Capítulo 39-Emilly-O desejo é como um fogo a consumir a razão.

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Hot.

»EMILLY«

— Eu estava seriamente considerando enfiar aquela coxa de frango na boca dela. Velha chata! — Beatriz resmungou quando entramos na sua casa.
— Sim, até eu estava perto do limite, completamente enojada com a ignorância. — Eu digo.
— Realmente, mas você soube levar a situação. Obrigada. — Nathan agradece.
— Na verdade, foi Deise que me ajudou a lidar com tudo aquilo. Espero um dia retribuir.

Nathan estreita os olhos para mim, uma raiva fria piscando atrás deles.

— Não se deixe enganar. Deise não é alguém para se ter por perto.— Ele diz baixo, rosnando.
— Por que? — Bia e eu perguntamos ao mesmo tempo.

Sua mandíbula aperta antes de responder.

— Por que Deise é uma cobra gananciosa. Fugiu abandonando o filho com Carlos para viver uma vida de luxo, e agora voltou sem explicações exigindo casar com Carlos em troca de manter o garoto com ele.
— Que horror! — Bia diz.
— Jesus. Ela não parece como alguém... que faria isso. Deise foi boa para mim.

Alguém poderia fingir tão bem?

— Estou feliz que ela foi boa para você, mas as coisas nem sempre são o que parecem. Eu deveria ter dito para tomar cuidado com ela.

Balanço a cabeça, ainda surpresa. E depois de combinar de tomar um chá com Bia, levo Nina para seu quarto. Eu a arrumo para dormir, e me deito com ela em sua cama. Quase uma hora depois eu a deixo em seu quarto e vou para o de hospedes tomar um banho. Vestida com roupas de dormir, eu desço para encontrar Bia como havíamos combinado. No entanto, é Nathan quem encontro sentado na cozinha. E é como se as moléculas no ar mudassem, a pele na parte de trás do meu pescoço se arrepia. Ele está sentado em um dos bancos do balcão, um copo do que parece ser uísque pendurado em seus dedos. Está vestindo com uma calças de flanela vermelha e uma camiseta branca, e eu bebo ele como água. Eu amo Nathan em seus habituais trajes escuros, mas vê-lo vestido assim é, bem, um deleite.
Tenho certeza que sua camiseta é feita de algum material extravagante e
custa um milhão de dólares porque se encaixa perfeitamente em seus
músculos.

O homem fica cada vez mais bonito a cada maldito segundo. Não é justo.

Por um segundo, fico ali parada, observando cada movimento seu. Ele não me vê parada ali, nem sente minha presença, e eu deixo o minuto estender mais do que deveria. Há algo nele que é tão hipnotizante. É difícil desviar o olhar. Meus olhos são atraídos para ele como se fosse uma grande obra de arte.

— Ela desistiu de te esperar depois de vinte minutos. — Ele diz depois de outro longo minuto.

Eu vibro com a atenção, mesmo que ele ainda não tenha olhando para cima. E agora me pergunto se ele sabia que eu estava lá o tempo todo.

— Eu, hum...— Eu limpei minha garganta.— Nina demorou mais do que o esperado para dormir.
— Ah, posso imaginar. Quantas histórias?
— Três e meia. — Digo a ele, dando-lhe um sorriso rápido. — Ela dormiu antes do final da quarta.
— Ela está cada dia mais exigente.
— Deve ser um traço hereditário. —Digo com uma risada.

Finalmente ele olha para mim, e é preciso muita força de vontade
para encontrar seus olhos e não desviar o olhar.

— Eu exijo muito de você, Sophia?— Ele pergunta preguiçosamente.
— As vezes sinto que sim.
— Hmmm— Ele diz pensativamente entre goles de sua bebida. —  Espero que minha cota de exigências não esteja cheia, porque ainda preciso de espaço para algumas exigências em especial.

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