Capítulo 37 - Sophia e Junior- Grandes esperanças são a chave para tudo.

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» JUNIOR «

Acordei pouco antes das oito da manhã com a campanhia tocando. Para ser sincero, levantei-me da cama pouco antes das oito, porque acordado eu já estava. A insônia havia se apoderado de mim depois dos acontecimentos de ontem. Desci as escadas e segui até a porta, e não me surpreendo quando vejo a figura do outro lado segurando algumas sacolas.

— Alguém está ficando velho hoje — Diz, sorrindo.

Ela entra e coloca as bolsas em cima do móvel mas próximo, e como esperava, vem direto para mim e me puxa para um abraço apertado.

— Feliz aniversário, irmãozinho.— Diz, beijando-me na bochecha.
— Obrigado.— Agradeço, sorrindo para ela calorosamente.

Um latido estridente nos interrompe, o que faz Emma ofegar.

— O que foi isso? —Minha irmã pergunta.

Nero surge na sala e corre para seus pés, pulando em cima de suas pernas por trás, arranhando as botas
pretas dela.

— Oh meu Deus!— Ela se abaixa, mantendo-o perto de seu rosto para que eles possam lambê-la.— Que coisa linda você é. Qual o nome dele?
— Nero.

Emma sorri, balançando a cabeça.

— O que?
— Eu nunca pensei que você teria um animal de estimação, só isso. Se mamãe pudessem ver você agora...

Eu limpo minha garganta, sentindo culpa e inquietação subindo. Sempre acontece nos momentos mais estranhos, apenas pequenos
golpes para me desequilibrar.

— Sinto muito,— Diz ela rapidamente, se levantando e colocando a mão no meu braço.— Eu sei que dói, especialmente hoje.
— Eu estou me acostumado.

Ela balança a cabeça, franzindo a testa.

— Não deveria. Porque ela sempre vai procurar um motivo para voltar a sangrar.
— Eu posso lidar com isso.
— Poderia também tentar tratá-la.

Minhas sobrancelhas levantaram.

— Olhe para nós, discutindo sobre dores emocionais em uma bela
manhã de sábado.

Ela solta uma risada suave, então sua expressão ilumina e ela aponta para as sacolas.

— Hmm, espero que ainda não tenha tomado café, porque eu trouxe ingredientes para fazer alguns biscoitos.
— Sério?
— Claro. Você está muito magro, alguém precisa te alimentar. — Diz ela, me cutucando no lado.

Eu movo meu tronco para fora do caminho.

— Magro? Vou te dizer que eu treino na academia todas as manhãs por uma hora.

Emma apenas sorri.

— Estou apenas dizendo a verdade.  Você precisa comer mais carne.

Nós caminhamos para a cozinha, e nos minutos seguintes preparamos nossa café da manhã. Um verdadeiro banquete é posto a mesa. E a manhã com minha irmã passa rápido, e extremamente agradável.

— Olhe, eu tenho algo para você. — Ela me entrega uma sacola.
— Você não deveria.— Digo e ela bufa.
— Eu sei, mas eu queria. Espero que goste.

Abrindo a sacola, eu encontro um porta retrato. Perfeitamente encaixado nele havia uma foto minha com meus sobrinhos e Emilly. Arthur estava em meus braços e Ágatha no colo de Emilly, que sorria para mim como um anjo.

— Eu sabia que precisava registar esse momento quando o vi. — Ela diz para mim enquanto toma seu café.— Vocês ficam bem juntos.

Eu dou de ombros com um ombro.

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now