» NATHAN «
Quando entramos no carro para uma viagem de volta a fazenda, a chuva caia tão forte que eu mal podia enxergar um palmo a minha frente. E para completar, o trânsito estava uma merda caótica. O GPS me sinalizava para um acidente a poucos metros a frente, e eu odiava que existisse apenas aquela estrada para a fazenda.
Um atraso total!
Quando se passaram meia hora e eu não havia andado mais que trezentos metros, perdi totalmente a paciência. E olhando para o tempo lá fora, eu cheguei a conclusão que o mais seguro seria ir para minha casa.
— Sophia, você teria problemas em dormi em minha casa? Pegar a estrada até a fazenda em uma tempestade dessa não é algo coerente. Será um percurso perigoso, o trânsito está lento, vamos levar uma eternidade. —Expliquei e ela respirou fundo.
— Tudo bem.— Sua voz é rouca, mas eu não sei se é fadiga ou qualquer outra coisa.Eu aguardei a fileira de carros a minha frente andar até que eu pude fazer o retorno. Então pecorremos o pouco de quilômetros que existia até minha casa em silêncio. Quando finalmente estacionei, Sophia abriu a porta e desceu com os braços cruzados sobre o peito, em uma atitude clara de me manter longe. Eu não me importava, na verdade, quase podia sorrir diante do seu nervosismo.
— Se sinta a vontade— Eu disse quando abri a porta da minha casa.
— Obrigada. —Tomei uma longa baforada de seu perfume quando ela entrou na sala.Tirei o blazer, soltei os botões da camisa e segui com Sophia ao meu lado até a cozinha de onde estava vindo vozes.
— Oh, graças a Deus. Eu já estava preocupada com o senhor lá fora nessa tempestade— Maria exclamou assim que apareci no seu campo de visão.
— Papai! — Nina mergulhou em meus braços no momento em que me alcançou.
— Ei, pequenina, você sentiu minha falta?
— Uhum— Ela me deu um beijo estalado na bochecha.E então seus olhos encontraram Sophia atrás de mim. E a maneira como eles acenderam me alerta que devo começar a tomar cuidado com a rapidez em que minha filha tem se apegado as pessoas.
— Tia Soph!
— Ei, anjo.Eu coloquei Nina no chão e ela correu para Sophia que se abaixou a sua altura.
— Você veio me ver?
— Com certeza. Estava com muita saudades. — Ela diz beijando a cabeça de Nina.— Além do mais, nós precisamos marcar aquele nossa ida ao zoológico, lembra?
— Zoológico? — Ela sussurraSophia acena com a cabeça para cima e para baixo e a riqueza do gritinho de Nina emite ondas felizes pela ambiente.
— Yay! Zoológico!— Nina salta para cima e para baixo gritando, me fazendo rir. — Nós vamos ver o leão?
Rindo, Sophia pressiona um novo beijo em seu cabelo, então sorri para ela.
— Todos os animais que você quiser, anjo.
— Você ouviu papai? Eu vou poder ver todos os animazinhos. —Disse Nina, pulando de emoção.Eu sorrio enquanto me inclino e toco na ponta do nariz de minha filha, fazendo-a sorrir ainda mais.
— Incrível pequenina.
— Você vai com a gente né papai? — Ela perguntou, olhando para mim com os olhos suplicantes e arregalados.
— Desculpe, querida, eu tenho muita coisa para resolver no trabalho.
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Destinos Cruzados
RomanceSeparadas ainda na infância, as gêmeas univitelinas, Emilly e Sophia não imaginavam quão grande o poder do destino. Donas de personalidades totalmente contrárias, elas não estavam preparadas para jogar o jogo da sina. Emilly cresceu rodeada de mord...