Capítulo 16 - Sophia-Beijo não mata a fome,mas abre o apetite.

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O edifício Cooper era um arranha céu moderno e todo em vidro com mais de vinte andares com certeza. Dentro do maciço, átrio elegante, eu olhei ao redor da área de recepção com admiração. Um gigantesco lustre cintilante, janelas do chão ao teto com vista digna de cartão-postal, e espaço, muito espaço aberto.

— Boa tarde Srta, Cooper, em que posso ajudar? —A recepcionista perguntou assim que me aproximei do balcão. Um sorriso gentil no rosto.
— Boa tarde, eu gostaria de falar com o Sr. Bennett.
— Só um momento.

Ela pegou o telefone e discou. Alguns segundos depois se virou em minha direção.

— O Sr. Bennett não atende, mas acredito que a senhora não precise ser anunciada, fique a vontade para subir.— Ela me entregou um crachá.
— Obrigada.—Agradeci e seu sorriso se alargou.

Entrei no elevador que felizmente estava vazio, e me levou um minuto para descobrir onde o andar dos cargos executivos era, encontrando, eu corri meu dedo pelo painel de botão para selecionar o local correspondente.

Trigésimo terceiro andar. Tão clichê.

Ajeitei meus cabelos com as mãos, colocando-os atrás das orelhas e conferi o visual. Eu coloquei um vestido tubinho branco e uma sandália salto baixo preta. Elegante e discreta, porque hoje eu estava indo para uma reunião e precisava parecer seria e profissional. Meu cabelo loiro estava em um coque solto, e eu passei um dramático delineador nos meus olhos para destacar.

Eu estava bem.

Quando as portas do elevador se abrem, eu saltei no andar e segui meu caminho. Encontro a sala de Junior facilmente. É próxima ao banco de elevadores, e seu nome está destacado na porta. Tem uma parede inteira de janelas de frente para o corredor, mas as persianas estão fechadas.  Olho em direção a mesa onde a secretária deveria está, porém não tinha ninguém.

Junior está lá? Eu deveria bater?

Eu pairo fora da porta por um momento, minha mão descansando na maçaneta, mexendo devagar e abrindo somente o suficiente para que pudesse ver se ele estava lá dentro.

Nada me preparou para aquela cena.

Junior seminu, segurando um punhado de cabelos, enquanto uma ruiva completamente nua percorria com a boca o corpo viril dele.

— Hum! — Ele gemeu ofegante. — Isso, querida, mais fundo. Leve-me mais fundo—Em nenhum momento sua mão vacila. Seu aperto é firme no cabelo da mulher aos seus pés.

Eu não conseguia desviar o olhar. Meu queixo caído, a respiração presa, o olhar hipnotizado pelo corpo daquele homem.
Junior grunhe algumas palavras ininteligíveis, algo sujo, tenho certeza, mas eu não consigo ouvir, e então faz um som como um lobo feroz, que gera um arrepio em todo o cabelo na parte de trás do
meu pescoço. E nesse momento, assisto de camarote à mandíbula de Junior tensionar, assim como o resto de seu corpo. Ele olha para a mulher aos seus pés e fode sua boca sem compaixão até que sua libertação vem.

— Você é perfeita, querida. Perfeita —Ele elogiou e a mulher sorriu após engolir o esperma  de Junior.
— Você também, querido.

Ela ficou de pé com ajuda dele, e quando tentou beijá-lo, ele a afastou.

— Eu já disse, Alice, sem beijos. 
— Me desculpe, deli. — Ela ronronou.

Com um som nauseado preso na garganta, me virei depressa para sair. Perturbada, me sentei no sofá de espera, e fiquei ali, sentada. Olhos fechados, tentando não pensar em sexo e nem em Junior, já que os dois assuntos estavam mais ligados do que eu gostaria em minha cabecinha maldosa. Passaram cinco minutos e então a porta se abriu e a ruiva saiu de lá toda descabelada. Quando me viu, me deletei ao ver ela arregalar os olhos.

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now