Capítulo 38-Emilly-Machismo é ruim, porém ainda pior quando vem de mulheres.

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»EMILLY«

Hoje a noite eu precisaria acompanhar Nathan em um jantar. Eu sabia pouco sobre, mas tinha certeza que era algo importante porque ele fez questão de mandar comprar um lindo vestido azul para mim. Era sem mangas, decotado nas costas até o final da coluna. E por volta das sete horas, eu já estava pronta. Ajeitei algumas mechas dos meus cabelos que caiam pelos ombros e encarei a figura no espelho. Tive que admitir que estava parecendo muito bem. A cor do vestido havia ressaltado a cor dos meus olhos. O modelo descia delineando meus seios e minha cintura, marcando meus quadris. Sandálias altíssimas completavam o traje. Meus olhos estavam levemente esfumados e meus lábios pintados com batom vermelho.

— O casamento ainda não é hoje não, Sof.

Eu pulei quando Bia e Nina entrou no quarto.

— Oh. Eu já estou pronta. — Soltei o clipe e sacudi o cabelo para fora. Eles caíram ao redor dos meus ombros em uma nuvem rodopiante.
— Tia Sof, você é uma princesa— Nina grita, correndo para mim em seu vestido rosa  brilhante com laços.
— Obrigada, anjo. Você é mais princesa do que eu sou!—  Digo a ela.

A pego pela mão e nós dirigimos para a sala. E assim que chegamos, avisto Nathan conversando animadamente com Rogério. Ele parece tão pecaminosamente bonito que me tira o fôlego. Sua pele perpetuamente bronzeada contra seu terno azul-marinho, perfeitamente adaptado, é claro, camisa branca e seus cabelos bem penteados para trás.

Estava mais lindo do que nunca.

E ali, olhando-o enquanto ele sorria de algo que Rogério falou, comecei a nomear aquelas sensações tão profundas que despertava em mim.

Doce Jesus. Eu acho que estou muito apaixonada.

— Perfeita.

Rogério me vê primeiro, acena e diz alguma coisa para Nathan que gira a cabeça em minha direção. Seus olhos vagarosamente me cobrem, para cima e para baixo. Sua mandíbula praticamente cai. Pelo menos me parece assim, já que geralmente é trancada de maneira tão tensa. Ele parecia ter sido esfaqueado no estômago.

— Você está muito bonita, Sophia.—Diz ele, com a voz assustada e áspera.

Eu sorrio. Mas antes que eu pudesse formular uma frase decente, Nathan se aproximou e colocou entre minhas mãos uma caixa de veludo quadrada, que acabou por fazer as palavras morrerem em minha garganta. Ergui os olhos, encarando-o sem entender, e ele sinalizou para que eu abrisse a caixa. Seu rosto agora exibia um sorriso discreto. Eu não sabia o que havia ali dentro, e talvez por isso faltou-me o ar quando me deparei com uma linda gargantilha em ouro branco com uma apatita oval com diamantes a sua volta. Era simplesmente linda, a peça toda tinha um ar discreto e delicado, mas o que realmente se destacava era a
pedra azul.

— Assim que eu a vi sabia que precisava ser sua. — Ele pegou a caixa de minhas mãos e retirou o colar de dentro — Ela me lembra os seus lindos olhos — Disse, rodeando meu pescoço com a peça.

Jogou meus cabelos para um lado, sobre o ombro, e fechou o delicado colar.

— Simplesmente perfeito.

Nathan soprou o ar quente em meu pescoço fazendo cada pelinho do meu corpo se arrepiar. Meu coração queria sair pela boca. Meu corpo imóvel, tenso, sentindo a presença quente e forte de Nathan em minhas costas. Mesmo sob o tecido grosso, eu podia sentir ondas de calor vindas da sua pele chocarem-se contra minha pele.

— Obrigada.

Peguei o pingente entre meus dedos e soltei o ar que nem havia me dado conta que prendia

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