressionar seu corpo contra o meu sem que corrêssemos o risco de cair. O beijo que havia começado calmo foi ganhando intensidade, e quando estávamos a um passo de perder o controle, a campanhia tocou. Não demorou mais que meio segundo para que Maria aparecesse e atendesse quem quer que fosse.

— Sempre alguém para atrapalhar! —Nathan resmungou ajeitando uma mecha solta do meu cabelo atrás de minha orelha, enquanto eu apenas concordava com um aceno.— Mas hoje a noite, quando Nina dormir, ficaremos sozinhos no quarto.— Sussurrou no meu ouvido.— E tenho muitos planos para você.
— Vá buscar Nina, Nathan —Sorri, afastando-me dele. Minhas bochechas pareciam feitas fogo.

Ele percebeu minha falta de jeito e começou a rir, deixando seu rosto bonito ainda mais bonito.

— Eu amo quando cora.

Ele colou o corpo ao meu novamente, segurando-me pela cintura.

— Amo tudo em você! — Declarou, seus dedos subindo a minha saia e afundando-se pelas laterais das minhas coxas até a barra da calcinha. ​
― Humm... Nathan— Gemi contra a sua mandíbula.

Eu podia sentir meu corpo todo se aquecer. Podia sentir o desejo começar a se espalhar enquanto ele acariciava meu corpo.

― Amo quando você geme o meu nome assim. Amo quando sei que é minha. Toda minha.
—Sim, sua —Beijei seu rosto, na linha da barba, sentindo a maciez da sua pele. — Toda sua, amor.

Segui beijando até me aproximar da sua boca bem feita, tocando meus lábios ali devagar antes de invadir sua boca com a minha língua. Uma mão sua estava apertada contra minhas costas, apertando-me a ele enquanto a outra explorava meu corpo sob o tecido do vestido. Sua língua brincando dentro da minha boca. Meus olhos fechados. Mente focada em Nathan. Em seus beijos e em seu toque. Até que fomos interrompidos novamente por uma tosse.

Abri os olhos e encontrei Maria parada em nossa frente. Seu rosto vermelho e os olhos cobertos com as próprias mãos. Senti meu próprio rosto queimar enquanto Nathan começou a rir, parando o que fazia.

― Me desculpe, Maria.—Pedi sem jeito, me afastando de Nathan e ajeitando minha roupa — Pode abrir os olhos.
— Não se preocupe. Eu que peço desculpas por atrapalhar. — Ela olhava para todos os lados, menos para nós — Eu vim avisar que você tem visita, Emmy.
— Eu?
— Sim. Está a sua espera no hall.
— Oh, obrigada, Maria.

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now