Capítulo 49-Junior-A gente não combina, a gente se completa.

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Meu coração batia forte, e eu apertava o maxilar para conter um pouco daquela raiva assassina que parecia  combinar com toda aquela tesão que se acumulava dentro de mim e me consumia. O som dramático da banda Within Temptation enchia o ambiente e meus ouvidos de sentimentos potentes e diversos.  

Porra! Eu estava tão fodido!

A porta do banheiro se abriu apenas para reafirmar minha sentença. E eu sabia o quão sujo Emilly podia jogar. Mas existe jogo sujo e existe Emilly Cooper.

— As camisas masculinas deveriam se tornar pijamas oficiais sabia? — Ela diz.

Deixo escapar uma risada sombria, observando ela caminhando pelo quarto, em nada além de minha camisa, parte dos seus seios lindos estavam em plena exibição através dos botões abertos. Eu engoli, dificilmente capaz de conter a necessidade de lambê-los. Seus mamilos estavam eretos, forçando o tecido, a pele ao redor deles áspera de pequenos arrepios. Na mesma hora meu corpo reagiu à sua sensualidade, embora eu não me movesse. Cada célula do meu corpo reagiu. Senti-me tenso, ereto, com a luxúria que eu tão bem conhecia devorando-me por dentro. Meus olhos a percorreram de cima a baixo, apreciando a bela vista. Estava com todos os meus instintos voltados para ela que estava completamente provocante, os lábios apertados com desafio, mas a respiração levemente agitada, não conseguindo esconder que o desejo também a aquecia.

— Eu devo me preocupar com seu silêncio?

Ainda sem nenhuma palavra, caminhei até a mesa e enchi a taça de vinho. Senti seu olhar queimando sobre mim, mas não a olhei até está sentando novamente. Então voltei meus olhos para ela, frio. Mesmo que ardesse como um condenado libidinoso por dentro, fiquei quieto, sem oferecer perigo.

Por hora.

Continuei quieto, nossos olhares unidos, apenas a música quebrando silêncio enquanto o desejo estava lá, nos percorrendo com uma violência  gritante. Era impressionante tudo o que acontecia comigo, as emoções que me golpeavam, o desejo sujo lutando lado a lado com sentimentos incompreensíveis.

— O que você tá tentando fazer, Junior?
— Nada realmente impressionante. Apenas pensando que está cada vez mais difícil ter que lidar com você.
— Lidar comigo? Escolha interessante de palavras. Traz à mente algum tipo de punição.

Seu jeito provocador estava lá, brincando comigo. Não pude tirar meus olhos dela, tocado, parado ali a observando, absorvendo cada detalhe daquela mulher que a cada dia tomava mais um pouco de mim, me invadia, me consumia.

— Você merece uma punição por deixar outro te tocar.

Quando seu sorriso se torna ardente, eu já tive o bastante. Me levantei e caminhei até acabar com a distância entre nós. Não dei tempo para um segundo pensamento e enfiei minha língua em sua boca com todo o desejo que eu sentia. Sabia que estava agindo como um louco, sempre a saqueado com um beijo, a encurrando. Mas não tinha condições de obedecer a minha razão. Eu era puro instinto perto de Emilly, com uma perversidade incontrolável encobrindo meu discernimento, fazendo-me reconhecer que estava cansado de brincadeiras.

— Eu vou te dar o que você que, Emilly.

Agarrei seus cabelos e puxei sua cabeça para trás, sem me preocupar em ser delicado. O seu pescoço fica a mostra e eu passo minha língua antes de deixar uma bela marca de chupão. Eu queria marcá-la de todas as maneiras. Queria deixar claro que ela era minha.

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