Capítulo 23-Sophia e Junior-Mesmo não sabendo que era amor,sentiam que era bom.

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»SOPHIA«

O dia ainda estava clareando lá fora quando eu cheguei no escritório. E considerando que no estacionamento estava vazio e as persianas fechadas, eu percebi que eu poderia ter sido um pouco ansiosa demais para conhecer o meu ambiente de trabalho. E depois de ficar ociosa alguns minutos na frente do prédio, admirando as letras brilhantes, banhadas a prata que ficavam na fachada, decidi caminhar para dentro. A recepção era belíssima, bem espaçosa com sofás modernos brancos. Toda revestida em granito negro, trazendo algumas obras de arte espalhadas pelas diversas prateleiras nas paredes. Uma mesa de vidro estava no canto, e não havia ninguém por trás, mas um ou dois minutos depois que entrei, a recepcionista voltou para sua mesa.

— Olá. Desculpe, ainda não iniciamos nossas atividades. — Ela se virou para me encarar, e então um sorriso largo enfeitou seu rosto.— Senhorita Emilly!

Ela só faltou quicar de felicidade.

— Olá,— Olho para seu crachá — Suzanne.
— Meu Deus, Emilly. Que bom que voltou.

Ela caminhou até mim e jogou os braços em meus ombros em um abraço esmagador.

— Eu estava morrendo de saudades.

Sem saber o que dizer, eu fiquei em silêncio, deixando ela me apertar em seus braços.

— Eu sinto muito pelo Sr. Cooper.—Disse, se afastando depois de me apertar mais.
— Obrigada.
— E eu sei que ainda é cedo, mas por favor, diga que veio para voltar a trabalhar?— Me olhou suplicante.

Eu dei a ela um sorriso.

— Ficar em casa está me dando alergia. — Brinquei e ela sorri ainda mais.

Suzanne me mostra minha sala, e em poucos minutos eu já tenho visto como é a minha rotina completa do início ao fim. Em seguida, damos um passeio no prédio e ela me ajuda com a realocação. Descobri durante a minha turnê que Emilly Cooper & Associados emprega vinte e dois advogados e quarenta e oito pessoas na equipe. Suas principais áreas de atuação são ações corporativas e cíveis, embora haja também áreas de atuação menores, como lei do idoso, direito penal e similares. Eu passo a manhã toda entre os funcionários, ouvindo o grupo discutir casos e vir com ideias. Estava simplesmente encantada, essas pessoas se alimentavam entre si, construindo os pensamentos uns dos outros para chegar com a melhor ideia, em vez de competir com um outro. Perto da hora do almoço, finalmente paro em minha sala, e aproveito para estudar o caso de Samuel. Estava completamente submersa no e-mail que encaminharia para
o juizado de menores quando Suzanne entrou em minha sala carregando um grande buquê de rosas vermelhas.

— Wow, doce, estes são para você.

Eu bocejo em surpresa quando ela define as flores na minha mesa. Puxo o pequeno envelope para fora do suporte de plástico no centro do buquê e abri. Vi uma nota manuscrita em letra cursiva brilhante, azul:

Emilly,

Sua boceta é a coisa mais deliciosa que já provei. Doce. Suculenta. Derretendo na minha língua. Eu definitivamente quero mais.

– O homem que te deu seu orgasmo mais fenomenal.

Li e reli algumas vezes, relembrando o gosto de Junior, o toque das suas
mãos. As sensações que seu corpo havia causado no meu.

Suspirei, sentindo minha pele se aquecer.

― Quem é o cavaleiro? — Suzanne pede com cara de apaixonada.

O homem mais sexy e irritante que eu já vi na minha vida, mas eu não tenho ideia por que ele enviou-lhes, porque nada de bom pode vir dele.

— Junior Bennett—Empurro de volta o cartão no buquê.
— Oh, como é adorável seu noivo. — Suzanne suspira.

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