Capítulo 40- Junior-Uma hora com raiva, outra hora te amando.

2.3K 276 17
                                    

» JÚNIOR «

Ela vai ser a minha morte

Simples e fodidamente simples.

Emilly é a única pessoa que eu não deveria querer, e ainda assim quero com todas as forças, porra. Mas em minha defesa, olhe para ela. Ela é linda quando está vestida ao máximo, com classe e sutil, que é como uma maldita canção da sereia para um homem como eu. Mas é a mulher dançando por minha cozinha que faz a porra da minha cabeça travar. Sem maquiagem, cabelo bagunçado e seu corpo sob uma camisa minha. Simples, mas devastador para minha libido. E saber exatamente que seu corpo nu está por baixo é meu inferno.

Estou tão fodido. Como um duplo fodido sem fim, sem prazo, tudo à vista.

— Esse vai ser o melhor bolo da sua vida— Emilly me disse entregando-me um pratinho de bolo.

Por um minuto eu olho para o bolo. O cheiro no meu nariz, o recheio escorrendo, os brigadeiros enfeitando o topo, tudo é  tão dolorosamente familiar. Eu engulo um nó na garganta, me perguntando por que diabos eu me sinto tão sentimental.

É só um bolo idiota.

Respirei fundo e dei uma garfada na minha fatia, deixando a massa adocicada se desfazer em minha boca.
É tudo como eu me lembrava. Era suave e delicado e cremoso e parecia derreter na minha boca. Eu deixo meus olhos fecharem por um segundo enquanto mastigo. Por um instante eu consigo imaginar minha mãe aqui, sentada na minha frente rindo, e com seus olhos brilhante.

— Então, supremo ou excelente?

A voz de Emilly interrompe meus pensamentos e eu pisco os olhos abertos para vê-la me encarando com expectativa.

Dei mais algumas garfadas encarando o seu olhar curioso.
— É bom.

Emilly inclinou a cabeça e olhou ironicamente para mim debaixo de um par de cílios longos. Partiu um pedaço para ela e deu uma bela mordida, deixando o chocolate sujar o canto da boca.

— Oh meu Deus — Ela gemeu — Bom? Porra do caralho, Júnior. Está divino. Maravilhoso. Eu arrasei. — Ela exclama, lambendo o chocolate na ponta de seus dedos.
— Sem modestia, em?

Ela estreitou os olhos para mim, deu uma golada na sua cerveja, já quente, e sorriu.

— Estou dizendo a mais pura verdade. Ficou maravilhoso. — Ela aponta o garfo para meu prato já vazio.— Eu sei que você concorda comigo. Isso é um fato totalmente inquestionável.

Eu sorri, me servindo de mais uma fatia do bolo.

— Vou te dar isso. O bolo realmente está divino.

Ela põe outra garfada em sua boca e pisca para mim enquanto mastiga.

— Então, com quem você aprendeu a cozinhar?
— É complicado de tentar te explicar. Eu só sei. — Um simples traço de tristeza coloriu a sua voz.
— O que mais você pode cozinhar?
— Me dê a receita e eu garanto que vou te surpreender.
— Sabe fazer lasanha?
— Sim.
— Precisamos nos casar, Emilly. Urgentemente.

Sua risada é profunda e rouca. E eu fiquei olhando a mulher ali, sentada em cima do balcão, vestida apenas com uma blusa. Encarando-a beber cerveja, direto da garrafa, e sujar as mãos de chocolate e pensei em como eu perdi isso por tanto tempo? Emilly era uma lufada de ar fresco. Cada ângulo seu, cada curva de tudo sobre ela e fascinante.

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora